Hoje completamos nosso primeiro mês de aleitamento materno exclusivo em livre demanda. Tão difícil quanto lindo, tão doloroso dar quanto não dar.
Depois das duas primeiras semanas, que foram de dúvida e dor, quis desistir - como acho que todas já quiseram em algum momento. Mas chorei porque queria, mas não queria.
Na próxima mamada, estava lá novamente.
E no dia seguinte o céu se abriu e as coisas começaram a ficar mais simples. Revisei meus estudos sobre pega correta, respirei fundo e me apoiei em toda a teoria (peito é fábrica, não estoque; leite materno é tudo que seu bebê precisa; livre demanda é importante...) e encontrei a paz que precisava.
Também na terceira semana, Davi passou a me olhar enquanto mama. Não sempre... Mas as vezes ele firma os olhos nos meus e aperta forte um dos meu dedos com a sua mãozinha - mas eu me derreto mesmo quando, já caindo no sono, de olhos revirados, ele sorri, com o peito ainda na boca, como que dizendo "estava uma delícia, mamãe, obrigado mais uma vez".
E a cada "obrigado mais uma vez", eu sorrio também e volto na próxima mamada, com todo o amor.
Não é uma escolha fácil, mas era a única que poderia fazer.
(...)
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