segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

From your Valentine

"Every Februery you'll be my valentine, valentine."
Katy Perry - Teenage Dreams

Reza a lenda que um padre bonzinho, que ainda acreditavam no poder e na força do amor, desobedecia as leis que proibiam os casamentos com o argumento de que os rapazes solteiros e sem laços familiares eram melhores soldados. Valentim teria continuado a fazer casamentos em segredo a jovens que o procuravam, até ser preso e executado no dia 14 de Fevereiro, por volta do ano 270 d.c. Há quem diga que, na prisão, o própio Valentim se apaixonou pela filha do carcereiro, que o visitava sempre, e antes de sua execução lhe escreveu um bilhete de amor, assinando 'Do seu Valentim', que em inglês seria 'from your Valentine' ou, como eu prefiro acreditar, 'do seu namorado'. 

Há quem diga que não acredita no amor. Há quem tenha medo, há quem fuja e quem o persiga com todas as forças. Alguns juram que nunca vão se apaixonar, outros ainda se apaixonam 'no minuto dois do encontro' e no minuto três já estão jurando eternidade.

Julgo válida toda a forma de amor - menos dos psicopatas - mas posso dizer que não me encaixo em nenhuma das categorias acima citadas. Sou daquelas que anseia sim o amor a todo momento, mas que não move um único músculo pra persegui-lo - até porque correr não é meu forte - fico sentada quietinha esperando ele chegar e, quando ele chega, tento preservá-lo, fazê-lo querer estar no meu abraço mais do que em qualquer outro.

O amor é, sem dúvida, o grande tema. São filmes, livros, twittes, fofocas, desabafos, piadas. Impossível duas mulheres se encontrarem e não tropeçarem nesse assunto - é chato, meus queridos, confesso: não é fácil ser mulher. Milhões de músicas, milhões de poemas. Não há ninguém que entenda e ninguém que não tente explicar esse que é, sem dúvida, o sentimento mais sem pé nem cabeça de todos.

Amo filmes água com açúcar, mesmo gostando também dos de guerra e pancadaria. Gosto dos poemas de amor, mesmo sem nunca ter escrito um só que valha a pena. Odiar dá rugas, engorda. Odiar não vale a pena. Amar... ahh, amar é uma delícia. Tortura medieval e, ainda sim, uma delícia.

Escrever sobre amor é a melhor de todas as distrações - em se tratando da escrita, é claro, pois convenhamos que existem modos muito mais gostosos de se aproveitar o amor - pois é um exercício não só de auto conhecimento como de sinceridade. Falar de algo que não se conhece ou que não se explica é praticamente impossível. Falo sempre de sensações, de sentidos, de toques, de olhares. Tudo concreto feio água. São coisas que não se pegam com as mãos, nem se medem com fita métrica.

Amor é sonho, é algodão doce derretendo na boca: só quem sente sabe como é. Impossível definir, impossível não querer, não dar água na boca, não fazer arrepiar. Porque amar é uma delícia.

E hoje, não só dia dos namorados, é dia do amor. Dia do amor fraterno, amor de amigo, amor de amantes - mas podem chiar os pais e os irmãos e os amigos e os cães: o melhor amor e o mais gostoso é o amor dos que amam por amar, é o amor que nem se sabe por quê sentir, o amor do amante, amor de querer ficar junto, morrer de asfixia num abraço, e de sede num beijo só. O amor por acaso, por destino, por coincidência, por escolha. É o amor que não vivemos sem - o amor pelo qual morremos. Morremos de amor.

Beeijos, Jaqueline.

P.S.: em breve, nas melhores livrarias HAHAHA as melhores cartas de amor: Incorrespondências, por Jaqueline Defendi Rosa e Doraney Vianna.

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