Hoje, eu me deitei para dormir cedo, como tenho feito nós últimos meses: uma fresta da janela aberta, um gato ao pé da cama, meu marido ao meu lado.
Dessa vez, ele dormiu profunda e rapidamente com a mão sobre a minha barriga. Bem ali, onde ele tocava, senti nosso bebê chutar de dentro do útero. E eu sorri no escuro com essa cena.
Pensei nesse ano maluco, nesse ciclo que se encerra em meio a uma pandemia, que tanto faz a gente lembrar dos problemas, das dificuldades, das solidões, dos medos... Mas lembrei, principalmente, que foi nesse ciclo que realizei dois grandes sonhos: me casei (de véu e grinalda, lua de mel, chuva de bolhas de sabão e tudo depois) e engravidei.
Pensei na lua de mel, na dança, no meu emprego e saúde, nas amizades cada vez mais seletas mas cada vez mais poderosas. Pensei no quanto eu me aproximei da minha família nesse dois mil e vinte. Pensei no prazer e na segurança que esse lar me oferece. Um lar cheio de gatos e móveis e amor. Um lar cheio de sonhos concretizados, cheio de risadas e outros sonhos que ainda vão nascer.
E sorri no escuro com cada um desses pensamentos.
Esse ano, a comemoração está sendo assim: eu, meu marido, meus gatos, meu neném chutador, um delivery ou outro, caixas de Bis, pijamas e os olhos brilhando em direção ao futuro que se anuncia. E acho que nunca estive antes tão feliz, tão em paz, com o meu aniversário, com meu ano, com o fim e o começo de ciclos tão importantes.
É, 27, você foi demais! Obrigada, Deus, obrigada, Universo.
28: só vem.
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