sábado, 16 de agosto de 2008

~~> Pouco tempo atrás, vi um livro que me deixou um tanto quanto curioso, ele convidava as pessoas a pensar. O autor justificava seu empenho, na preocupação de que o mundo tem parado aos poucos de raciocinar, esperando, assim, uma solução divina para tudo. Vamos lá, isso é verdade, a engrenagem do pensar está cada vez mais enferrujada.Quando lidamos com pessoas no dia-a-dia, seja no trabalho ou em qualquer outra atividade que nos envolvemos, somos surpreendidos com uma capacidade que, em geral, os seres humanos contemporâneos têm em não pensar. Ou em não querer pensar. Olha só, não digo, que nunca tenhamos aquela preguiça. Claro que sim! É quando sonhamos que a solução chova sob nossas cabeças.Mas a impressão que passa, da grande maioria, é que todos esperam setas azuis a todo o tempo. Que Amélie, como em seu “Fabuloso Destino” entregue uma dica a cada passo e, com isso, indique o que deve ser feito para chegar ao livro de respostas. O mecanismo, isso já sabem, mas a idéia, o pensamento, a iniciativa, essas precisam vir do além. Talvez essa “Síndrome de Garfield”, largado no sofá das facilidades, seja a ausência da atuação de três atrizes principais. Em uma era pela qual, governos, televisão, sociedade, entre outros, lutam para que todos cresçam como rôbos programados. Elas, curiosidade, criatividade e imaginação, se tornam praticamente vilãs de um filme cômico. Sair do ambiente banal e das atitudes que todos praticam no dia-a-dia são toques criativos. Para o “pai dos burros”, criar é cultivar, é produzir, é gerar. Enquanto que, para um dicionário amoroso de culinária, “uma palavra mágica, um desafio, uma paixão”. Não vamos tão longe... Na escola, os professores não incitam a criar, o modelo de educação geral, principalmente pública, ultrapassa os limites da vã inteligência, e, o passar de ano é simplesmente de ano. 2008 para 2009. Ao invés de transformarem uma aula de matemática em oportunidades de surgir novas fórmulas, transformam fórmulas em regras imutáveis. Para se estar curioso, é preciso ao menos, ter a oportunidade de aprender que há algo além do recorte que vemos entre os batentes de nossa janela. Pare para pensar, o que ganha o governo, se nós, todos nós, fôssemos curiosos em saber qual seria o curioso destino de nossos impostos? Curiosos para saber as curiosas linhas da constituição? Curiosos pelo curioso trabalho que os caras que votamos na última eleição têm feito. Por conta disso e de outros dissos, que a inteligência de educar tira das escolas a criatividade e a curiosidade e presenteia seus alunos com uma nova série. Essas duas atrizes, só elas, já bastariam para transformar o teatro social em que vivemos hoje, em um belo roteiro de ação. Enfim, a terceira e fundamental maneira de ver a vida é, talvez, a ausência protagonista da “Síndrome de Garfield”. A imaginação. Crianças já lá nos primórdios da educação infantil, recebem as informações faladas, já que ainda não descobriram quais formas as letras têm. Seguem na vida e antes da fase juvenil descobrem a televisão, um comunicador massificado, com uma linguagem fácil e sem nenhuma exigência que as façam pensar. Nela tudo se diz, se desenha, os olhos podem apenas exercer sua função mais básica: olhar. Serem perspicazes, jamais! Começamos a nos acostumar, tudo se torna uma pizza, no formato delivery. Se duvidar, ainda pede-se uma sugestão à atendente quanto ao sabor a ser escolhido. Que tal, se em nosso dia-a-dia, emprestássemos aos amigos a vontade de enxergar além das janelas do quarto? Fossemos Amélie Poulain por um instante, ao mostrar uma seta, mas, deixando que a segunda fique por conta dos nossos filhos. Comecemos a desenhar uma nova paisagem e apresentemos “O Pequeno Príncipe” para que alguém preencha com imaginação os traços seguintes? Quem sabe, assim, teremos mais formigas que cigarras na história de La Fontaine. Uma dica para ver em cena cada uma das atrizes que citei.~~> Imaginação: leia a cada cinco anos da sua vida “O Pequeno Príncipe”. Criatividade: assista “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”. Curiosidade: converse sobre gastronomia – sempre alguém tem um toque a mais. Pense! ~~> Edgar Silveira é jornalista, integra a equipe de marketing do Plaza Shopping Itu, assessor de imprensa da PRÓTUR e acredita que uma caixinha de brinquedos antigos pode reacender a imaginação – de qualquer um. ~~> ... Uouu! Simplesmente ele escreveu ess texto pensando em mim!! Hhahaha ~~> Acho que se as pessoas tivessem a cabeça mais aberta, tudo seria bem mais fácil e, com certeza, resolvido! ~~> Beeijoos, Jaqueline.

2 comentários:

Luiz Loureiro disse...

Primeiro Jaque: verde & vermelho... absolutamente totalmente estupendo... quanto bom gosto numa pessoa soh... heheh eh surpreendente!

segundo: q texto! muito legal... vc jah parou p/ pensar q ha pessoas por ai das quais agente nao consegue imaginar seguer um pensamento? a "massa robotizada" nao pensa, sua "eficacia" esta toda voltada pra absorçao da informaçao mastigada, e pq nao dizer, muitas fezes manipulada... quando "abandonamos" o jornal escrito deixamos pra tras a interpretaçao das noticias e dos fatos... hj engolimos as noticias metidas goela a baixo pelos telejornais, td em nome de uma preguiça moderna desfarçada de praticidade... absolutamente... como a educaçao nunca foi "coisa da gente"... enquanto colonia eram os jejuitas q nos vendavam com as folhas do evangelho, depois veio Pombal e nos mostrou "o lugar dos portugueses d'álem mar"... aí a familia real e a independencia... passamos a mandar nossos filhos pra europa... um punhado de republicas e nada de educaçao.. o estado novo, a ditadura militar e... continuamos o mesmo povo ignorante, burros nao, ignorantes. sem senso critico ou coisa parecida... inda nao tivemos a luz, inda nos contentamos c/ uma vela tremula. percebe q parece um ciclo: enquanto nao tivermos cultura e identidade intelectual nao o desejaremos?

tah chega de pensar, extrapolei minha cota por hj... hehehehe... bjo!

Anônimo disse...

Quem disse que a gente não filkosofa juntos de sábado a noite??
Beeijos, Lu