sexta-feira, 18 de março de 2011

Deixa eu dizer


Quando nos dispomos a cumprir um objetivo ou a atingir uma meta, temos obrigação de nos esforçarmos ao máximo, pois, caso contrário, estaríamos frustrando nossa própria expectativa. No entanto, há de se convir que não é fácil manter-se nos trilhos. As vezes, a vontade que temos é sentar e esperar a vida passar, imóveis como pedras. Normalmente chamo isso de preguiça, mas, na verdade, é também cansaço, fadiga, medo, revolta, pessimismo, sensação de estar fazendo tudo errado. 

Precisamos nos esforçar mais, fazer mais e trabalhar mais e lutar mais - porque se o que eu fizer for moleza, eu serei igual a todo mundo...

Por mais difícil que seja consciliar desejos e obrigações e por mais tenso que seja fechar os olhos para as coisas que não podemos ter ou fazer... Temos que ter consciência de que a vida não é como colinho de mamãe, que para vencer é necessário lutar, tentar. Que todo o trabalho será recompensado, no fim, mas nada vem de graça e temos que fazer por merecer.

Se você quer chegar onde a maioria não chega, você deve obrigatoriamente fazer o que a maioria não faz, porque não se chega a lugares novos seguindo os mesmos caminhos. É preciso inovar, ser mais do que os outros, se destacar.

Não quero ser jornalistazinha de Voz do Jacaré, quero ser correspondente de um grande jornal. Pra isso, vou continuar dormindo poucar horas por noite nos próximos dez anos, talvez, aumentando cada vez mais o grau do meu astigmatismo, aproveitando menos o que eu quero fazer pra mais vezes cumprir o que eu preciso.

Vou continuar sentindo dores nas pernas e nas costas - lutando contra dor por uma musculatura mais firme e desenvolvida - e aquelas pontadas insuportáveis nos pulsos - tentando evoluir meus movimentos de chão, minha queda de rim e meus floreios. O sono, o cansaço, a dor nos olhos - tudo isso vai me fazer companhia pra sempre, pois é um preço (barato) que tenho que pagar para ter tempo de fazer tudo o que quero e devo.

Sei que dói, cansa, dá vontade de jogar tudo por alto - faculdade, treino, associação, livros, planos de mudar o mundo, a política - e viver minha vidinha pacata e medíocre de brasileira conformada, que vai trabalhar pra sempre nos negócios da família. Mas, apesar de toda a tortura psicológica, de todos os obstáculos, de todas as pedras no meio do caminho... sei que vai valer a pena. Sei que, quando os resultados vierem, tudo vai se tornar infinitamente pequeno.

Daqui a cinco anos, toda a parte ruim não importará.  E ficará só o sonho realizado.

Tenho que ser forte, guerreira, não desistir jamais. Tenho que achar motivos pra continuar, dentro ou fora de mim. A faculdade, o SinergiaK, a AMVV, a capoeira e a musculação, o Incorrespondências, o Cabreúva Mais Feliz (breve), ... Tudo isso faz parte de quem eu sou e, principalmente, de quem quero ser.

E não posso abandonar meu projeto de mim.

Beeijos, Jaqueline. 

PS: super recomendo o filme Até o Limite da Honra, com a Demi Moore (foto). Maravilhosa lição de vida para os mortais que, como eu, sentem vontade de abandonar a luta o tempo todo.

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