sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Relíquias da Morte


Algumas considerações se fazem necessárias:

É óbvio, porém importante citar, que quanto menor a história, maior a riqueza dos detalhes que podem ser inseridos num determinado período de tempo. E isso faz com que eu chegue a conclusão super inteligente de que todos os filmes que fossem adaptados de livros deveriam ter a decência de serem divididos em duas partes para garantir fidelidade e precisão - mesmo que isso significasse gastar o dobro de dinheiro.

A verdade é que quem gosta de Harry Potter de verdade, aprendeu isso com os livros. Os leu e devorou, como certas pessoas que eu conheço (cof, cof), mil vezes e imaginou detalhadamente cada cena lida. Assim sendo, quando vê seu livro preferido, o último de sua série preferida, ser adaptado tão perfeitamente, delicadamente a ponto de ter quase a mesma trilha sonora que você imaginou... É algo inexplicavelmente gratificante, o tipo de coisa que faz valer cada centavo pago na entrada do cinema e cada segundo de espera desde que saiu da sala depois de ver O Enigma do Príncipe.

A princípio, o filme é tenso, monótono até. Mas faz parte, porque é o que a história conta. Os atores principais, responsáveis por Harry, Rony e Hermione, provaram pra mim serem bons atores e não só crianças sortudas. Pela primeira vez, vi sentimentos reais nos seus olhares, lágrimas. Vi mesmo o medo nas suas expressões e vi o ciúme no olhar do Rony, assim como saudade escrita em letras garrafais na testa da Hermione.

Todos os outros atores merecem o mesmo elogio, mas não há como evitar que esses três ganhem mais destaque e atenção do espectador. As caras de dor e choro de Harry foram simplesmente perfeitas. E a velha (Matilda? Mafalda? kkk) historiadora (que na verdade era Nagini, a cobra) é enrrugada exatamenre como imaginei. Mas achei a Umbridge mais magra, baixa e sem graça - e menos cor de rosa.

A história toda foi potencialmente enquiquecida com coisas que, se não me falha a memória (rs), não tinham no livro, como a parte em que Harry dança com a Hermione, depois que Rony vai embora. Achei que colocaram muito pirlimpimpim e eles pareciam um casal (mas é o que, infelizmente, parecem a maioria dos amigos de verdade) mas foi uma cena fofa, descontraída e paralela à tudo.

Achei a Gina promíscua demais. Ela não é assim na história. É espertinha sim, mas não aparece em momento algum sem sutiã na cozinha pedindo pro seu paquerinha fechar o vestido. Totalmente desnecessário.

Melhor parte de todas, no entanto, foi a ilustração do conto dos três irmãos, lido pela Hermione. Muito Disney, mágico, sei lá! Adorei, só isso.

Definitivamente, o melhor da série sim, mas por ser o que mais se aproxima da história real. JK deve estar orgulhosa, finalmente (depois de tantas decepções com O Cálice de Fogo, A Ordem da Fênix e O Enigma do Príncipe, merecíamos todos um grand finale).

Estou satisfeitíssima e ansiosa pela parte dois. Que venha julho!

Beeijos, Jaqueline.

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