Dia desses me deu um nervoso.
Um nervoso daqueles que a gente não sabe explicar. Nervoso de vida bagunçada e, ao mesmo tempo, empoeirando de tão parada.
Aí me deu cinco minutos e comecei a arrumar uma parte do meu guarda roupa.
A psicologia / medicina chinesa com certeza deve ter explicações pro fato de que arrumar coisas faz você arrumar também sua cabeça.
E faz arrumar outras coisas, como vergonha na cara.
Explico.
Dobrando minhas calças jeans fiz uma conta rápida. E - à minha vista - havia dezesseis delas.
Pensei em mais algumas que deviam estar perdidas no buraco negro que as lava e passa.
E cheguei à uma conclusão.
Eu tenho mais de vinte calças jeans.
Claras, escuras, estampadas, coloridas, flare.
E quero que alguém me diga porquê.
Gente, eu só tenho duas pernas. Só sete dias na semana.
Absurdo.
Primeiro, veio a vergonha de existir.
Eu sempre tive o hábito de doar roupas. Sempre.
Desde pequenininha. Roupas boas, novas, bonitas eram sempre repassadas pra quem precisasse.
E, de repente, não mais que de repente, eu tinha mais que vinte calças.
Mas na hora: separei várias delas pra doar.
Ainda assim, continuo cheia de calças.
O que me remete à outro problema.
Eu compro muita roupa.
E, mais que isso, eu ganho muita roupa.
Ou seja.
Chega disso, né.
Medida número um:
organizei todo o resto do armário e doei tudo que vi pela frente.
Medida número dois:
não comprar roupa até segunda ordem.
E aí aproveito pra instaurar a medida número três:
nada de cartão de crédito.
E acho que vamos todos sobreviver.
Eu, minhas calças, meu cartão...
Mais leves, ricos e felizes.
2 comentários:
Muito bem amor, parabéns! 👏 👏 👏
Muito bem amor, parabéns! 👏 👏 👏
Postar um comentário