sexta-feira, 30 de abril de 2010

Um poema, pra encerrar abril

Por mim, e por vós, e por mais aquilo
que está onde as outras coisas nunca estão,
deixo o mar bravo e o céu tranqüilo:
quero solidão.

Meu caminho é sem marcos nem paisagens.
E como o conheces? - me perguntarão.
- Por não ter palavras, por não ter imagens.
Nenhum inimigo e nenhum irmão.
Que procuras? Tudo. Que desejas? - Nada.
Viajo sozinha com o meu coração.
Não ando perdida, mas desencontrada.
Levo o meu rumo na minha mão.

A memória voou da minha fronte.
Voou meu amor, minha imaginação...
Talvez eu morra antes do horizonte.
Memória, amor e o resto onde estarão?

Deixo aqui meu corpo, entre o sol e a terra.
(Beijo-te, corpo meu, todo desilusão!
Estandarte triste de uma estranha guerra...)
Quero solidão.
 
Cecília Meireles.
 
 
E eis que abril me deixa, vai-se embora, prometendo voltar, a lua, o sol, o cheiro de chuva no ar. Vai se embora, abril, que abriu-se o espaço pra maio chegar.
 
Beeijos, a idiota,
Jaqueline. xD

Um comentário:

Luiz Loureiro disse...

MAIO!

ha uma musica chamada "maio maduro maio" haha vc podia ouvir, é do josé afonso, mas o madredeus tem uma versao muito boa tmbm! haha

idiota 2 haha
bjo até!