terça-feira, 17 de novembro de 2009

'me, myself



Hoje, encontro-me numa dos meus humores mais raros. Abandonei o falatório compulsivo, os comentários infelizes, impróprios, maldosos. Calei-me. Não por completo, nem de propósito, simplesmente a vontade de falar não me dava; mas quando deu, não me segurei; falei mesmo, pra depois me calar de novo. Nos olhos, um certo distanciamento daquilo que se pode chamar pessoas; visava outras coisas, outros mundos; fosse o céu, o horizonte branco ou aquele dente de leão que me dava vontade de tirar fotos. Meus ouvidos trancavam-se as vezes e, aturdida, não ouvia quando me chamavam; n'outras vezes ele se ligava tanto, e ficava tão perfeitamente atento, que era obrigada a ignorar por alguns segundos o livro fascinante com o qual me deleitei por uns momentos. Apesar disso continuava a sentir o vento, raro, e o frescor da sombra, e o calor do sol. Não estava, porém, triste. Nem lamuriosa, nem choramingando. Não era saudade, nem depressão, estava quieta. Pensando, as vezes, em coisas profundas, em coisas alegres, em coisas bobas de fazer rir quem me ouvisse os pensamentos. Foi um dia, uma manhã, muito estranha... mas me fez um bem que há tempo não acontecia: pude ver o quão boa companhia sou para mim; e o quanto sou importante, e o quanto, as vezes, é bom ficar sozinha.

Beeijos, Jaqueline ;)

Um comentário:

Luiz Loureiro disse...

o dia ajudou, de fato... absolutamente! hehe somos como se feitos pra nós msms, geralmente (mas nao sempre) td qnt precisamos esta em nós e nem sabemos, né!? hehe mas isso nao é absoluto... absolutamente!
o inegavel é somos sempre o q há! completamente necessarios, nós e os momentos autoconoscomesmos... haha