E tudo que eu pensei
e tudo que eu falei
e tudo que me contaram
era papel.
E tudo que descobri
amei
detestei:
papel.
Papel quanto havia em mim
e nos outros, papel
de jornal
de parede
de embrulho
papel de papel
papelão.
(Carlos Drummond de Andrade)
O poema Papel, acima citado, foi encontrado numa matéria sobre o fim da versão impressa do Jornal do Brasil. Pesarosa, a jornalista, que trabalhou no jornal, conta que quando saiu de lá, pôs-se a ler Drummond e encontrou-o. Eu, pobre coitada, gostei e copiei, apenas. Papel. Talvez o artefato de que mais goste. Pra escrever e desenhar e rabiscar e anotar e dobrar e enrolar e colorir e guardar. Letras escritas, rabiscadas lado a lado, todas numa caixa de papel, embrulhada com papel. Haha.
(Parece que eu tava mais bêbada do que eu imaginava, sábado. Hahaha.)
Ai, não to inspirada hoje. Blá.
Beeijos, Jaqueline.
Feliz último dia de agosto pra tooodo mundo.
Um comentário:
Não parece que vc tava mais bêbada, vc tava mais bêbada do que aprece! intendeu, mesmas palavras significados diferentes! Nossa to brincando com as palavras, que horror!
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