quarta-feira, 12 de junho de 2019

mais um ou menos um

Premissas primeiras: namore alguém que te faça esquecer do mundo lá fora não por te dar problemas demais pra se preocupar, mas sim por criar toda uma atmosfera de felicidade e paz; namore alguém que afague sua dor e que te faça rir generosamente; namore alguém tenha paixão e brilho nos olhos; e se esse alguém tiver dotes culinários, conhecimentos básicos de hidráulica, elétrica, marcenaria e veterinária, braços fortes, mãos firmes e olhar bondoso, case.




Não é o amor que sustenta o relacionamento, mas sim a forma de se relacionar que sustenta o amor, né cara pálida? Não basta o amor. É preciso cuidado. Carinho. Gentileza. Empatia. Pois nem a luz dos olhos mais azuis consegue atravessar um ambiente de treta e disputa. Nosso amor é grande, mas o que me orgulha é a qualidade do nosso convívio, a qualidade do nosso relacionamento, que é todo baseado em honestidade, respeito e partilha. Eu recolho as xícaras que você deixa pela casa e você recolhe meus sapatos. Sem gritos, sem cutucões. Adoro que a gente só grita de tanto rir, espalhafatosos, recebendo cócegas. Adoro que nossos combinados são todos respeitados. Adoro que temos a mesma vontade louca de viver e sermos felizes juntos. Adoro que nossos planos se encontrem. Você me respeita e respeita quem eu sou. E eu retribuo. Você se empolga com as minhas propostas doidas e eu derreto. Eu me permito conhecer seu mundo e me descubro toda nova.

Eu bem disse, ano passado, que aquele seria nosso último dia dos namorados como namorados. Algo dentro de mim sempre soube, desde que pôs os olhos em você, que seríamos mais. E hoje, independentemente das burocracias e assinaturas, somos casados. E isso enche meu coração de alegria e paz. Os olhos transbordam o orgulho da escolha. Amo morar com você. Amo dividir a bagunça, a louça, as crises e os gatos. Amo poder ter orgulho do nosso canto. Amo poder olhar as nossas conquistas e celebrar cada uma delas com você. Você me faz sentir potente, forte, especial. O tempo todo me fita com seu par de olhos de bola de gude e me lembra que você está ali. Que ama. Que é feliz. Você me olha com amor e gratidão e paz.

Obrigada por me deixar ser uma idiota. Por dançar comigo na sala. Por todas as caretas e piadas internas. Por toda a risada. Obrigada por não julgar minhas perguntas, por me ensinar com paciência coisas que eu ainda não sei. Obrigada por ser tão digno. Meu namorido! kkkkkkk

NEOQUEAV, cara pálida!

E parabéns pra mim, que escolhi certinho! hahahahahaha
#tantantantan #sóvem #docenovembro

terça-feira, 11 de junho de 2019

mesmo quando a boca cala o corpo quer falar

Ela é carne, sangue, suor e ossos.
Ossos que sentam, carne que dobra, sangue que pulsa, suor que escorre. 
Dela e por ela, escorrem lágrimas e chuva. 
Chove a mente, derrete o corpo, impulsa o voo, amacia o pouso.

Ela é feita de gritos, de frases, de pausas. 
Ela é silêncio. É respiro. 
É a força que a empurra de fora pra dentro...
E é a maciez que a leva de dentro pra fora.
É rio que flui com cada nota e é a folha que se deixa levar sobre as águas da melodia.
É peso. É fluxo. É caminhada. 
Loucura e tesão, frescor de alecrim.

Ela é amor e ódio, mas nunca indiferença.
Se não se faz boa literatura com bons sentimentos
Boa dança não se faz sem nenhum: bom ou ruim.
Dança é comida que não cozinha insossa.
Precisa de tempero pra dar liga, sabor.

É preciso sentir o cheiro,
arder os olhos ao cortar as camadas,
vazar o peito. Deixar ir e deixar vir.
Como o mar.
Com amar.

É preciso dançar com dedos e nervos e nariz.
Dançar com a esperança de que no fim da música o mundo não será mais o mesmo.
Dançar como se fosse só disso que o mundo precisa...

Porque, às vezes...

É.


“We dance for laughter, we dance for tears, we dance for madness, we dance for fears, we dance for hopes, we dance for screams, we are the dancers, we create the dreams.”


― Albert Einstein