terça-feira, 16 de março de 2010

Cê que sabe!

"É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações que punem os ricos pela prosperidade. Por cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber. O governo não pode dar para alguém aquilo que não tira de outro alguém. Quando metade da população entende a idéia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação". (Adrian Rogers, 1931)

Você quem sabe.

É, acho, a frase que eu mais odeio que meu pai diga, porque, como muitas outras, tem várias interpretações. A melhor delas é: "confio na sua decisão de escolha, então, independente do que você escolher eu vou te apoiar."

Conhecendo meu pai como eu conheço - há 17 anos - o que ele realmente quer dizer é: "você sabe o que eu penso a respeito, subliminarmente eu vou te convencer a fazer o que eu quero, mas pode pensar que é você que vai decidir. Afinal, você sabe que, se não escolher o que eu quero, vai ter minha reprovação pra sempre e se escolher, vai ouvir durante anos que 'ainda bem que você ouviu seu pai'."

Sobre o que estou falando?
Lembra do concurso que eu prestei, no qual passei em primeiro lugar?
Siim, aquele cujo edital não falava porra nenhuma nada sobre ter que ter no mínimo 18 anos pra assumir o cargo, mesmo você sendo melhor classificada que todos os outros 300 concorrentes.
Isso, esse mesmo. O que precisava de emancipação - que custa 330 reais - pra poder trabalhar e ganhar salariozinhos mínimos e cestinhas básicas que não vem com arroz integral ou granola.
Então, esse aí.
No fim, olha só que engraçadinhos, tem um meio deu assumir. Sim, ela conversou com o Jurídico e tudo o que eu preciso é de um pai que rabisque uma assinatura no meu papel de posse, me autorizando a pagear criancinhas. Ai, que difícil.
{N/A.: ele disse que, se eu quisesse, mesmo ele achando que não deveria, ele assinava.}
But: vaga em outro bairro. Na hora, cancelaria minha academia e seria gorda e estressada (NUNCA!), além de diminuir meu período de sono, que já é curto, o que provavelmente já detonaria minha facul.

E vendo que ainda há a possibilidade de conseguir estágio de jornalismo na mesma Prefeitura filha da puta, dou por decretada minha desistência {quando for desistir, lembre-se o trabalho que deu pra começar!} da vaga de Auxiliar de Sala, e a tristeza das criancinhas em perder uma tia muito, mais muito competente.

Sem mais, a de sempre,

Jaqueline Defendi Rosa.