É como um presente de Natal, entende. Uma daquelas coisas, daqueles presentes, que você sempre quis, mas que lá no fundo achava que nunca iria ganhar. Então continuava querendo, mas sem muito daquela luz verde; Papai Noel talvez não tivesse entendido direito, ou quem sabe acabou no estoque... Ano que vem eu ganho, quem sabe...
Acontece que quando, na manhã de Natal, você corre pr'árvore enfeitada, como se tivesse cinco ou seis, e pega aquela caixa grande remetida à você, e nem abre rápido, como normalmente faria, não quer abrir pois sabe - acredita - que a magia vai acabar quando descobrir aquele par de meias feioso que sua mãe comprou. Mas você abre mesmo assim, é assim todo Natal. Presentes servem para serem abertos, afinal. E lá, no fundo daquela caixa mágica há o que você pediu, desejou, esperou e mereceu, e mais. A felicidade é tanta que o peito dói, de tão forte que o coração bate nele, e você nem respira, seu diafragma se retorce exigindo oxigênio pros pulmões vazios, seu cérebro trabalha a mil. Não há mais nada a fazer senão se encher daquela sensação de água fria tomando o corpo, refrescante, revigorante; aquela felicidade estranhamente forte que faz suas mãos tremerem contra os contornos do presente, seus lábios travarem num largo sorriso, daqueles de engolir as orelhas, seus olhos num mar de brilho, como estrelas que forrariam o céu daquela noite, não fossem as nuvens e a chuva incessante.
E foram as melhores horas mal dormidas da minha vida. Três horas, é pouco eu sei.
Mas sonhei com as horas que as antecederam.
E domingo estarei lá, pra ter certeza que você não mudou de ideia.
Beeijos, Jaqueline, feliz.
Um comentário:
Feliz Natal! =)
Bjs! ;*
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