Hoje, estou tal qual um ser em coma que, calado, só respira. Estou poupando minhas cordas vocais, que paradas já doem o suficiente, pras palavras necessárias e meus ouvidos pro piano da aula de hoje a tarde. Estou ligeiramente triste. Delicadamente irritada. Brutalmente suave. Tentei ter a simpatia que me esperam, mas, sem retorno, desisti. Mas não me dei ao trabalho de não o ser, também. Não estou me dando ao trabalho de nada. Só escrever e pensar. Se parasse, poderia chorar. Mas não seriam lágrimas verdadeiramente tristes, só teimosas.
Não estou magoada, nem a chateação dura mais do que o perímetro do trabalho. Nem é ansiedade, nem tensão, nem saudade. Talvez fisessem bem uns chamegos, resultados, retornos, uma gente bonita e responsável, umas horas correndo mais depressinha. Ou um balde de beijinho (desde que doce, literal ou figuradamente).
Ao mesmo tempo que podia morrer, desmaiar ou virar uma estátua, queria mesmo era correr, gritar, resolver todos os problemas e ainda ir na aula de ballet. Ou talvez coma um chocolate e fique olhando o teto do meu quarto, com o Lenine gritando em meus ouvidos.
De qualquer forma, hoje é terça feira. Dia de pagar o cartão de crédito e ficar triste porque o dinheiro acabou.
Beeijos, Jaqueline.
PS: Não demora eu tô de volta. Tchau! Vai ver se eu to lá na esquina, devo estar. Já deu minha hora e eu não posso ficar. Tchau! A lua me chama, tenho que ir pra rua.
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