Foi com muito prazer que ontem eu fiquei, curtindo um raro momento de ócio, em casa. E, não tendo nada melhor para fazer, fui assistir jornal. Primeiro o da Record, depois - com aquela minha mania estúpida de precisar saber o que está passando em todos os canais, antes de escolher algum - vi o da Band, do SBT e, por fim, da Globo. Como eles passam mais ou menos no mesmo horário, obviamente, vi apenas trechos deles - os mesmos trechos, por sinal. Vi, nos quatro canais a mesma matéria da Copa do Mundo, com enfoque no jogador Robinho, que deu uma entrevista coletiva com outros jogadores.
Qual a graça de ver a mesma 'notícia' em quatro canais diferentes, Jaque?
Bom, se você faz Direito, Medicina, Nutrição ou qualquer outra coisa: nenhuma. Graça nenhuma. Você seria, no muito, um desocupado sem tv por assinatura nem namorada.
No caso de você ser um aluno de Comunicação e Artes a coisa mudaria um pouco.
Mas se seu curso for Comunicação Social e sua habilitação for em Jornalismo, haha você me entenderia.
O contexto era o mesmo; o mesmo jogador, a mesma cidade, o mesmo fato, a mesma copa. O que muda? A abordagem, os ângulos, o modo com que o repórter aproxima o teleespectador do acontecido, como ele humaniza ou mumifica a figura do jogador que, no caso, era a notícia.
Se querem saber, numa escala crescente, classificaria : Record, SBT, Band e, por fim, Globo.
Quem me conhece sabe que sou rígida ao máximo com a Rede Globo, que a critinho ferrenhamente. No entando, há de se convir que ela é sim, muito boa no quesito reportagens. E não pude deixar de sorrir - e rir - do modo com que ela humanizou o Robinho com as imagens dele, primeiro sério, sorrindo e, depois, todo brasileiro, animadíssimo, feliz; bagunçando e comemorando.
Foi criativo, um lead diferente. Nariz-de-cera, sim, mas contagiante. O tipo de coisa que me deu uma vontade enorme de assistir aquilo ao invés de passear pelos outros canais.
Jornalisticamente falando, se tivesse que escolher, naquele momento, uma emissora para trabalhar, seria a Globo, pois foi quem me provou que o jornalista pode - SIM - se aproximar da notícia, sentar ali do lado dela, no mesmo banco, bater um papo, conhecer, gostar ou não, escolher, e repassar suas conclusões.
Entendam de uma vez por todas, imprensa, leitores, professores, população, governo e estudantes de jornalismo, inclusive: jornalista não é narrador, é formador de opinião.
Beeijos, Jaqueline.
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