quinta-feira, 1 de agosto de 2013

don't speak: dance!

Cada dia mais apaixonada pela dança, que me inspira, me liberta e me faz esquecer: a rotina, o real, o problema, o vizinho, a dr, os carros passando na rua, o frio, o não, a dor, o medo, quem eu era e quem eu sou. A dança tem esse poder; nos faz sentir que tudo vai ficar bem. 

"- Sabe do que a gente precisa?
- O que?
- 32 segundos de dança."

Grey's Anatomy


A gente chega na aula tensa, chateada, as vezes até de coração partido ou depois de ter levado um tapa na cara da vida. Aí o som faz o seu trabalho. Eu poderia morrer dançando. O gran finale... 

Sempre achei que o Espaço Shiva fosse meu lugar. Um lugar de calmaria, um lugar de paz. Mas na verdade, quem me faz sentir assim é a dança. Seja o ballet, a dança de salão, o jazz ou a dança do ventre. Não importa, afinal. Pra quem nunca foi boa em dizer coisas, pra quem não consegue dizer um 'eu te amo' pra família, pra quem expressa o que sente escrevendo porque não consegue vocalizar (o que me lembra o exercício do Yoga, o RÁ, em que a gente inspira e expira num grito alto de RÁ, expelindo todas as coisas ruins do nosso corpo e alma - que eu nunca consegui fazer).

(( tem como não sorrir ouvindo um tabla solo??))

É estranho. Uma jornalista, metida a política que não sabe se expressar. Aliás, sei: sobre coisas alheias. Falar de mim é que é difícil. Explicar meus temores, meus sonhos, meus quereres. Aí sim: ferrou. E quando a gente dança, não pode falar nada. Boca fechada ou num sorriso estreito, e os sentimentos são obrigados a sair pelos pés, mãos, braços, pescoço, ombros, dedos, olhos, cabelos, barriga, ventre, joelhos, costas. 

Someone call the doctor Algúem chame o médico
Got a case of a love bi-polar Temos um caso de amor bipolar
Stuck on a roller coaster Estou presa em uma montanha russa
Can't get off this ride E não consigo descer

Só de ouvir música, eu já fico mais feliz e por mais idiota ou preocupante que seja a situação, eu só quero dançar. Acho que o que eu preciso mesmo é ir pra boate, casa noturna, esquina ou palco: e dançar. Como se minha vida dependesse disso.

Porque, no fim das contas, depende mesmo. 

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