sábado, 9 de abril de 2011

Abre aspas


Aconteça o que acontecer, a gente sempre sabe por quem vale a pena chorar, sorrir, ficar acordado até tarde, gastar dinheiro e tempo e sentimento e atenção. A gente sempre sabe quando uma coisa vale a pena e quando estamos dando murros em ponta de faca. Sempre sabe quando está no caminho certo ou quando está andando em círculos, fazendo buracos no chão. A grande questão é aprender que só a gente sabe disso - ninguém mais vê, nem entende, nem dá importância pros detalhes que a gente escolhe pra cobrir de ouro. Isso significa, simplesmente, que quando acreditamos em algo ou alguém não podemos nem tentar nos justificar nem nada, porque aconteça o que acontecer, ninguém entenderá. E é assim mesmo que tem que ser. Só a gente sabe o tamanho do amor, a agonia da dor e a intensidade da saudade que a gente sente. Os outros só podem imaginar, sorrir e fingir que nos entendem.

Eu sei tudo isso. E é por isso mesmo que acredito em tudo o que acredito e não faço questão de que concordem comigo. Me taxam de tonta, de boba, de fraca, de maleável demais. Não sei que graça veem em discussões, brigas e debates calorosamente temperados de raiva e estupidez. Já avisei que prefiro ser tonta do que ser chata. Prefiro engolir eu mesma todas os sapos pra preservar a presença do príncipe. Fora isso, tenho um travesseiro compreensivo o suficiente para aparar todas as minhas lágrimas e uma compreensão apaixonada que faz com que eu perdoe tudo sempre. Perdoar é um dom que, felizmente, Deus me deu. Perdoo, porque prefiro que seja eu que sofra e que sofra sozinha. Quando o outro sofre por mim, sofro duas vezes. E aí é bem pior.

Beeijos, Jaqueline.

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