Foto by Gilda Pontes
Existe aquela felicidade de conseguir um emprego novo, passar num concurso ou ser promovida: é quente, instantaneamente contagiante, eufórica e gritante. É urgente que se compartihe, dá vontade de gritar de alegria bem alto pra dividir com todo o mundo o bem que se está sentindo.
E existe aquela felicidade do bilhete encontrado embaixo da porta, do segredo compartilhado, do olhar de canto, do beijo roubado. Aquela, de quem ama gostoso, ama deliciosamente. Aquela felicidade de quem é atendido por Deus. É aquela felicidade que não se grita aos quatro ventos, com medinho de que se desfaça. Aquela felicidade que, às vezes, tem nome, sobrenome, cor de olhos, mãos macias, abraços quentes e número de telefone.
Essa felicidade é aquela que te abraça quietinha e te faz dormir sossegada. Aquele silêncio dentro do peito, a cabeça tranquila. É aquela felicidade que traz paz.
Essa felicidade a gente sente sozinho, é só nossa e ninguém mais entende. Ninguém mais sente igual, ninguém sabe como é. Por mais que a gente explique. Por mais que a gente queira dividir tem felicidade que é só nossa, que faz tudo parecer de ouro e todos os nossos sorrisos serem de orelha a orelha. Como quando a gente quer falar alguma coisa, mas perdeu a voz. Tudo tem que ficar dentro de nós. Isso que a faz ser tão importante: o fato de ser particular, individual, inexplicável.
Essa felicidade, às vezes, é quietinha. Não precisa de palavras, só olhares. Só sorrisos. Só precisa olhar o céu e contar as estrelas. Só precisa fechar os olhos e dizer baixinho o nome dela, da felicidade.
Beijos, mais que feliz, Jaqueline.
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