terça-feira, 12 de abril de 2011

Tia Jaque, de novo

Hoje foi o primeiro dia do meu primeiro emprego. Trabalho numa rua transversal à da minha casa, demoro cerca de cinco minutos para chegar ao trabalho e oito pra voltar pra casa (subida). Hoje, morrendo de medo de perder hora, acordei sete e vinte. Tomei banho, café da manhã ouvindo rádio, arrumei minhas coisas da faculdade, até tempo de me maquiar eu tive, de tão adiantada. Mal de gente ansiosa, normal. Mandei sms pro namorado e cheguei na escola quinze minutos antes do meu horário.

Não foi assim tão assustador. Na verdade, foi mais tranquilo do que eu imaginei. Cansativo. Chega três da tarde e tudo que você quer é que chegue logo a hora em que tudo acaba - onze e meia. Mas é mais cansaço físico que psicológico, por enquanto. Ainda gosto de criancinhas e superei tudo sem traumas. Sobrevivi.

Me senti, aliás, muito adulta. Acordando sozinha, me virando quanto às refeições, sempre de olho no horário, sem auxílio transporte, carregando meu próprio guarda-chuva, caminhando com as próprias pernas. Ao mesmo tempo, já estou com saudade da minha mãe. Não por ter que me virar e fazer as coisas sozinha - disso eu gosto - mas é como acontece em relação ao meu namorado: só de saber que vou vê-lo sóóóó no fim de semana, morro de vontade de estar com ele. E mesmo com toda a chatice crônica, eu estava acostumada a passar o dia com meus espalhafatosos genitores.

De qualquer forma, é bom, pois cessam as brigas e os fins de semana devem vir cheios de mimos e sorrisos e abraços.

Comecei bem o emprego: logo no primeiro dia me anunciaram um aumento de dez por cento a partir de primeiro de junho. HAHA É uma boa notícia, vai. Consegui sair da escola exatamente às cinco e trinta e um. Logo, tive tempo de ir pra casa, comer, tomar banho, arrumar minha cama, mochila e conversar com o meu cachorro (sim, agora ele é oficialmente nosso). Cheguei três minutos antes da van passar. Conclusão: nos dias em que sair "entre seis e meia e seis e quarenta" vou ter que escolher entre comer e tomar banho.

Mas estou absurdamente feliz por estar trabalhando, até porque dia trinta sempre chega. E quero mesmo aprender tudo e ser uma boa funcionária pública, mesmo que meu salário não dependa disso. Gosto de crianças e gosto da área de educação - e não sei mesmo ser severa. Prefiro ser sutilmente agradável. Não sei ser séria com crianças (a não ser com as do terceiro ano - para essas só mostramos os dentes para rosnar ou morder), proque elas olham pra gente e abrem aquele sorriso de rasgar a bochecha e engolir orelhas: não dá pra resistir. Eu sorrio junto.

Beeijos, Jaqueline.

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