segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Chata

"Há quem diga que todas as noites são de sonhos. Mas há também quem garanta que nem todas, só as de verão. No fundo, isto não tem muita importância. O que interessa mesmo não é a noite em si, são os sonhos. Sonhos que o homem sonha sempre, em todos os lugares, em todas as épocas do ano, dormindo ou acordado."
William Shakespeare

Eis que na semana passada discutíamos certos casos... E pus-me a pensar se um deles, o jornalismo independente, seria só um sonho - mais um dos devaneios tolos de quem acha que vai conseguir mudar o mundo, sozinha e de uma só vez - ou algo plenamente passível de realização. E mais: se não seria essa minha missão, meu caminho. Porque a estrada se bifurca e esses dois caminhos só se distanciam um do outro; um vem a ser o que chamamos de vida política, ainda que limpa, e o outro o que seria meu sonho jornalístico mais sincero e profundo, a independência.

Quando digo independencia, refiro-me a não ser insosso como o Jornal Nacional, que dá puramente a notícia, sem profundidade alguma, para não correr riscos e a passar longe dos extremismos da Veja e do Estado de São Paulo. Ter opinião, mas sem precisar distorcer os fatos em prol de quem anuncia ou do partido da oposição/situação. Ser verdadeiro e justo - investigativo e sério, independente de qualquer ideologia alheia - compromisso insolúvel com o leitor.

Há quem diga que todas essas coisas que eu desejo não passam de sonhos - impossíveis de se concretizarem. E o pior é que sou obrigada a concordar...


Certas coisas - como essas - me chateiam.
Estou chateada, hoje.

Beeijos, Jaqueline.

2 comentários:

Renato Violardi disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Renato Violardi disse...

Não fique chateada. Sonhos, como já lhe disse outras vezes, são só nossos e nnada, nem ninguém consegue tirar de nós. Independência é um sonho difícil, mas nunca impossível pois, "o impossível é somente uma questão de opinião".
Não desista!
Beijos