quinta-feira, 26 de maio de 2011

As rosas amo dos jardins de Adônis



As Rosas amo dos jardins de Adônis,
Essas volucres amo, Lídia, rosas,
Que em o dia em que nascem,
Em esse dia morrem.
A luz para elas é eterna, porque
Nascem nascido já o sol, e acabam
Antes que Apolo deixe
O seu curso visível.
Assim façamos nossa vida um dia,
Inscientes, Lídia, voluntariamente
Que há noite antes e após
O pouco que duramos.

(Fernando Pessoa)
 
Beeijos, Jaqueline Rosa.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Fé e ação

"Deixa estar, que o que for pra ser vigora!
Eu sou tão feliz: vamos dividir os sonhos,
que podem transformar o rumo da história!"
(Maria Gadu)

Sempre me dizem que o que quero fazer é impossível, que não vai dar certo, não vai funcionar, não dará resultado. Essas pessoas, vítimas do pessimismo, não entendem que 'impossível' é um conceito dado por nós à alguma coisa. Nada vem rotulado, somos nós que acreditamos ou não e lhe damos um nome. E podemos dar o nome que quisermos: difícil, impossível, importante, irrelevante, moleza... Não gosto de gente que vê só o lado ruim das coisas, até porque o pessimismo tira de nós a coragem de arriscar. Se não sou Deus, como posso saber do que sou capaz? Como posso saber o tamanho da minha força e competência, a menos que teste?

Assim sendo, tudo é questão do que consideramos verdadeiro.

E eu aposto o oposto.
(OTM)

Muitas coisas que eu fiz nos últimos anos foi sob o coro dos duvidosos e descrentes. Sempre lembro daquela frase que diz que 'não sabendo que era impossível, ele foi lá e fez'. É bem isso: nada está consumado. Somos donos do destino, escritores da história! Não estamos fadados a nada nem à ninguém. Não somos personagem de vídeo game, controlados por um bom ou mal jogador, que dita nossos caminhos, erros e acertos.

O mundo foi construído por sonhadores! Pessoas que acreditam que as coisas podem dar certo é que fazem com que realmente dê. Quero ser uma dessas pessoas que, de tão radiantes, inspiram os outros a tentarem, a crescerem, a lutarem, a terem fé.

O otimismo é a fé em ação. Nada se pode levar a efeito sem otimismo.

(Helen Keller)

E, se querem saber, eu acredito. Na salvação do mundo, da natureza, dos princípios, da ética, do amor. Acredito que, assim como podemos ensinar crianças a não jogarem lixo no chão, podemos ensinar jovens não jogarem seu voto no lixo. Podemos ensinar que ética e honra não tem nada a ver com ser otário, idiota ou fraco. Que lutar não tem nada a ver com bater no amiguinho na saída da escola. Podemos ensinar que ter respeito não significa que devemos ser iguais, mas que devemos aceitar o outro do jeito que é. Acredito que podemos, que temos força, pra revolucionar nossa democracia e fazer nela uma faxina geral. Acredito que a população tem ideias próprias e a mídia não faz nela lavagem cerebral.

Acredito, tenho que acreditar, que um dia poderei fazer parte de um mundo novo, onde a imprensa não esteja vendida a grupos políticos, nem mesmo nas cidades pequenas. Acredito numa cidade verde, que ame suas árvores e que preze as águas que ela, sortuda, possui. Acredito numa escola onde as crianças são educadas com conversas e negociações e não com gritos e castigos.

Acredito que necessidades especiais devem ser tratadas com necessidades básicas: amor, atenção, tempo, paciência, criatividade.

Acredito que se eu não fizer a minha parte alguém vai fazer - e vai fazer mal feita ou sob interesses próprios. Acredito, então, que devo estar na escola, na faculdade, na associação, no ballet, na capoeira, no blog, facebook ou twitter com um objetivo claro e simples: fazer com que mais pessoas acreditem! Acreditem, ao menos, na possibilidade.  Na chance que alguma tem de dar certo. E, sob esse 'quem sabe', arrisque. Tente, busque. E, quem sabe, alcance.

Quem acredita sempre alcança!
(Renato Russo)
 
Beeijos, Jaqueline.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Frejat

Se você fosse um sonho, eu não acordava
se você fosse a noite, eu te ninava
mas je ne sais pas dire je t'aime

Se você fosse uma antena parabólica, eu seria o teu canal
se voce fosse calmaria, eu seria temporal (...)

E se você fosse pra qualquer lugar
eu seria a tua casa...

Há tanto pra ser dito e tão poucas palavras...
 
Beeijos, Jaqueline.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Thanks =)

Quero uma garrafa de vinho tinto suave pra dividir em duas taças, uma lua cheia pra ver da sacada e uma música pra embalar. Quero aquelas risadas gostosas e uma brisa suave que balance meus cabelos. Quero ter a madrugada inteira... 

Vou sentir saudade da Eva quando ela for embora. Achei que não sentiria, mas vou. Ao mesmo tempo, estou feliz de mudar de horário. Apesar do inverno chegando, acordar seis da manhã vai me trazer de volta o que eu esperei um ano e meio pra ter de volta: as aulas de ballet. Agora sim, é uma certeza. Vou ter as horas livre pra poder fazer as aulas e, a menos que eu morra ou quebre a perna, vou dançar no espetáculo do fim do ano.

Vou viajar pra Monte Verde dia quatro. E dia quatro podia ser amanhã que eu não ligaria. Ontem foi aniversário do meu namorado. O presente entreguei na quinta, já que ele adivinhou o que era (é, não tenho criatividade).

Meu corpo anda sentindo falta da dor de um treino puxado, da rigidez dos quadríceps, da falta de fôlego de uma roda cheia de axé. Preciso voltar a me exercitar e estou contando os minutos.

E agradeço a tudo o que Deus tem me dado.

Estou tentando fazer o melhor que posso em casa, no trabalho... Quanto a faculdade, prometo me esforçar.  haha Fica o convite pra II Festa Julina do Vale Verde, dias 23 e 24 de julho.

Um beijo, Jaqueline.

sábado, 14 de maio de 2011

Remetente


'Cause you know, you know, you know...

That I love you
I have loved you all along
And I miss you
Been far away for far too long
I keep dreaming you'll be with me
And you'll never go

Amanhã é aniversário do motociclista mais charmoso da face da Terra. Lembro do aniversário do ano passado como se fosse ontem e sei de cór tudo o que se passava na minha cabeça naquele dia. Lembro das músicas, das cores, das pessoas - e posso com toda a certeza dizer pra vocês: este ano tudo está melhor.

Como dessa vez não houve cartas, permito-me transmitir os votos das maiores felicidades do mundo àquele que é dono de toda a minha felicidade por aqui mesmo. Desejo dias de céu azul turquesa, dignos de quilômetros sobre duas rodas. Desejo que todas as cervejas tenham o gosto de Budweiser e que você só acorde com a ressaca encomendada (haha).

Desejo que você tenha uma vida boa e simples, temperada por bons amigos que visitem de vez em quando e outros que não vão embora nunca.

Desejo que as dores te ensinem o quanto a felicidade depende de você e que no meio do caminho você possa se dar conta do carinho que você sente. Que você possa, daqui uns anos, se lembrar do que viveu nesses dias, nesse ano, e sorrir como quem viveu tudo o que pode, da melhor forma possível.

Que seus dias sejam felizes e suas noites agitadas, e que de vez em quando você consiga fugir pra um lugar e ficar em silêncio. Que a ganância não tome conta da sua mente e que você nunca se contente com menos do que você merece. Que tenha orgulho de ser quem você é.

Que você ganhe boa noite todos os dias, mesmo que por sms, e que você sempre tenha com quem passar o Natal. Que quando você ficar doente possa tomar juízo e sarar  e ter alguém pra te mimar e cuidar.

Que todos os dias você se lembre do quanto é importante pra várias pessoas - principalmente pra mim - e da falta que você fará se nos esquecer, se for embora.

Acima de tudo, que você não se esqueça nem de mim nem dos meus votos, pois eu te desejo tudo de bom em todos os instantes da minha vida.

Vou estar aqui sempre que precisar. =)

Te amo!

Beeijos, Jaqueline.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Sono eterno

Quero te ver de perto, quero dizer que o nosso amor deu certo!

Os dias têm passado rápido. Na escola, as crianças grandes me obedecem mais e as pequenas vêm me abraçar no recreio. Está tudo uma confusão por causa da troca dos ônibus escolares, as crianças da manhã estão indo embora muitíssimo mais tarde do que o normal e isso está atrasando todo o nosso trabalho.

Ontem cheguei em casa seis horas e só deu tempo de tomar banho - jantei um super x-bacon da cantina da faculdade. Está cada dia mais tenso na escola e mais preguiçoso na FCA. As coisas não andam! Como é que pode uma coisa dessas? Que preguiça, que cansaço, que má vontade, que sono eterno...!

Acho que minha reportagem vai por saco. Maldita ineficiência pública!

Sem muito mais. Vou tentar conseguir a pauta.

Beeijos, Jaqueline.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

RIP

Estou triste pela morte da pessoa mais sorridente que eu conheci, que iria durar até os cem anos se não fosse o azar de um passo a mais. Não dá pra entender muito bem  o destino, mas sei que as coisas são do jeito que tem que ser, mesmo que na hora a gente não entenda muito bem o por quê. Preferia não ter tido essa nótícia essa manhã. Me deram logo que cheguei ao trabalho e ela me esbofeteou com uma força que não resisti até o fim dos recreios e chorei. Chorei pela injustiça de mais uma boa alma ter que partir enquanto ela ainda é tão importante aqui na Terra. Chorei por me imaginar no lugar daquelas crianças inocentes, que nem mesmo entendem o que está acontecendo, mas que de uma forma ou outra sabem que a mãe não vai voltar.

O trabalho manual e automático fez com que as lágrimas secassem um pouco. Trabalho é sempre uma boa distração pra cabeça e pro coração. Quando consegui sossegar, um telefonema me obrigou a recontar toda a história e meus olhos encheram d'água novamente, mas segurei. Ainda tenho vontade de chorar, são tantos sentimentos misturados. Queria minha mãe aqui comigo, porque sei que ela deve estar com a cara toda vermelha de chorar, na loja ou no velório.

Não é um bom dia, mas li palavras doces que me acalmaram e a Eva foi uma boa colega de trabalho ao dar conta sozinha das crianças no pátio enquanto minha visão embaçava, lá fora.  


Descanse em paz.

Beeijos, Jaqueline.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Felicitá

Ser feliz é sentir o sabor da água, a brisa no rosto, o cheiro da terra molhada. É extrair das pequenas coisas grandes emoções. É encontrar todos os dias motivos para sorrir, mesmo se não existirem grandes fatos. É rir de suas próprias tolices. É não desistir de quem se ama, mesmo se houver decepções. É ter amigos para repartir as lágrimas e dividir as alegrias. É ser um amigo do dia e um amante do sono. É agradecer a Deus pelo espetáculo da vida...

(Augusto Cury)

Eu adoro essa citação do Augusto Cury, embora não tenha lido nenhum de seus livros. Gosto dela porque parece que foi escrita por mim (e, talvez, se não estivesse assinada, eu pensaria que fosse). Ser feliz não é ter grandes coisas, mas viver grandes momentos. E grandes momentos não precisam de muita coisa para acontecer, além da nossa atenção. Vivi grandes momentos nas últimas semanas, alguns sem gastar um centavo sequer - porque ser feliz não é ter, nem dinheiro nem nada, mas ser. Como aquele arco íris gigante, que dava a impressão de ser feito de pedra, no qual poderíamos andar sem problema até alcançar o tesouro. Ou aquele céu que ia do amarelo do Sol se pondo para o verde e o azul profundo da noite. Ou aquela lua gigante. Ou aquela risada gostosa da sua priminha caçula. Ou a carinha de safado do seu priminho de três anos repudiando o beijinho que você deu no seu namorado.

Felicidade é um pavê com pedacinhos de Sonho de Valsa numa mesa, com a família toda em volta. É um cobertor e um sofá. Felicidade é não querer estar em outro lugar, é não querer saber que horas são. É ganhar um abraço quando você estava mesmo pensando em pedir um. É saber que alguém está pensando em você com a mesma intensidade com que você pensa nesse alguém. Felicidade é programar um pôr do Sol de vez em quando.

Beeijos, Jaqueline.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Sky

Outro dia escrevi um texto, que tinha me deixado pra lá de orgulhosa, sobre o céu. Agora, apesar de continuar olhando para ele todos os dias e tentando mentalmente descrevê-lo com palavras bonitas e difíceis, não tenho lá muita vontade de escrever sobre ele, porque sei que por mais que me esforce nunca chegarei ao mesmo resultado daquele texto que perdi.

Fui obrigada a fazer um maldito dum Facebook - por exigência moral e social da profissão que escolhi, que me obriga a curtir e comentar coisas que não necessariamente me interessam. O grande caos das redes sociais, pra mim, é exatamente isso: todos falam, mas poucos dizem coisas relevantes, o que faz com que minha vontade em adicionar pessoas e ser simpática caia significantemente.

Já encomendei o presente da minha mãe de Dia das Mães - e perdi o poeminha que ia copiar pra ela. Agora, conto os dias assim: Dia das Mães, aniversário do namorado, aniversário do pai, sábado livre, viagem. E lá se vai mais um mês.

Sim, estou ansiosa. Sim, tive dor de estômago essa semana. Sim, a faculdade continua me irritando demais!

A última da FCA foi aquela história de sei lá o que de Excelência, da qual um aluno de cada sala tem que participar para representar os interesses dos seus colegas e reinvindicar melhorias para a faculdade. Primeiro: pra mim, se eles realmente nos ouvissem, não seria preciso essa pataquada toda, já que não deixariam nunca chegar a esse ponto. Segundo: o lance de que os representantes das salas terão, como eles mesmos disseram, 'privilégios': é simplesmente inaceitável, como vender o voto, torna a cidadania passível de corrupção ou, numa palavra mais bonita, premiação. Terceiro: quem não apresentar seu digníssimo representante não terá as reclamações ouvidas. Pra essa censura absurda não farei comentário, a partir do momento que as reuniões dessa galera acontecerão no mesmo dia da Agencia Experimental de Comunicação e Artes e participação exige tempo livre para twittes e emails.

Tenho minhas dúvidas se terminarei com êxito a faculdade. Tenho vontade de largar, às vezes, e acho algumas aulas inúteis, algumas dicas tontas, alguns temas completamente chatos de se investigar e escrever. Gosto de ser editora chefe, gosto mesmo. Acho o Sinergia um projeto fascinante que tem tudo pra dar certo, embora ainda precise de uns semestres para amadurecer. Às vezes tenho boas ideias de pauta e muita vontade de fazer, investigar, entrevistar e gastar telefone, mas nem sempre.

Como na AMVV: no mesmo instante em que sei que tenho obrigação moral de fazer a II Festa Junina ou Julina acontecer, me dá um desânimo mortal, daqueles que derrubariam o mais perseverante dos homens. E faltam dois meses! Pra quem depende da Prefeitura isso é impossível!

HAHA relendo esse texto, pareço insatisfeita e stressada, o que não é o caso. É que estou com fome, e a baixa de carboidrato faz com que minhas críticas se acidifiquem. Eu só queria mesmo, hoje, poder comer batata frita e chocolate branco sem que isso repercutisse no formato do meu corpo ou no resultado final da minha contabilidade.

Queria conversar com gente animada - e não engraçadinha.

Beeijos, Jaqueline.