Perante a liberdade, a primeira sensação foi a de estar completamente perdida. Como se nunca estivesse estado entre os livres e tivesse medo de chamar muito a atenção, busquei minha primeira cerveja. Tentei bater o pé no ritmo imposto pelo DJ. Um tempo depois, não adianta, a música (com contribuição do álcool) me tomou. E a sensação era... será que era liberdade? Não havia quem agradar. Ninguém estava me olhando. Não havia exigências. Nem estereótipos. Nenhuma condição. Nenhuma pergunta não respondida. Nenhuma dívida. Nenhum relógio. E meu celular jazia sob meu travesseiro, desligado, longe dali. Éramos só eu e a música.
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Elis Regina, com sua voz, seus palavrões, seus gestos exacerbados, suas roupas fora de moda, sua vontade louca de mudar, sua exigência sem explicação para com a vida, sua preguiça de cidades interioranas, sua raiva da conformidade do pai, que achava que tudo bem ela levar uma vidinha mais ou menos... Me fez sentir compreendida. Nem sei se cantei, se pisquei, se entendi a moral da história. Só sei que me senti acolhida. Abraçada. Entendida. Me senti... normal na minha loucura. Sã nas minhas exigências. Humana nas minhas falhas. Me senti, pela primeira vez em tantos dias, simplesmente... Certa.
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Levar Brincando de Fotografia para a Biblioteca não significa que sou fotógrafa. Comprar uma câmera profissional não significa que eu sou fotógrafa. Amar fotografia e, de fato, fotografar não faz de mim uma fotógrafa. Na verdade, não sei o que faz. Porque conheço um monte de gente com faculdade e cartões de visita que não fazem as fotos que eu faço embora talvez saibam explicar tecnicamente sobre o funcionamento da câmera. Mas fotografar é uma coisa que, de fato, eu gosto de fazer. É uma coisa que me dá paz. Que me faz sorrir atrás da máquina e querer chegar em casa correndo pra poder postar as fotos, porque todo mundo tem que ver que legal aquele céu ou aqueles sorrisos! Não sei explicar. É como a sensação de dançar no palco, só que em menor escala. Como se um fosse um oceano e outro um copo d'água. A mesma felicidade, mas aos pouquinhos...
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Estar com o meu melhor amigo de novo foi simplesmente impagável. Uma cerveja despretensiosa, um jogo meia boca, algumas piadas prontas, uma família que me acolhe como se fosse a minha, mesmo que não os visite há anos... Tudo isso fez da minha quinta-feira um pouco mais sorridente. Porque não precisamos mudar de amigos, se entendemos que os amigos mudam. E tudo bem ele ter outra vida, em outra cidade, com outros amigos. Tudo bem não nos sentarmos mais à janela, pra trocar confidências. Tudo bem nossas risadas e segredos serem pelo WhatsApp. Eu sei, no fim das contas, que você está aí pra mim. E você sabe que eu estou aqui pra você. Então, tudo está bem. Muitos amigos vieram e se foram e, vejam!, cá estamos nós. Sambando na cara dos recalcados que tentaram me fazer não te escolher.
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Atenção, cabreuvanaiada que fica me arrumando namorados por aí, repitam comigo e depois escrevam no cadernos cem vezes, com letra cursiva bem bonito, valendo visto e estrelinha dourada:
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Elis Regina, com sua voz, seus palavrões, seus gestos exacerbados, suas roupas fora de moda, sua vontade louca de mudar, sua exigência sem explicação para com a vida, sua preguiça de cidades interioranas, sua raiva da conformidade do pai, que achava que tudo bem ela levar uma vidinha mais ou menos... Me fez sentir compreendida. Nem sei se cantei, se pisquei, se entendi a moral da história. Só sei que me senti acolhida. Abraçada. Entendida. Me senti... normal na minha loucura. Sã nas minhas exigências. Humana nas minhas falhas. Me senti, pela primeira vez em tantos dias, simplesmente... Certa.
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Levar Brincando de Fotografia para a Biblioteca não significa que sou fotógrafa. Comprar uma câmera profissional não significa que eu sou fotógrafa. Amar fotografia e, de fato, fotografar não faz de mim uma fotógrafa. Na verdade, não sei o que faz. Porque conheço um monte de gente com faculdade e cartões de visita que não fazem as fotos que eu faço embora talvez saibam explicar tecnicamente sobre o funcionamento da câmera. Mas fotografar é uma coisa que, de fato, eu gosto de fazer. É uma coisa que me dá paz. Que me faz sorrir atrás da máquina e querer chegar em casa correndo pra poder postar as fotos, porque todo mundo tem que ver que legal aquele céu ou aqueles sorrisos! Não sei explicar. É como a sensação de dançar no palco, só que em menor escala. Como se um fosse um oceano e outro um copo d'água. A mesma felicidade, mas aos pouquinhos...
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Estar com o meu melhor amigo de novo foi simplesmente impagável. Uma cerveja despretensiosa, um jogo meia boca, algumas piadas prontas, uma família que me acolhe como se fosse a minha, mesmo que não os visite há anos... Tudo isso fez da minha quinta-feira um pouco mais sorridente. Porque não precisamos mudar de amigos, se entendemos que os amigos mudam. E tudo bem ele ter outra vida, em outra cidade, com outros amigos. Tudo bem não nos sentarmos mais à janela, pra trocar confidências. Tudo bem nossas risadas e segredos serem pelo WhatsApp. Eu sei, no fim das contas, que você está aí pra mim. E você sabe que eu estou aqui pra você. Então, tudo está bem. Muitos amigos vieram e se foram e, vejam!, cá estamos nós. Sambando na cara dos recalcados que tentaram me fazer não te escolher.
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Atenção, cabreuvanaiada que fica me arrumando namorados por aí, repitam comigo e depois escrevam no cadernos cem vezes, com letra cursiva bem bonito, valendo visto e estrelinha dourada:
"Existem dois tipos de problema no mundo.
Os que são meus e os que não são!"
E, fica a dica, eu não sou problema de vocês.
Mas quem quiser pagar minhas contas, é só entrar em contato.
;)
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