Decidi ter um Flickr. Não me rendi ainda, nem tenho pretenção de me render, ao Twitter, nem ao Facebook, nem a nada do tipo. Mas o Flickr tem algo, um toque de paixão, que falta aos outros, inclusive ao Orkut. Não consegui resistir mais.
Sempre tive, admito, uma grande queda por fotografias, embora na infância julgassem que fosse apenas egocentrismo e curiosidade, quando decidia posar ou tirar fotos. Tenho cerca de duzentas fotos da minha infância, a maioria muitíssimo mal tirada, algumas numa caixa de favoritas, comigo, outras largadas com o restante, no guarda-roupas da minha mãe (nota: procura-se album de fotografia com capacidade para 300 a 500 fotos, loja nenhuma! possui disponível). Tenho fotos dos meus pais, pequenos, namorados, casados, da minha mãe grávida, do meu irmão bebê e da minha irmã com roupa de boneca, além daquela montagem que fizeram, colocando seu rosto no miolo duma flor. Tenho fotos de filmes, de seriados, de autores, cantores. Recortes de revistas e jornais e aquelas 'fotos do dia' que saem no caderno Cidade do Estadão.
Fotos. Fotografias. Seria babaquice da minha parte dizer que são momentos (odeio momento, odeio física, odeio a professora Lúcia. E vou me ferrar na prova) eternizados; é simplista demais. Mas definitivamente não vou ficar aqui escrevendo mil e uma formas de se definir fotografia. Para mim, é importante a imagem. Sou uma pessoa visual; aprendo mais vendo que ouvindo, por exemplo. E, para uma amnesiada, com problemas sérios e irreversíveis de armazenamento de informações, nada melhor que fotos, que são capazes de nos aflorar emoções há muito esquecidas, sejam elas quais forem. É incrível perceber mudanças através de fotografias; nos rostos, nas casas, as mudanças são as vezes tão sutis que não a notamos, pelo costume de olhar sempre; mas quando observamos sua primeira e ultima aparência, sim, vemos que algo aconteceu.
Não acho que seja a minha praia o tal 'jornalismo fotográfico' apesar de admirar com todo meu ser a capacidade e sangue frio que deve ter um fotógrafo para não perder aquele segundo, aquele clique. Faculdade de fotografia, só como segunda ou terceira. Me contentaria agora com um cursinho e uma câmera digital 10.0, ou 12.0 (a minha é 3.2, mas ook, me deixem ser ambiciosa?).
O que eu gosto na fotografia? É o fato de que, com ela, posso mostrar pras pessoas como eu vejo o mundo, como são as coisas que me importam realmente, minha alma, aura, humor. Posso fazer exatamente tudo o que eu faço com palavras e tudo o que com elas posso e pretendo fazer; e isso sem sequer uma letra. Uma imagem vale mais que mil palavras e uma boa imagem, uma boa foto, pode causar coisas, sensações, sentimentos e reflexões, que mil livros não fariam.
Apesar disso, no meu Flickr, as imagens virão sempre acompanhadas de textos; pequenas coisas que possam mostrar melhor o que eu vejo e sinto ao olhar aquela imagem. É como ler uma página inteira num olhar só. E ao mesmo tempo, olhar uma foto e junto ler aquilo que eu vi. Dá pra entender?
Enfim, eu tenho um Flickr. Mas ainda não tenho uma câmera digital. Vou me virando com o celular, em breve empresto o cabo da Gaby, pra discarregar as imagens. Depois, quem sabe alguma alma caridosa não me empresta uma câmera por uns dias? Ou duas. Elas podiam revesar, nem ligo! hahaha
Beeijos, da surtante fotógrafa, Jaqueline.
Um comentário:
Realmente, fotos são muito legais! ^^
gosto muito de ficar comparando e observando como as coisas mudaram com o passar do tempo... é divertido e gostoso ^^
Flickr interessante o teu, maninha =D
beijos, amo você!
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