Num mundo onde impera a descrença, fica cada vez mais difícil acreditar em 'resoluções de ano novo' ou em esperanças e paz que se instaurem, assim, de repente. Mas eu lembro bem do que Sartre disse. Somos os únicos responsáveis: pela alegria e pela tristeza. Não tem absolutamente nenhum fator externo nem nenhuma outra pessoa no mundo que possa resolver nossa vida pra nós - ou destruí-la. Essas coisas só acontecem a partir do momento em que permitimos que aconteça e, assim, continuamos sendo os únicos responsáveis.
Então, como não ansiar por um ano novo, com novas oportunidades, novas histórias, se sabemos que temos o poder de fazer isso acontecer?
Ok, de fato, todo ano é igual. São segundas sonolentas e terças monótonas, quartas e quintas ansiosas, sextas cansadas, sábados corridos e domingos entediantes. Tudo bem que ano que vem vai ter aniversário, páscoa, feriados prolongados, muita Netflix e outro Natal. Mas quem disse que você precisa tomar o mesmo café na mesma xícara sentado do mesmo lado da mesa todos os dias? Hum? Quem disse que você precisa trabalhar no mesmo lugar, falar com as mesmas pessoas, comer as mesmas coisas toda vez que vai no shopping e fica em dúvida perante aquela enorme gama de opções?
Ok, de fato, todo ano é igual. São segundas sonolentas e terças monótonas, quartas e quintas ansiosas, sextas cansadas, sábados corridos e domingos entediantes. Tudo bem que ano que vem vai ter aniversário, páscoa, feriados prolongados, muita Netflix e outro Natal. Mas quem disse que você precisa tomar o mesmo café na mesma xícara sentado do mesmo lado da mesa todos os dias? Hum? Quem disse que você precisa trabalhar no mesmo lugar, falar com as mesmas pessoas, comer as mesmas coisas toda vez que vai no shopping e fica em dúvida perante aquela enorme gama de opções?
Ninguém.
Uhum, pois é.
São viagens diferentes, cursos diferentes, músicas diferentes. São sons, sites, signos. Filmes, livros, cores, piadas. São novas cervejas. Novos capuccinos. Novos sabores de sorvete. Novas exposições. Museus. Coreografias. Há tanto pra conhecer, tanto pra ver, tantos lugares pra ir... que seria um gigantesco desperdício fazer um ano igual ao outro.
Não podemos nos contentar em ver as mesmas coisas sempre. Em estar todas as vezes nos mesmos lugares. Em ler sempre os mesmos autores.
Quero que 2015 seja diferente. Sempre queremos anos melhores, mais completos. Eu só quero aprender coisas novas - pela dor ou pelo amor, que a gente sabe que vem as duas, sempre. Quero a novidade, a mudança, a transformação. Quero o progresso, quero o esforço, quero a conquista. Quero a leveza de dias e horas calmas e felizes. Quero tocar alaúde com os quadris. Quero alçar voo pra mais um pedacinho do mundo, do Brasil. Quero mergulhar de cabeça no que traz alegria e serenidade. Abraçar com força oportunidades que deixei passar em 2014...
Quero que 2015 seja outro. Que não seja 2014. Que seja mais suave. Com noites de sono mais tranquilas e manhãs mais calmas. Que os objetos parem de criar asas e que as pessoas poupem suas cordas vocais umas com as outras (a menos que a gritaria seja de tanto rir, bebendo com as amigas - a gente sempre grita).
Que possamos nos proteger da aspereza da alma alheia e inventar motivos pra sorrir.
Enquanto isso, vamos aguardar o Natal.
Não podemos nos contentar em ver as mesmas coisas sempre. Em estar todas as vezes nos mesmos lugares. Em ler sempre os mesmos autores.
Quero que 2015 seja diferente. Sempre queremos anos melhores, mais completos. Eu só quero aprender coisas novas - pela dor ou pelo amor, que a gente sabe que vem as duas, sempre. Quero a novidade, a mudança, a transformação. Quero o progresso, quero o esforço, quero a conquista. Quero a leveza de dias e horas calmas e felizes. Quero tocar alaúde com os quadris. Quero alçar voo pra mais um pedacinho do mundo, do Brasil. Quero mergulhar de cabeça no que traz alegria e serenidade. Abraçar com força oportunidades que deixei passar em 2014...
Quero que 2015 seja outro. Que não seja 2014. Que seja mais suave. Com noites de sono mais tranquilas e manhãs mais calmas. Que os objetos parem de criar asas e que as pessoas poupem suas cordas vocais umas com as outras (a menos que a gritaria seja de tanto rir, bebendo com as amigas - a gente sempre grita).
Que possamos nos proteger da aspereza da alma alheia e inventar motivos pra sorrir.
Enquanto isso, vamos aguardar o Natal.