sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Na dúvida, pule no mar!



'quando eu pulei, ali do último degrau, e inspirei bem fundo e me joguei no mar, senti a água fria tomar os dedos dos meus pés, tornozelos, panturrilhas, joelhos e coxas - e shorts; como num exercício de relaxamento de yoga, calmamente, bem devagar, a água foi tomando cada pedaço do meu corpo e depois, o tronco, pescoço - o arrepio - a cabeça, os braços e mãos; e em contraste com o sol que torrava meus problemas e miolos, aos 31 graus que me derretiam em pensamentos absurdos, aquela frieza marinha, salgada como lágrimas, me afundou pelo que pareceu três minutos mas não foram nem segundos; e quando emergi, tossindo e com os olhos ardendo do sal das lágrimas do mar, e não das que não chorei, notei que meus pensamentos haviam se soltado; meus brincos da sorte continuavam ali, os dois, mas nem mais uma besteira permanecia na minha cabeça; que houve? onde estavam os malditos devaneios? perdi, é? olhei em volta e não achei; ficaram lá, sujando o mar; minh'alma, porém, ficou limpa e leve. lavei no mar e sequei ao sol; a bermuda continuou molhada, o jeans não quis colaborar... mas deu pra pegar um bronze.'

Santos parece ser uma cidade legal. Chegamos, claro, super atrasados, e almoçamos; meio na bad, como diria o Cauê, eu nem tava tão afim de sol e mar, só comi tranqueiras e até Coca Cola me permiti, meia lata, talvez. Não era dia, afinal, de dieta. O biquini tava na gaveta, em casa, mesmo... Nem ligo! No shopping, vitrines, vestidos e sapatos; bolsas, um vendedor bonitinho da loja de esportes que, segundo cretinos, ficou olhando meus peitos; salgados e o bom e velho suco de laranja. Na escuna, sol! Aquele, de dar câncer de pele... o protetor já meio saindo, deixou que ele queimasse meus ombros um pouco, as panturrilhas demais e as coxas de menos. Fotos, algumas músicas que tentavam - e as vezes conseguiam - me animar, pessoas que eu passei a amar e fotos. Muitas fotos. Bateria acabou, câmera na bolsa da Gaby, fotos na câmera do Eli e do Luiz. De repente, o aviso: 15 minutos pra mergulho, galera; e a escuna parou. Implorando, deixaram. Felizes, foram. Sem biquini - bosta de biquini que ficou na gaveta, em casa - e sem coragem, fiquei olhando... Quinze minutos passam logo, sabe? Salva pela Pri qeu também ia entra no mar de roupa, lá fui eu. Um, dois, três e já! Fui (ler descrição acima) . Nunca, juro!, nunca vou me arrepender de ter caído n'água. Nunca, em toda minha vida, fui tão certa em largar a prudência com o Luiz e ouvir meu coração. Saí d'água mais feliz, animada (se pá, até mais magra), e aproveitei muito o resto do passeio. Na volta, nada como boas conversas, com bons e velhos amigos; os dois, provavelmente, de quem sentirei mais falta, daqui um mês ou dois; até o resto da vida. Em casa, só dez e meia, na cama, lá pelas onze e poucos, pós banho, leite, e alguma arrumação em quarto, mochila e roupas pra dormir na tia. Cansou, viu; mas pode apostar que valeu a pena. Cada grama de sal, cada minuto de sol. Se pudesse fazer de novo... bom, acho que excluiria a Coca Cola. Mas...

Beeijos - tensa, mas feliz - Jaqueline.

2 comentários:

Luiz Loureiro disse...

hehe a prudencia e os brincos comigo né... hehe
e continua em otima forma jaque! escrevendo muito bem, parabens...
uhu! e ainda sou um dos dois hem! haha...
viva Netuno! haha o mar, o mar...
muito bom! acho q semana q vem podia ter outra dessas hem! hehe
valeu Jaque!!! bjoes!

Carlos Strife disse...

Nóóó, sacana o cara que ficou olhando seus seios (literalmente) *morre*

*caham*... então, cara... que bacana o que escreveu sobre o mar ^^
ficou ótimo e interessante =D
fico feliz que isso tenha te deixado mais leve e tal ^^

enfim... beijos maninha, amo você ^^