terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Vem aí

Declaro oficialmente aberta a temporada de textos da categoria "Adeus Ano Velho, Feliz Ano Novo". Aguentem...


Em 2017 eu quero me livrar de vez do cartão de crédito. 
E usar meu dinheiro pra pagar meu primeiro apartamento.
Quero não depender de freela, mas trabalhar cada vez mais.
Quero folgar aos domingos. E descansar na minha folga.  
Quero voltar a ler meus livros.
E arrumar tempo pra estudar durante a semana.
Quero estabelecer uma rotina pros meus mil empregos. 
E continuar aperfeiçoando minhas técnicas culinárias.

Quero fazer uma viagem nem que seja pequenininha. 
E guardar dinheiro pros móveis planejados da Ju. 
Quero fazer mais as coisas só porque eu quero e menos porque eu tenho que fazer.
Ir ao cinema uma vez por mês e de vez em quando a um show que sonhei.
Sair pra dançar, assim sem vergonha, dois pra lá dois pra cá. 
Comer bolinho de costela, conhecer uma banda nova, ver Lago dos Cisnes no Natal. 

Ser mais gentil comigo mesma e rever aqueles amigos de outrora. 
Não manter amizades por conveniência, não cair na rotina em relacionamento algum.
Dar mais abraços, ler mais Pessoa. Sentar no chão, na grama, ao pôr do Sol. 
Não ter medo de ficar sozinha, ser minha melhor companhia. 
Me alegrar nas segundas: foco, força e café. 

Não deixar de beber, deixar o cabelo crescer.
Sair pra ver o mar. 
Estar sempre aberta pra ouvir, pra aprender.
Enfrentar o que for preciso, pra alcançar o que quiser. 
Ser mais leve, emagrecer a alma e o humor.
Parar de morder a boca pra dançar.

Sustentar a meia ponta, caprichar na postura, soltar o quadril.
E sorrir mais e aproveitar mais esses momentos só meus. 
E não ter vergonha da caminhada, do aprendizado.

Ouvir mais música, aguçar o ouvido e o coração.
Não perder a sensibilidade, exercer empatia, me doar pra alguém. 
Não acumular nem roupas, nem angústias. 
Deixar ir, sem demora, que o tempo ruge e a sapucaí é grande. 
Não ter tempo pra perder, mas não ter pressa de chegar também. 

Não esquecer dessa lista, não deixar que o ano acabe sem ter valido a pena.
Não abrir mão de viver cada coisa.
Não esquecer que um dia a mais é também um dia a menos. 

Não desperdiçar.
Comida, palavras, dinheiro, paz. 
Tempo. 

Não economizar.
Sorrisos, danças, declarações de amor.
Vida.

Um brinde à liberdade poética!


Jaqueline Rosa.






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