sábado, 6 de novembro de 2010

Luz

Crônica produzida por mim na aula de Comunicação e Expressão II, da professora Regina Amélia - que me deu um Mentos rosa - ontem.


As luzes se acenderam. Que linda que era aquela casa toda iluminada! Milhões de pontinhos brilhantes, assim, todos juntinhos, apertados num grande abraço coletivo, unidos para trazer a luz ao mundo, naquela noite feliz.

De quem era a casa, eu não sabia - assim como não me importei em olhar o pequeno relógio que pendia no meu pulso esquerdo, ou o grande pendurado na parede ao fundo, pra descobrir que horas eram. Que diferença faria, afinal? Já havia mesmo trabalhado a noite toda...

Estava lá, na minha mesinha, olhando a casa iluminada, através janela da redação. O copo de café, forte e sem açúcar, estava ali, me fazendo companhia, como sempre. Tudo era silêncio e luz.

Não importava, afinal, que fosse noite de Natal: era um dia especial. E as pessoas sempre esperam ganhar coisas bonitas em dias especiais - palavras e imagens: esse seria meu presente a elas.

E estou aqui, trabalhando – apesar de todo o mês reclamando da escala – ciente de que é esse meu lugar: não há nada mais que eu possa fazer hoje além de garantir que todas essas letras sejam impressas, juntas umas às outras como as luzinhas que faziam a casa irradiar, e cheguem até as pessoas como o brilho delas chegou a mim.

E é assim mesmo, a vida: cada qual com o seu fado, sua missão.

Por um momento, perco-me a imaginar o tamanho do problema que teríamos se Papai Noel resolvesse tirar uma folga – e volto a escrever.

Jaqueline.

Um comentário:

Anônimo disse...

O Papai Noel até pode, mas você nunca deve tirar folga... de escrever.


prof. Pedrão