terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Thor

O twitter, meu eterno companheiro de trabalho, sempre presente, me deu uma notícia: um ituano está doando um cachorro mestiço de labrador, preto, de quatro meses, macho. Com as pontas das patinhas brancas, o focinho curto e aquela cara de cachorro que caiu do caminhão, não teve jeito: me apaixonei. Eu preciso ter aquele cachorro. Mas nunca deixariam. Aliás, correção: meu pai nunca deixará.

- Pai, posso ter um cachorro? / - Quando você casar e tiver sua casa, pode.

*

Falei com o Gui. Queria ter um cachorro, tão doando e blá blá blá.

- Me dá de presente? / - Dou. / - Com quem falo? / - @scopelrodrigo. / - Twito pra ele? / - Acho que sim. / - Tá. / - Gui, você é doido. / - Quer ou não quer o cachorro? / - Quero, mas até aí nada né. / - Então tá. / - Pera, deixa eu falar com a minha mãe primeiro. Vou xavecar ela, aí te falo. / - Tá, xaveca ela lá.

Minha mãe topou na hora, disse que me ajuda a dar banho e a leva pra passear quando eu não puder ir. Meu irmão, idem. Começamos a fazer planos pros passeios, pros banhos. E se chover? A gente compra uma casinha. Mas a ração deve ser cara, tem que levar no veterinário... Ah, ano que vem eu vou estar trabalhando, mãe! Será que o pai deixa? HAHA Nunca. Ele vai ficar muito bravo. Ah, a gente pede, né. Que custa? Pede lá.

- Não vou almoçar hoje não? / - Paaaaai! Se você me deixar ter um cachorro eu te deixo almoçar AGORA! / - Hahaha, engraçadinha ¬¬ / =(

*

Já comecei involuntariamente a pensar em nomes, em situações, no que fazer quando ele latir sem parar de medo dos fogos de artifício. Não vou ganhar uma fortuna. Mas ter um labrador (ainda que meio) sempre foi um dos meus pequenos sonhos de infância. E minha irmã teve um cachorro por que eu não posso?

*

Já estou ficando triste por não ter um cachorro. Não é de hoje que quero ter um bichinho. E sei que ano que vem vou ter tempo e dinheiro pra cuidar de um. Já me imagino trocando a academia por passeios com ele. Sempre quis um macho. Sempre quis um cachorro de porte médio ou grande e cor escura. Sempre quis olhinhos cor de mel olhando pra mim e abanando o rabinho.

Mesmo e apesar de ter que limpar as cacas e dar banho e aguentar o latido e ter que ouvir que meu cachorro é um inferno, que late demais, que suja demais, mordeu meu chinelo, rasgou meu jornal, não sossega. Ia amar.

Meu pai, por outro lado, mataria a mim e ao cão.

*

Querido Papai Noel,

Desculpe o incômodo. Cancele toda aquela carta que lhe enviei há uns dias. Agora quero algo infinitamente mais simples. Quero um cachorro. Segue a foto do mesmo para que não haja dúvidas. Ah, o nome dele é Thor! ;)



Obrigada, de novo.

Jaqueline.

2 comentários:

gui casita disse...

Se papai deixar, ele será seu ! Presentinho *---------------*

Eline Emanoeli disse...

Ele e a Hanna podem ser namorados *_*