"Até que me caiu a ficha de que ele era pior do que cocaína. Pior porque morenos bonitos e cheirosos são bem mais interessantes do que um pozinho branco que corrói o nariz. E melhor porque no dia seguinte o efeito 'mulher maravilha acha que sabe voar' continuava."
Tati Bernardi
Pelas minhas contas, agora Incorrespondências tem quatorze cartas/crônicas, fora o texto de apresentação. Digitei vários da Doraney Vianna e criei uma, chamada 'De Overdose' (o que torna muito lógica a citação da Tati Bernardi acima). Fiquei com muita vontade de publicar aqui, mas decidi que é melhor não. Ou todos vocês conhecerão o livro antes mesmo de ser publicado. Vou aproveitar o ócio das tardes na loja e tentar digitar mais alguns. Doraney deve ter mais umas dez e eu preciso escrever mais - mas minhas cartas são feitas só de inspiração, pois transpiração não sabe escrever, então é um pouco mais complexo o meu processo criativo do que vencer a preguiça de digitar.
Confesso que estava prestes a mandar minha alma pro inferno, fugindo da promessa que fiz de publicar as cartas de amor da Dorinha. Mas ela disse não ter pressa e me deixou com o caderno e ontem, inspirada pelas mil frases da Tati Bernardi lidas, acabei tomando coragem de agir. É sempre difícil lidar com os sonhos das outras pessoas. Por um momento, tive vergonha de imaginar quem lerá minhas cartas de amor - algumas tão verdade quanto pão com tomate outras fictícias quanto vampiros que brilham - e do juízo que farão de mim.
Fiquei orgulhosa de mim, no entanto, pois consegui escrever uma carta totalmente fictícia, ontem. Os sentimentos são verdadeiros, mas a situação puramente fantasiosa, pois não aconteceu comigo. Isso é ficção. E meu sonho como escritora é escrever ficção e não autobiografia.
Um dia, sei que terei o prazer de ecrever uma dedicatória no Incorrespondências e dá-lo de presente a alguém. E tenho esperança de que quem o ler sentirá o poder das palavras, o poder que pode ter o que quer que se sinta.
Beeijos, Jaqueline.
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