segunda-feira, 26 de maio de 2014

Aprendendo a sobreviver

"Nem sempre ganhando
Nem sempre perdendo
Mas aprendendo a jogar"


No primeiro dia aprendi que ser sincero requer coragem. No segundo, que a verdade abre portas nos nosso corações - mesmo que só a gente saiba a verdade. No terceiro, que água quente nos faz ficar mais aptos a uma conversa amigável e depois aprendi que dizer adeus dói. No quarto dia, aprendi a sorrir e não contar a cada transeunte o que estava de fato sentindo. No quinto dia, aprendi que ninguém quer a nossa felicidade - o que as pessoas querem é ter mais um assunto para fofocar. No sexto dia, aprendi que angústia é uma coisa que dói no peito e faz faltar o ar. No sétimo dia, aprendi que as pessoas com as quais mais você se preocupava são as que primeiro te substituem. No oitavo dia, aprendi alguma coisa, mas não lembro o que é. No nono dia, que é preciso retomar as amizades. Mas no décimo dia, a lição foi mais profunda e mais dolorida. Como um curativo num machucado grande, que arde, mas depois cura.

Aprendi que minha teoria estava certo. Estamos sozinhos. Como eu mesma escrevi em outro momento: "Precisamos parar de ter medo de encarar os fatos: somos nós e a estrada. Ninguém pra nos dar a mão. Apenas nossos pés cansados e os ombros doloridos. E o horizonte." De fato. Aos poucos estou vendo como eu estava certa. E, nesse caso, gostaria de estar errada. Sempre preferi ser feliz a ter razão. Às favas com a razão! Mas aprendi que, as vezes, a gente acerta. 

Aprendi que estou mesmo sozinha. Mas houve uma lição um pouco mais doce: eu não morri. 

E aqui começa outro texto.

Beijos, Jaqueline.

Um comentário:

Celso Duarte disse...

Lições são aprendidas a todos os momentos, e é exatamente isso que se deve fazer, tirar um novo aprendizado de toda situação que nos é posta, seja boa ou não, mas acredito que principalmente nas mais difíceis é que mais aprendemos, aprendemos a superar desafios, crescer e evoluir. Também acredito na solidão das pessoas, que seja sim uma coisa boa, mas não pode ser eterna, eu adoro ficar sozinho de vez em quando, mas como é bom ter alguém para poder contar, correr para um colo e sentir-se amado, sentir que sentiram sua falta, seja um amigo, família, namorado, filme, livro ou música (bebida não). Precisamos aprender a andar sozinhos e viver da melhor forma possível com nós mesmos, aprender que as pessoas devem nos acrescentar, somar a nossa vida, felicidades, alegrias, amor e ajudar a vencer desafios, porém, não se deve esperar que sua alegria dependa exclusivamente de mais ninguém, elas devem acrescentar, não ser a única opção, pois um dia você pode estar sozinha, e ninguém pode ser melhor companhia, concelheira e amiga a você, que você. Quem melhor que tu mesma conhece sua vida, sua história, sua vitórias e derrotas,o que passou, sonhos, metas e a capacidade que tem, e as vezes nem sabia que era tão capaz assim, e se surpreende do que pode fazer, como consegue fazer e até onde pode chegar?!
Bom Jaqueline, apenas uma reflexão que tive lendo seu texto. De seu maior fã. Beijos!