segunda-feira, 31 de maio de 2010

You say good bye

"Declare os seus sentimentos à pessoa que ama. Tenha a ousadia de sonhar!"
(Meu horóscopo de ontem ¬¬ Falo O QUE pra esse horóscopo? Hem? Hem? Hem? )

Casamento sábado foi maravilhosamente perfeito. Sério. Sem vexames, sem vestidos rasgados, sem gente com fome, sem música desafinada, sem ex namorada dando piti, sem noivinha chorando, sem aliança caindo no chão. Foi lindo!

Parabéns e felicidades aos noivos ;)

Beeijos, Jaqueline.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Ponto, pula linha, travessão

Mercúrio em touro mobiliza acordos e negociações comerciais. As amizades passam por uma fase privilegiada e muitos convites serão feitos. Oportunidade de novos conhecimentos, viagens e novos amores.  (que booom kkkk).

"Ando devagar porque já tive pressa, levo esse sorriso porque já chorei demais. Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe, só levo a certeza de que muito pouco eu sei. Eu nada sei. Conhecer as manhas e as manhãs, o sabor das massas e das maçãs... É preciso amor pra poder pulsar, é preciso paz pra poder sorrir, é preciso a chuva para florir. Penso que cumprir a vida seja simplesmente compreender a marcha e ir tocando em frente, como um velho boiadeiro levando a boiada, eu vou tocando os dias pela longa estrada eu vou. Estrada eu sou. Todo mundo ama um dia, todo mundo chora. Um dia a gente chega e no outro vai embora. Cada um de nós compõe a sua história, cada ser em si carrega o dom de ser capaz de ser feliz."

(Almir Sater e Renato Teixeira - Tocando em frente)

*
Talvez ninguém aí tenha reparado, mas maio (o mês das mães, das noivas, número cinco e, segundo meu horóscopo, decisivo no âmbito amoroso rs) está prestes a dizer adeus. Parece que foi ontem que lhe dei as boas vindas!
Eu cá, co' a minha mania insaciável de avaliação, de entender, se saber, de lembrar, acho que maio, apesar dos tropeços teve um saldo positivo. Sim, é verdade!

Apesar de toda hipocondria, de todo o medo, de toda a tristeza e dúvida, vivi coisas que desejei muito, durante muito tempo. Novas propostas, novos desafios, novas ideias, novos sentidos e sentimentos. E, engraçado, nem tudo fez sentido, mas tudo foi importante, sim.

Se querem saber, maio de 2010 tem história pra contar! Poucos foram os meses tão agitados - para o bem ou para o mal - por aqui. Lembram-se que 2010 demorou pra engrenar, que janeiro e fevereiro foram um bocado decepcionantes e tudo mais... (nem me lembre da Praia Grande, pelo amor de Deeus!)? Pois é, agora sinto o ano começar de verdade. Em todos os quesitos da vida, há algo acontecendo. Apesar de que várias coisas diferentes tentam acontecer ao mesmo tempo no mesmo quesito. Aí complica, né?

Em maio, senti minha amizade mais forte com o pessoal da faculdade, a Ana, o Gui, o Gustavo, o Rogério, Parmera, sempre ausente haha, Ricardo querido e futuro namorado, haha, Adla, Jefferson e Neto, inclusive, Leandro; o Hernanes e a Aninha, intrusos de PP e Moda... Só o Eduardo que andou sumido, abandonou a gente!
Fiquei feliz com essa hipertrofia. Já são como os amigos de infância, os primos, os irmãos mais velhos, sei lá. E pensar que há três meses eu morria de medo de não fazer amigos na faculdade...!

Profissionalmente, nada ainda. Só loja, loja, loja.
Paciência.

A faculdade, em si, também me apaixona, apesar do desgaste físico de dormir tarde e acordar cedo. Mas nunca estive tão certa de uma escolha na minha vida inteira. E abro um sorriso de orelha a orelha ao lembrar que ser jornalista me passou pela cabeça, pela primeira vez, na sexta série, em 2004.

Sentimentalmente... Bom, várias coisas tem tentado acontecer ao mesmo tempo no mesmo quesito. Difícil é saber qual dessas coisas terá maior sucesso.

"Ponto, pula linha, travessão".


Pessoalmente, vou tocando em frente.

Nem sempre feliz, mas sim, sempre com aquela coisinha verde dentro do coração, a tal da esperança, que me fala o dia inteiro que tudo vai ser melhor, sim. E eu acredito nela.

Junho, apesar das PO2, e da distância - férias - das pessoas que eu já amo tanto, há de ser ainda melhor.

Beeijos, Jaqueline.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Saudade mode on

Relendo-me, não pude deixar de sorrir.
Espero que vocês não me xinguem pela auto-citação e que releiam-me, só pra lembrar de coisas que talvez a amnésia tenha começado a apagar.
"Quando eu pulei, ali do último degrau, e inspirei bem fundo e me joguei no mar, senti a água fria tomar os dedos dos meus pés, tornozelos, panturrilhas, joelhos e coxas - e shorts; como num exercício de relaxamento de yoga, calmamente, bem devagar, a água foi tomando cada pedaço do meu corpo e depois, o tronco, pescoço - o arrepio - a cabeça, os braços e mãos; e em contraste com o sol que torrava meus problemas e miolos, aos 31 graus que me derretiam em pensamentos absurdos, aquela frieza marinha, salgada como lágrimas, me afundou pelo que pareceu três minutos mas não foram nem segundos; e quando emergi, tossindo e com os olhos ardendo do sal das lágrimas do mar, e não das que não chorei, notei que meus pensamentos haviam se soltado; meus brincos da sorte continuavam ali, os dois, mas nem mais uma besteira permanecia na minha cabeça; que houve? onde estavam os malditos devaneios? perdi, é? olhei em volta e não achei; ficaram lá, sujando o mar; minh'alma, porém, ficou limpa e leve. lavei no mar e sequei ao sol; a bermuda continuou molhada, o jeans não quis colaborar... mas deu pra pegar um bronze."
(sexta-feira, 6 de novembro de 2009)
 
2009, em vias de acabar - uma reverência aos momentos mais felizes desse ano tão importante pra mim, que me trouxe pessoas e lições inimaginavelmente importantes. Impossível resumir, tem que ler tudo, mesmo.
 
Me, myself - "(...) Não era saudade, nem depressão, estava quieta. Pensando, as vezes, em coisas profundas, em coisas alegres, em coisas bobas de fazer rir quem me ouvisse os pensamentos. Foi um dia, uma manhã, muito estranha... mas me fez um bem que há tempo não acontecia: pude ver o quão boa companhia sou para mim; e o quanto sou importante, e o quanto, as vezes, é bom ficar sozinha."
 
(Se você sabe que fez parte do meu 2009, dê-se ao trabalho de ler o texto '2009, em vias de acabar' que, modéstia a parte, é bem sincero e gostoso de ler. Delicie-se com as minhas verdades).
 
Beeijos, Jaqueline.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Continue

"Não sou um homem, sou uma dinamite."
(Nietzsche)

"O problema é que quero muitas coisas simples, então pareço exigente."
(Fernanda Young)

"É melhor mesmo continuar escrevendo essas frases curtas, que assim amontoadas, dão um ar de coisa, coisa pensada, e nem é, sabe? Nem é importante..."
(Fernanda Young)

*

Vou continuar escrevendo essas frases curtas, amontoadas, desconexas, prolixas - pois quem sabe assim verei a mim como um alguém que pode ser levado a sério. Vou continuar rabiscando poemas levianos sobre coisas que penso desde os onze anos, quando me apaixonei pelo cara do segundo colegial e entrei pro jornal da escola, e, quem sabe, alguem ainda consiga ver neles alguma graça ou sabor. Vou continuar escrevendo, por profissão ou hobby ou tédio ou carência, porque assim, afasto-me do esquecimento.

"O homem escreve para matar a morte".

Escrevo para que minha Amnésia não consuma minhas lembranças e para que, daqui dez ou cinquenta anos, possa reler certas coisas e rir ou chorar de novo. Vou continuar... Porque nunca consegui manter um diário seguro e organizado o suficiente, pra poder lê-lo hoje. Porque nunca tive o dom da memória e porque sempre me doeu muito não eternizar certos momentos, não ter uma foto pra guardar. Vou continuar... Porque a persistência nos faz mais corajogos, a perseverança nos faz mais firmes e os passos dados nos incitam a caminhar um pouco mais. Cada centímetro evoluído é um incentivo a nunca desistir.

Porque mesmo adiando dia após dia aqueles projetos e vontades e delírios e até aquelas carências inssolúveis, não os risquei da minha lista de resoluções e, em breve ou não, realizarei os projetos, matarei as vontades, satisfarei os delírios e aplacarei as carências.

O que eu não posso mesmo é me acovardar, amolecer ou estagnar.

O show tem que continuar.

Beeijos, Jaqueline.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Uma dose de lógica, com gelo, por favor

"Uma dose de lógica, com gelo, por favor.
Ahn? Como assim acabou o gelo?
Ahh, dá só a lógica então, fazer o que”.


Agi como uma perfeita balzaquiana solteirona com medo da solidão quando quis te cobrar explicações sobre coisas um tanto inexplicáveis (e que, da parte explicável, meia culpa é minha). Desculpe.

É só que me assustei com seus amigos, que me encontraram duas ou três vezes na vida, todas elas bêbados, quando me falaram, sem o menor pudor ou dúvida, que sabiam da minha paixão por você. Sabiam como, afinal? Será que, ao lavar, descolori, fiquei transparente? Que calúnia! Quem falou uma bobagem dessas? Só porque, sem pensar duas vezes, aceito todos os seus convites e até bebo pra você poder achar que é só por isso que te beijo (ok, eu sei que você sabe que não teve nada a ver com a vodka)?

Não quis parecer paranoica, querido, sério. Nem quis te cobrar nenhuma decisão. É saudosismo, hipocondria e medo. Só isso (só?!?!). Eu vivo falando que você é quem tem medo de se entregar, quando na verdade sou eu quem teme ser ferida de novo. Sou eu quem receia cair, ralar os joelhos e mãos, chorar de novo por esses machucados pequenos e dolorosos... Eu sou uma medrosa.

E se lesse meus diários, saberia que sempre admiti minha falta de coragem. É meu maior defeito, eu sei. Só que é mais confortável jogar a culpa em você, oras. Mais fácil esconder os meus verdadeiros motivos e ficar perguntando dos seus (se bem que os meus motivos e desculpas eu conheço bem, e você está careca -rs- de saber o que eu sinto e penso, talvez só seja um pouco hipócrita - como eu - de não admitir que sabe). 

A vida seria fácil se o que se passa dentro de cada pessoa ficasse lá e não enxesse o saco.

E desde que minha bola de cristal quebrou, ano passado, ficou impossível ler a sua mente, a cada segundo me mandando sinais difetentes ( teus siinais me confundem da cabeeça aos péés mesmo assim eu te devooro), sim, não, talvez, depois, nunca. E isso é irritante, não conseguir ler você e ser, como já dito, absolutamente legível.

Pra isso, talvez, a dose de lógica. Porque essa esta em falta por aqui.

Não existe razão, eu sei. Racionalmente falando, somos bichos irracionais.

Mas não dá pra fingir que você não faz a menor ideia do que está acontecendo, dá? Nem sei mais... Gostaria de não ter te escrito nada, ontem ou antes. Mas certas coisas devem ser feitas sem o efeito do álcool. Escrever é uma delas.


E eu não fiquei com cara de ressaca, ja falei.

#ensaio #inconfidencias

Beeijos, Jaqueline.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Pra você guardei o amor

"Pra você guardei o amor que nunca soube dar, o amor que tive e vi sem me deixar sentir, sem conseguir provar, sem entregar e repartir.
Pra você guardei o amor que sempre quis mostrar, o amor que vive em mim, vem visitar, sorrir, vem colorir, solar; vem esquentar e permitir.
Quem acolher o que ele tem e traz, quem entender o que ele diz no giz do gesto o jeito pronto do piscar dos cílios, que o convite do silêncio exibe em cada olhar.
Guardei sem ter porque, nem por razão ou coisa outra qualquer. Além de não saber como fazer pra ter um jeito meu de me mostrar, achei vendo em você e explicação nenhuma isso requer. Se o coração bater forte e arder, no fogo o gelo vai queimar.
 Pra você guardei o amor que aprendi vendo meus pais, o amor que tive e recebi e hoje posso dar livre e feliz. Céu cheiro e ar na cor que arco-íris risca ao levitar. Vou nascer de novo, lápis, edifício, tevere, ponte, desenhar no seu quadril, meus lábios beijam signos feito sinos, trilho a infância, terço o berço do seu lar. 
Guardei sem ter porque, nem por razão ou coisa outra qualquer. Além de não saber como fazer pra ter um jeito meu de me mostrar, achei vendo em você e explicação nenhuma isso requer. Se o coração bater forte e arder, no fogo o gelo vai queimar.
Pra você guardei o amor que nunca soube dar, o amor que tive e vi sem me deixar sentir, sem conseguir provar, sem entregar e repartir. Quem acolher o que ele tem e traz, quem entender o que ele diz no giz do gesto o jeito pronto do piscar dos cílios, que o convite do silêncio exibe em cada olhar.
Guardei sem ter porque, nem por razão ou coisa outra qualquer. Além de não saber como fazer pra ter um jeito meu de me mostrar, achei vendo em você e explicação nenhuma isso requer. Se o coração bater forte e arder, no fogo o gelo vai queimar."
(Nando Reis, Pra Você Guardei o Amor)


Simplesmente viciei nessa música.
Lulu Santos? Quem é esse? hahahaha
Viva o Nando Reis, isso sim.

*

Vou retomar meus projetos, tomar vergonha na cara e publicar Incorrespondêcias.
Pra depois, tenho uma outra ideia. Mas conto pra vocês assim que a estruturar melhor.
Ideia essa que eu sei que certo morador de Alfenas vai gostar muito.

Vamos ver. Torçam pra dar certo, ambas, por favor.

Que os Deuses estejam do nosso lado.

Beijos, Jaqueline.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

by orkut

'durante a era glacial muitos animais morriam por causa do frio (jura?). Os porcos-espinhos, percebendo esta situação, resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente. Mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que forneciam calor. E, por isso, tornavam a se afastar uns dos outros. Voltaram a morrer congelados e precisavam fazer uma escolha: Desapareceriam da face da Terra ou aceitavam os espinhos do semelhante. Com sabedoria, decidiram voltar e ficar juntos. Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que uma relação muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro. O melhor relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aceita os defeitos do outro e consegue perdão pelos próprios defeitos.'




Beeijos, Jaqueline.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Devia ser proibido

"Pensando a respeito acho que ler devia ser proibido. Nada contra quem lê, mas de certas coisas não se duvida e ler não é nada bom.
A leitura nos torna incapazes de suportar a realidade. A leitura tira o homem de sua vida pacata e o transporta para lugares nada convencionais.
Para uma criança o perigo é ainda maior pois ela pode crescer inconformada com os problemas do mundo e querer até mudá-lo. Dá pra imaginar?
Outra coisa, ler pode estimular a criatividade e você não quer uma criancinha bancando o geniosinho por aí, quer?
Além disso a leitura pode tornar o homem mais consciente e ia ser uma confusão se todo mundo resolvesse exigir o que merece.
Nada de vagar pelos caminhos da imaginação, simplesmente porque leu um bom livro.
Há quem diga que ler engrandece, mas eu não conheço um caso sequer.
Quer um conselho? Silêncio! Ler só serve aos sonhadores e sua vida não é uma brincadeira!
Cuidado! Ler pode tornar as pessoas perigosamente mais humanas."


Estou consideravelmente irritada. Com dor de cabeça e sem paciência alguma. Quem dirá auto controle e bla bla bla, Culpa do pó de guaraná, aposto. Cafeína nunca surtiu efeito estimulante em mim. Sabia! Maldito pó de guaraná! Praticamente acabou com a minha terça-feira. Tem dias que só amanhã mesmo. Odeio terças. Odeio AECA. Odeio ser assessora de imprensa duma empresa que nem existe e nem faz nada.
Sim, estou irritada e isso pode parecer estranhamente engraçado. Quero sair daqui. Vamos fugir? Quem topa vir me tirar desse lugar? Me sequestrar?  

Hipocondriaca? Acho que não.
(gosto dessa palavra: hipocondríaca! hahahhaha)

Quero férias.
Vou me demitir.

Beijos, Jaqueline.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Incorrespondências

jornalista super concentrada

*
Incorrespondências são as frases não ditas. As silabas engolidas que mudam o contexto, nos dão tempo de mudar de ideia e não ser tão sinceros assim. São as cartas, de amor ou de saudade, de ódio ou maldade, que escrevemos num surto de sinceridade e desabafo e que a falta de coragem não nos permite enviar. São as palavras não ditas, só pensadas. São as lágrimas de dor que não choramos, as saudades não assassinadas, os olhares desviados, as mãos distantes, são o amor nunca entregue.
Incorrespondências são os abraços vazios, a cama fria, a janela aberta, o olhar na estrada, a garrafa de vinho bebida solitariamente. São a espera interminável, as horas disperdiçadas, a carência, a ausência.

*

Beeijos, Jaqueline.

sábado, 15 de maio de 2010

?

Sábado.
Inglês e capoeira. Não, mãe, eu não queria ir na Virada Cultural, obrigaada.
Fazem exatamente 21 dias que eu não treino. Que não dou uma gingada sequer. Quem dirá aú, negativa, rolê, rabo de arraia, salto mortal (e o aperto de mão no camarada que na capoeira é meu irmão). Acho que nem bater palma eu sei mais (tá, exagerei.com).

*

O inverno aproxima as pessoas, eu ja falei. Por que ninguém me ouve quando eu falo as coisas??? Aproxima, faz dos abraços mais constantes e das mãos juntas, calor. O frio, e não o inverno, visto que o tal começa só em junho, deixa mais próximo um olhar do outro, cola corpos, estreita laços e reforça intenções. 

Adoro o frio.

*

Sem mais, nem menos.

Jaqueline.


quinta-feira, 13 de maio de 2010

Escrever e amar

"Se me perguntas por que escrevo
Eis a resposta
Escrevo para que eu não envelheça
Escrevo para gritar
Aos quatro cantos
Que eu existo
Escrevo para revelar sonhos incontidos
Vontades reprimidas
Escrevo para que chores comigo
E rias também."
(João Reginaldo de Melo)
 
"Só o desejo inquieto, que não passa,
faz o encanto da coisa desejada...
E terminamos desdenhando a caça
pela doida aventura da caçada...!"
{Mario Quintana}
 
E antes de mais nada, desculpar-me pela hipocondria poética que cá publico.
Não é que, necessariamente, me encontre nesse estado d' espírito.
Muito pelo contrário, as coisas andam melhorando por aqui.
 
Ando tendo um sério problema com aquela timidez represada. Sim, aquela que ninguém acredita que eu possua. Essa semana, acho que bati meu recorde de comentários. Uma atualização teve quatro. Nossa! Pro Amnésia, acreditem, é um recorde.
 
E sei que alguns alguéns entram aqui invisivelmente. Anonimamente, nas pontas dos pés. E depois, saem pela janela, pela porta dos fundos. E confesso nunca ter ficado tão orgulhosa de tantas visitas, mesmo às escondidas, e comentários. De certa forma, penso eu, se alguém entra aqui uma vez, é curiosidade. Se entra duas, é porque gostou. Então, apesar do péssimo gosto de vocês, por lerem as bobagens que eu escrevo aqui, obrigada! Vocês fazem com que eu avance, com que não desista dos meus propósitos.
 
Por outro lado, não posso deixar de pensar que, poxa vida!, é inevitável sentir essa vergonha, dessas que deixam as bochechas vermelhinhas, de que me decifrem assim, sem o menor pudor.
 
Porque escrevo com a cabeça, alma e coração. Me desnudo completamente em meus textos e quem me conhece me encontra neles com uma facilidade incontestável. Nua. Entregue. Sou tão sincera no que escrevo que me envergonho dessa transparência, dessa intensa vulnerabilidade.
 
Ao mesmo tempo, acredito que nem todos conseguirão me ler de primeira. Vão ter que aqui voltar mil vezes mais pra tal e até lá já terão enjoado das minhas babaquices. E há a possobilidade de interpretarem errado e, então, nunca se darem conta de que falo de mim ou de algum de vocês.
 
Mesmo assim, a vergonha. O pudor, a timidez.
 
Ando me esforçando pra que isso - a ideia de que alguem realmente me leia - não me atrapalhe na hora de criar. Que minha inspiração não seja vetada pelo medo de ser mal interpretada, amém. A cada nova atualização, um novo desafio. Livrar a mente dos rostos que me intimidam, esquecê-los por um momento ou dois e, então, escrever. Desprender-me daquilo que percorreu a tríade alma-mente-coração. Dispor de tudo, juntar em letras, traduzir.
 
Sou um paradoxo.
 
Abaixo, um de Florbela e um dum anônimo.
 
"Eu queria mais altas as estrelas,  
Mais largo o espaço, o Sol mais criador,
Mais refulgente a Lua, o mar maior,
Mais cavadas as ondas e mais belas;
Mais amplas, mais rasgadas as janelas
Das almas, mais rosais a abrir em flor,
Mais montanhas, mais asas de condor,
Mais sangue sobre a cruz das caravelas!
E abrir os braços e viver a vida:
- Quanto mais funda e lúgubre a descida,
Mais alta é a ladeira que não cansa!
E, acabada a tarefa… em paz, contente,
Um dia adormecer, serenamente,
Como dorme no berço uma criança!"
(Florbela Espanca)
 
"Não vou mais dizer que gosto de você. Que sinto sua falta, que você é importante ou especial. Sem querer, disse uma vez (escapou-me dos lábios) e nunca mais. Foi-se. A piada, o irônico, é que sei que é isso que você vem querendo me dizer há vários meses. Mais óbvio que a falta que lhe fiz nesse meio tempo... Será que existe maior transparência? Ou acha que os comentários não foram trazidos a mim pelo vento, passarinhos verdes ou amigos em comum? Pode piamente acreditar que não, mas (sim!) eu o conheço e sei seu modo medroso de evitar sentimentos, evitar subir às alturas por alguém que possa a qualquer momento lhe empurrar lá de cima e você, barranco à baixo, se arrepender. Você tem medo, isso sim. Tem medo de cair e ralar seu joelhinho, rasgar sua calça jeans. É uma lady que pensa que a vida pode ser vivida solitariamente, mas que no fundo sabe as dores que isso causa. Sabe bem quantos livros e litros são preciso pra se distrair da saudade. O que o torna absurdamente óbvio aos meus clínicos e míopes olhos, que contraditóriamente querem e não querem olhar os teus. (...) Cada vez mais me vejo forte e independente de você. E não, não quer dizer que não o queira mais. É mais uma questão de querer que de necessitar. Não é mais água pra matar minha sede, é só meu sabor de suco favorito, o que eu prefiro sorver. (...) Sendo assim, lhe deixo caber a decisão de viver ou ver a vida passar. De se entregar a mim ou a si, solidão."
(?)
 
Beeijos, Jaqueline.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Jornalista, dois pontos

Ser Jornalista é saber persuadir, seduzir. É hipnotizar informando e informar hipnotizando. É não ter medo de nada nem de ninguém.

É aventurar-se no desconhecido, sem saber direito que caminho irá te levar. É desafiar o destino, zombar dos paradigmas e questionar os dogmas. É confiar desconfiando, é ter um pé sempre atrás e a pulga atrás da orelha. É abrir caminho sem pedir permissão, é desbravar mares nunca antes navegado.

É nunca esmorecer diante do primeiro não. Nem do segundo, nem do terceiro... nem de nenhum. É saber a hora certa de abrir a boca, e também a hora de ficar calado. É ter o dom da palavra e o dom do silêncio. É procurar onde ninguém pensou, é pensar no que ninguém procurou. É transformar uma simples caneta em uma arma letal.

Ser jornalista não é desconhecer o perigo; é fazer dele um componente a mais para alcançar o objetivo. É estar no Quarto Poder, sabendo que ele pode ser mais importante do que todos os outros três juntos.

Ser jornalista é enfrentar reis, papas, presidentes, líderes, guerrilheiros, terroristas, e até outros jornalistas. É não baixar a cabeça para cara feia, dedo em riste, ameaça de morte. Aliás, ignorar o perigo de morte é a primeira coisa que um jornalista tem que fazer. É um risco iminente, que pode surgir em infinitas situações. É o despertar do ódio e da compaixão. É incendiar uma sociedade inteira, um planeta inteiro.

Jornalismo é profissão perigo. É coisa de doido, de maluco beleza. É olhar para a linha tênue entre o bom senso e a loucura e ultrapassar os limites sorrindo, sem pestanejar. É saber que entre um furo e outro de reportagem haverá muitas coisas no caminho. Quanto mais chato, melhor o jornalista.

Ser jornalista é ser meio metido a besta mesmo.

É ignorar solenemente todo e qualquer escrúpulo. É desnudar-se de pudores. Ética? Sempre, desde que não atrapalhe. A única coisa realmente importante é manter a dignidade. É ser petulante, é ser agressivo. É fazer das tripas coração pra conseguir uma mísera declaraçãozinha. É apurar, pesquisar, confrontar, cruzar dados. É perseguir as respostas implacavelmente. É lidar com pressão, pressão de todos os lados. É saber que o inimigo de hoje pode ser o aliado de amanhã. E a recíproca é verdadeira.

É deixar sentimentos de lado, botar o cérebro na frente do coração. É ser frio, calculista e de preferência kamikaze. É matar um leão por dia, e ainda sair ileso. É ter o sexto sentido mais apurado do que os outros, e saber que é ele quem vai te tirar das enrascadas. Ou te colocar nelas.

Ser jornalista é ser meio ator, meio médico, meio advogado, meio atleta, meio tudo. É até meio jornaleiro, às vezes. Mas, acima de tudo, é orgulhar-se da profissão e saber que, de uma forma ou de outra, todo mundo também gostaria de ser um pouquinho jornalista.

*

Jornalista não fala - informa.
Jornalista não vai á festas - faz cobertura.
Jornalista não acha - tem opinião.
Jornalista não fofoca - transmite informações inúteis.
Jornalista não pára - pausa.
Jornalista não mente - equivoca-se.
Jornalista não chora - se emociona.
Jornalista não lê - busca informações.
Jornalista não tem problema - tem situação.
Jornalista não tem muitos amigos - tem muitos contatos.
Jornalista não briga - debate.
Jornalista não conversa - entrevista.
Jornalista não chato - é critico.
Jornalista não esqueçe de assinar - é anônimo.
Jornalista não influencia - forma opinião.
Jornalista não conta história - ele reconstrói.
Jornalista não omite fatos - edita-os.
Jornalista não é esquecido - é eternizado pela crítica.
Jornalista não morre - coloca um ponto final.

Beeijos, Jaqueline, puxa saco mode on.

Inspiration

Em Busca do Amor
O meu Destino disse-me a chorar:
“Pela estrada da Vida vai andando,
E, aos que vires passar, interrogando
Acerca do Amor, que hás-de encontrar.”
Fui pela estrada a rir e a cantar
As contas do meu sonho desfiando…
E a noite e dia, à chuva e ao luar,
Fui sempre caminhando e perguntando…
Mesmo a um velho eu perguntei: “Velhinho,
Viste o Amor acaso em teu caminho?”
E o velho estremeceu… olhou…e riu…
Agora pela estrada, já cansados,
Voltam todos pra trás desanimados…
E eu paro a murmurar: “Ninguém o viu!…”
(Florbela Espanca - Livro de Mágoas)

*

Minha criatividade não trabalha sob pressão.
Transpiração é das 7h às 8h, quando vou na academia. Pra escrever é preciso inspiração.

É preciso que algo se mexa dentro de nós, seja no estômago, cabeça ou coração. Algo que nos faça duvidar, crer, esperar, pensar. Inspiração, como um sopro do que é divino, um dom dos que têm a pena e o pepel. Ideias surgidas dum acaso engraçado, não planejado, incontido.

Inspiração é incômodo. Como palavrão não dito, raiva represada, paixão não correspondida.

Inspiração é a necessidade, no caso do blog, de escrever. A necessidade de ver uma ideia, um pensamento, a sua frente e não só dentro de si. Como se fosse impossível sobreviver ao silêncio, a ausência. Calar veta a inspiração. Poemas não duram cinco minutos na cabeça. Não duram dois, se a cabeça for a minha, amnesiada ao extremo. 

Inspiração carece de anotações, de representações, de manifestos e gritos e caras e bocas. Ela exige ser conhecida, mesmo que só por aquele que a gera.

Inspiração é o que determina a qualidade de um bom texto, uma boa música, foto, sugestão, piada, dança, teatro e afins. É o brilho d'alma, dos olhos. É a batida frenética dum coração que se banha em euforia, em vontade de realizar. É o cheiro da fina flor da sinceridade. Inspiração nos torna sinceros, justos, humanos.

Inspiração é exigência mínima para ser levada a sério, aqui.

E hoje não estou inspirada.

Beijos, Jaqueline. 

terça-feira, 11 de maio de 2010

Bela flor

"Nunca fui como todos
Nunca tive muitos amigos
Nunca fui favorita
Nunca fui o que meus pais queriam
Nunca tive alguém que amasse
Mas tive somente a mim
A minha absoluta verdade
Meu verdadeiro pensamento
O meu conforto nas horas de sofrimento
não vivo sozinha porque gosto
e sim porque aprendi a ser só..."
(Florbela Espanca)
 
Florbela é uma incógnita infinita. Taxada como hipocondríada, melodramática, depressiva, irrealizada, infeliz, sempre com medos e dores e monstros embaixo da cama e dentro do armário. Um Alguém que, em reticências e exclamações, isolava-se, fugia, evitava a dor do amor e os desfrutes da vidinha feminina de seu tempo. Será?
A vejo, em minha particular perspectiva, como uma mal compreendida garrafa de suco natural no meio de milhões de litros de Coca-Cola. Alguém que, no receio de não se encontrar no que consideravam padrão correto de personalidade, escondia-se em versos e tinta e papel, sorrindo aos estranhos, portando-se tal qual mandava o figurino, mas por dentro sendo eterna indecisão.
Uma bela flor, que em foto não se sente o cheiro, representação do que queremos ver e sentir e tocar e viver.
 
  Beijos, Jaqueline.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Semana do lixo (y)

A semana passada, apesar de boa, foi um lixo. Não fiz dieta, não treinei direito, não estudei o suficiente, não respeitei certos princípios, não fui sincera o tempo todo, não fiz bem ao meu fígado e estômago, nem com o coração, cérebro e tecido adiposo. 

Assim sendo, decreto a semana do dia 2 ao dia 8 de maio (+ domingo dia das mães que, na casa da tia, é impossível não ser estragado por doces mil) como minha semana do lixo.
E, tendo essa semana terminado, e com ela o desleixo com que lidei comigo e com as minhas coisas, essa semana, e as outras que virão, promete.

Vou ser mais cuidadosa com certas atitudes que me têm prejudicado. E vou ser mais dedicada à faculdade. É o mínimo que se espera de alguém tão próxima das provas oficiais do segundo bimestre \o/.

Triste mas, mais cedo ou mais tarde as malditas PO2 chegam.
Quer queira, quer não.

"Hoje o tempo voa, amor,
escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir
E não há tempo que volte, amor
Vamos viver tudo que há pra viver
Vamos nos permitir..."

Ando meio viciada na música Tempos Modernos, do Lulu Santos. Aff. To ouvindo sem parar. Isso já virou doença, já. Mas tudo bem. Gosto do Lulu Santos. E como meu aniversário tá chegando, quem quiser me dar de presente, fica a vontade. ;D

Beeijos, Jaqueline.

P.S.: odeio músicas que me fazem lembrar de coisas que preferia esquecer. Nem minha amnésia aguenta essas coisas! ¬¬




sábado, 8 de maio de 2010

Mãe





Apesar de todas as manhãs irritantes, dos despertadores às seis e meia, dos gritos e ordens, do incomodo que eu causo quando ando descalça depois do banho, quando não quero jantar ou levar maça na faculdade. Apesar de todas as dores, equívocos, mentirinhas, palavrões, músicas insuportavelmente altas ou gavetas desarrumadas...

Apesar do egoísmo e falta de tato. Apesar da falta de abraços e palavras meigas, apesar da falta de dinheiro e mimos, da ausência durante os fins de semana, do stress... Das nossas brigas, sempre tão parecidas, apesar das nossas diferenças e apesar de cada minúscula semelhança... Apesar do meu coração de gelo, que não derrete nem com o seu em chamas, da minha falta de paciência e da sua falta de compreensão...

Apesar de nem sempre estar lá, pra te dizer a coisa certa. Apesar de nem sempre saber ouvir, conversar, confessar,... Apesar de nem sempre me abrir, de nem sempre te permitir intimidades... Apesar de não sermos melhores amigas...

 Apesar de não dizer, todo dia como eu gostaria que fosse, o medo que tenho de me afastar de você e o quanto sou grata por cada segundo, o quanto me preocupo com cada lágrima, cada gemido de dor, cada resfriado, cada mágoa, o quanto desejo que, daqui mil anos, você se veja uma mulher feliz, que viveu plenamente... O quanto te amo.

Apesar de tudo, de todos e de nós mesmas: eu te amo!
E não seria quem eu sou sem você.

Feliz dia das mães. Pra minha e pra mãe de cada um de vocês.

Beijos,
Jaqueline.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

10 things I hate abou you

Fico impressionada com a minha falta de auto controle.
E mais ainda com a facilidade em me abalar emocionalmente por certas pessoas.

"Odeio o modo como fala comigo
E como corta o cabelo
Odeio como dirigi o meu carro
E odeio seu desmazelo
Odeio suas enormes botas de combate
E como consegue ler minha mente
Eu odeio tanto isso em você
Que até me sinto doente
Odeio como está sempre certo
E odeio quando você mente
Odeio quando me faz rir muito
Ainda mais quando me faz chorar...
Odeio quando não está por perto
E o fato de não me ligar
Mas eu odeio principalmente
Não conseguir te odiar
Nem um pouco
Nem mesmo por um segundo
Nem mesmo só por te odiar."
(Ten Things I Hate About You)

E principalmente, fico irritada por não ter evoluído um milímetro nos últimos seis meses.
Merda.

*

Vou conhecer os estúdios da Band, assim como o diretor de jornalismo Fernando Mitre, amanhã.
Estou ansiosíssima! Sou ansiosa, fato!

*

Beijos, Jaqueline.

sábado, 1 de maio de 2010

As vezes

"O meu amor não tem importância nenhuma.
Não tem o peso nem de uma rosa de espuma!
Desfolha-se por quem?
Para quem se perfuma?
O meu amor não tem importância nenhuma."

(Cecília Meireles)

Estou irritada.

Quer dizer, nesse segundo, com a possibilidade de um fim de semana um bocadinho mais animado, não estou irritada. Na verdade, estou querente, como diríamos por aqui. Estou querendo coisas. Coisas que não estão me dando. Mas vejamos a programação do fim de semana, sim?

Wait a minute, please.

Bom, acho que estou irritada de novo.

Aff.

Beeijos, Jaqueline