Salto, 15 de março de 2012, para o Amnésia.
Faço dos meus dias sempre uma mistura esquisita. Acho que sou um liquidificador. Estou cansando disso. Não basta o dia ser um suco de quietude. Ele tem de ser uma vitamina de quietude, chuva, vestido branco e dor. E palavras idiotas, pra enfeitar o copo, junto com o guarda chuva. Aliás, junto com a fatia de limão, porque a burra aqui esqueceu o guarda chuva. Sim, porque quem anda com um peso idiota o dia todo, mesmo quando não há a mínima probabilidade de chover e está noite, logo não há sol, é esperto. É prevenido. E todo mundo sabe que uma mulher prevenida vale por duas. Dãr.
Mas de boa. To aqui com a Cássia, sentada numa cadeira verde superconfortável no corredor do bloco G, esperando pra responder a chamada das duas últimas aulas. Ridículo estar aqui, na faculdade, e não estar lá, na aula. Mas a chuva me deu frio e dor de cabeça, e aquele babaca do bloco E me deu raiva. Me sinto uma barata, de tão desprezível, quando um babaca faz uma piadinha machista pra mim, ou de mim. Principalmente de mim. E BRANCO É UMA BOSTA. Não é lindo. Você só acha lindo porque não é você que está com uma roupa transparente grudada no seu sutiã que, sim, sua tia reparou, não é branco! Inferno.
Jaqueline.
Um comentário:
Desculpa invadir assim, mas é que gostei mesmo do seu jeito natural de escrever... simples e profundo. Lendo, os pensamentos começam a brotar, pois são coisas que vivi. Quantas vezes eu gritei "inferno" depois de descarregar um pouco de energia negativa.
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