terça-feira, 7 de outubro de 2008
~~> Primavera - Cecília Meirelles ~~> A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.
Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.
Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.
Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.
Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.
Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.
Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.
Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.
Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera. ~~> FELIZ PAKAS COM A CAPOEIRA ~~> Natal chegando ~~> Na verdade, é só saudade ~~> Primavera... mas cadê o calor??? TA FRIOOO! ~~> Teatro pras crianças - dia 10 ~~> Beeeijos, Jaque <~~
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2 comentários:
jaque! feliz com a capoeira?! fico satisfeito! primavera sem calor ateh aqui neh... mas o importante eh que as flores e os passrinhos estao ai... alias, a primavera tem muito mais graça quando agente tem conciencia dela. eh interessante, gozado perceber isso, mas sendo pagao esse tipo de data tem valor especial... hehehe
e o melhor: com primavera logo vem o natal!!! hehehe... estou instituindo o "NATAL OUTUBRINO"... hehehe... jah esta no calendario e td!... hehe... nao vejo a hora, mal vejo a hora d dar presentes... minha maos coçam... heheh
bem, agora eu jah sei que tudo deu certo na apresentaçao... hehehe... parabens viu!?... bjos!
Hahaha nooossa
Faz tempo que nao apareço aqui.
E tem novidades!
Jaque apaixonada, fazendo capoeira, abandonando dança e musculação xD
haha q legal, bom q vc tah feliz com tudo isso
Ana Luiza/Aninha/whatever xD
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