Pensar bem. Não se deixar influenciar. Respirar fundo. Pedir um tempo pra pensar. Pensar. Não se preocupar. Pensar bem. Planejar. Ver bem o que você quer. Ver bem os prós. Ver melhor ainda os contras – se for preciso, usar óculos.
As perspectivas são, pra dizer o mínimo, promissoras. E tentadoras. Estou ansiosíssima e talvez não consiga dormir sem sonhar – como há séculos não consigo. É aquela euforia do bem, que me deixa olhando pro relógio a cada cinco minutos.
Meu projeto de vida profissional começou a ser traçado cedo, lá aos onze, quando entrei para o jornal da escola – claro que vocês já sabem disso. Sempre fui, como meu pai ama dizer, precoce. Entrei pra primeira série um ano antes, enquanto todos os meus amigos faziam mais um ano de pré. Nas pastorais e catequeses, sempre a caçula. Com onze ou doze assumi uma turma de pré-catequese, com cinco crianças, se não me engano. Todas as outras catequistas eram mais velhas. O curso de Turismo era a partir dos quatorze anos, mas com treze consegui entrar. Faculdade, eu comecei menor de idade. E, com dezoito anos (e só dois semestres da faculdade completos), ter a oportunidade de participar efetiva e intensamente de um jornal é absolutamente invejável e única. Não deve ser desperdiçada. Várias pessoas gostariam de ter essa chance, eu sei.
Fui convidada. Terei uma reunião amanhã, às nove horas, pra negociar os detalhes. Se der certo, embarco nessa de cabeça. De corpo e alma. De cabeça e coração. Se não der, ainda sim houve um ponto positivo: consegui ouvir com todas as letras e fonemas da dura boca do meu pai que ele ‘acredita, acredita muito, no meu trabalho, na minha capacidade’ e que, desde que seja isso que eu realmente queira, ele ‘está comigo, do meu lado, completamente’.
Beeijos, Jaqueline.
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