segunda-feira, 15 de maio de 2017

mil pedidos pra você e um pra mim

A cada ano, fica mais difícil de escrever nessas datas especiais. Acontece que já são muitos anos, muitos aniversários, de cada um e de namoro e agora até mesmo de noivado, muitos natais e páscoas e dias dos namorados e outras datas mil, em que falamos muitas coisas um ao outro. Coisas que sentimos, que desejamos, que sonhamos viver juntos... 

E quando eu penso em você ou mim, é inevitável não pensar em nós. No plural que formamos juntos. Nessa nova família que começamos...

E aí, as palavras ficam pequenas demais. Porque não importa se os momentos têm sido bons ou ruins, o que importa é que quando a gente olha pra eles e olha pras possibilidades, não se imagina distante um do outro. A gente não consegue mais pensar no singular... Nossos planos estão tão misturados, nossas histórias tão cruzadas, nossos destinos tão unidos, que quando a gente olha pra gente, enxerga o outro também. E o outro passa a fazer parte das nossas dores e das nossas curas, dos nossos medos e da nossa coragem, do nosso refúgio e da nossa fuga, do nosso sorriso e das nossas lágrimas. Das nossas conquistas e das coisas que deixamos pra lá. Faz parte dos nossos planos e das nossas lembranças. Das nossas surpresas, festas, comemorações. 

Temos um ao outro na nossa torcida. Na nossa arquibancada, na nossa plateia, atualizando as páginas de resultado de concursos. Rezando um pelo outro, correndo na mesma direção. Matando as baratas, levando comida na cama, acordando com beijinho no cangote, colocando pasta de dente na nossa escova, perguntando se a tevê está alta, se o outro está com sede, o que vamos fazer no fim de semana. Temos um ao outro pegando leve no perfume em dia de rinite atacada e abusando do chocolate em dia de tpm. Eu como a cereja do seu bolo e você come a azeitona da minha pizza. 

Então, o que falar que ainda não foi dito? O que te dizer que você ainda não saiba?

Só me resta repetir: que você cresça e brilhe cada dia mais e que eu possa estar sempre ao seu lado, contribuindo com o seu crescimento e com a sua felicidade. Que Deus te abençoe com muita saúde, sorte, sucesso, simpatia, sintonia, euforia, empatia, coragem, sorrisos, felicidade, amor e alegria, esperança e determinação! Que Deus te dê paciência, força, jogo de cintura! 

E que pra mim, Deus dê a benção de estar sempre ao seu lado por pelo menos mais setenta aniversários! 

Te amo! <3 p="">

sexta-feira, 12 de maio de 2017

Da Santa Casa de Cabreúva à África: conheça a enfermeira missionária Greicy Anne

Por Jaqueline Rosa



No dia 12 de maio é comemorado o Dia do Enfermeiro e essa é uma homenagem a todos os profissionais que amam o seu trabalho e abraçam sua missão


Greicy Anne Silva Amaral é uma nordestina de sorriso aberto, fala solta e brilho nos olhos, apaixonada pelo que faz: proporcionar às mães o seu primeiro encontro com seus bebês.

Enfermeira obstetra, formada pela Universidade Adventista de São Paulo, a jovem de apenas 26 anos trabalha na Santa Casa de Cabreúva há seis meses e já se mostra uma verdadeira especialista em transformações: com ela o receio vira confiança, o medo vira esperança, a dúvida vira resposta, a solidão vira risada, amizade, parceria. O frio vira humanização. Greicy – assim como as demais enfermeiras obstetras da Santa Casa – realiza um trabalho que requer muita técnica, mas mais carinho. Muito estudo, mas mais empatia. Muita dedicação, mas mais vocação. Ela acolhe gestantes no caminho até sua grande alegria: o nascimento de seu filho.

Aos 14 anos, Greicy decidiu que queria viajar o mundo e ajudar as pessoas. Escolheu enfermagem, pois saberia que com isso, seria capaz de ajudar muita gente em qualquer lugar. Segundo ela, foi através de amigos que já realizavam esse trabalho em Guiné Bissau (um dos 10 países mais pobres do mundo), que ela teve a oportunidade de vivenciar sua primeira experiência no continente africano, para onde já foi duas vezes como voluntária.

Leia o relato da enfermeira:

“A experiência que tive em Guiné Bissau foi uma das melhores da minha vida. Eu prezo muito a humanização e simplesmente não tem como ir até lá e não se sensibilizar com a situação daquelas pessoas. Eu fiquei em Bissau, capital do país, e pude entrar em contato com uma realidade surreal onde eles não têm sequer o mínimo. Não tem nem saneamento básico, é uma realidade miserável, mas lá recebi uma lição de vida incrível. Nós temos tudo e não damos valor, eles não têm algo simples e essencial como água potável, mas agradecem pelo Sol e pela Lua que iluminam o céu, a alegria e gratidão deles são imensas e esse ensinamento não tem preço.

A minha maior motivação é poder ajudá-los a cada missão, é tão bom saber que eles nos esperam e que apesar do simples o objetivo é alcançado! Para ser missionária, além de disposição, é preciso amor, afinal é o amor que muda tudo! Quando cheguei naquele país, apesar de ver tanta miséria, tive certeza que Deus existe e não se esquece dos filhos Dele. A maior prova era que eu estava lá junto com um grupo cheio de amor e disposição para ajudá-los.

Na Santa Casa minha maior realização profissional é literalmente partejar e fazer parte do momento mais importante de cada gestante. Abraçar cada uma, segurar firme na mão, olhar no olho e dizer ‘não desiste’ e no final poder entregar o que ela mais espera: o amado filho. Quando acaba e elas choram de alegria e me agradecem por ter sido um anjo na vida delas, sei que cumpri minha missão. Eu amo esse trabalho e, se eu pudesse voltar no tempo e escolher de novo, a decisão seria a mesma.”