sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Não vejo a hora

Mais um ano está chegando ao fim - e esse é um começo de texto muito clichê, eu sei - e essa época do ano me faz dar um valor imenso as coisas que eu tenho e vivo. Mesmo àquelas coisas das quais eu reclamei meses a fio. Nessa fase do ano, de encerramentos, despedidas e desenlaces, eu gosto de sentar, pensar na vida, relembrar histórias, agradecer, rezar, fazer planos... E pode parecer bobagem pra essa gente que acha que dezembro é um mês qualquer. E pode até ser bobagem mesmo, mas acho que a gente deve se dar ao luxo de confraternizar com as nossas loucuras, desejos e manias, mesmo que de vez em quando.

Estou cansada de fazer planos, de sonhar com coisas e não poder realizá-las. Perco mais tempo sonhando que realizando e não tem funcionado. Estou com preguiça de traçar estratégias. Quero a liberdade do nada a ser feito.

Mas quero agradecer a Deus, ao universo, às partículas cósmicas ou quem quer que seja. Depois de tanto chorar com medo de que desse errado, consegui meu emprego do lado de casa e, com grande orgulho e felicidade de doer o estômago, voltei pro meu sonho de infância de ser bailarina clássica.

E mais de oitocentos reais depois, em seis meses investindo no meu sonho, entre mensalidades, sapatilhas, fitas, tintas, elásticos, vestidos, saias, óculos e meias, vou me apresentar no TEMEC, em Itu, no próximo domingo. Já estive tão ansiosa que a ansiedade acabou e agora veio a paz. Mas uma paz apressada, carente, doida e doída. Não vejo a hora de calçar as sapatilhas e subir ao palco.

Não vejo a hora de chegar o Natal pra usar meu vestido novo. Não vejo a hora do ano novo cheio de fogos de artifício. Não vejo a hora de poder dirigir. Não vejo a hora de dormir até meio dia, acordar e ficar de pijama o dia todo vendo televisão.

Não vejo a hora de 2012 nascer.

Beeijos, Jaqueline - abandonada.

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