segunda-feira, 30 de novembro de 2009

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Só Para Mulheres


“Sejam vocês mesmas! Estudem cuidadosamente o que há de positivo ou negativo na sua pessoa e tirem partido disso. A mulher inteligente tira partido até dos pontos negativos. Uma boca demasiadamente rasgada, uns olhos pequenos, um nariz não muito correto podem servir para marcar o seu tipo e torná-lo mais atraente. Desde que seja seu mesmo.”
(Helen Palmer, psedônimo de Clarice Lispector, no espaço “Correio feminino – Feira de utilidades”, no jornal Correio da Manhã)

"Meio cômico, mas eficaz...
De que modo matar baratas? Deixe, todas as noites, nos lugares preferidos por esses bichinhos nojentos, a seguinte receita: açúcar, farinha e gesso, misturados em partes iguais. Essa iguaria atrai as baratas que a comerão radiantes. Passado algum tempo, insidiosamente o gesso endurecerá dentro das mesmas, o que lhes causará morte certa. Na manhã seguinte, você encontrará dezenas de baratinhas duras, transformadas em estátuas. Há ainda outros processos. Ponha, por exemplo, terebentina nos lugares freqüentados pelas baratas: elas fugirão. Mas para onde? O melhor, como se vê, é mesmo engessa-las em inúmeros monumentozinhos, pois‘para onde’ pode ser outro aposento da casa, o que não resolve o problema."
(Tereza Quadros, outro pseudônimo de Clarice Lispector, na sua coluna feminina no semanário Comício)

~

Eis que não escondo de ninguém minha recente paixão pro Clarice. Agora, no entanto, tal paixonite vem se transformando em algo um tanto mais significativo. Definitivamente, é ridículo. Que posso dizer sobre essa mulher, visto que nunca me deleitei numa só obra completa? Tudo que sei de Clarice vem duns sites, alguns trexos que li de suas colunas, como os acima, e um ou outro conto. Mesmo assim, a face recém descoberta duma Lispector jornalista tem me encantado indiscutivelmente. Cada coluna, cada jornal pelo qual ela passou,... é pretenão dizer que me faz pensar em mim, mas é o que acontece. É impossível, na fase pré universitária na qual me encontro, não devanear tais absurdos, uma vez que conheço alguns - sim, só alguns - jornalistas de sucesso e renome. Clarice pode não ter sido a melhor jornalista de época alguma, ja que é na literatura que reina, mas foi uma mulher espetacularmente talentosa e é impossível não tratá-la com respeito, com idolatria.

"Clarice Lispector, em definitivo, não consta do rol dos “jornalistas e escritores”: sua verdadeira carreira desenvolveu-se na ficção. Mas é impossível ignorar a freqüência com que o trabalho na imprensa, ainda que circunstancial, ocupou-a – no fim das contas, sempre a palavra – até cerca de dois meses antes de morrer".
(Clarice jornalista: o ofício paralelo)

No entanto, pela minha reputação, é necessário que se esclareça: Clarice será minha companheira inseparável em dois mil e dez, já que pretendo dedicar-lhe ao menos meus dois meses de férias (janeiro e fevereiro, já que vou começar as aulas atrasada² graças à putaria do adiamento do ENEM e, em consequencia, das notas e aprovações das bolsas do ProUni). Assim sendo, quero ler sua biografia ('Clarice,' do B. Mooser - ou seja lá qual o nome do autor), acho que vou comprá-la ano que vem, ou pedí-la de Natal. Depois vou começar com Perto do Coração Selvagem, e não me perguntem por quê! É o que eu quero ler primeiro, talvez por ter sido minha primeira indicação, de um amigo, que o sugeriu crente de que iria gostar. Depois, vou devorá-la, mastigá-la e digeri-la. Aceito livros dela. Emprestados, doados, novos ou não; precisa-se de indicação de boas bibliotecas e sebos. Agradeceria absurdamente.



"Existe um ser que mora dentro de mim como se fosse casa dele, e é. Trata-se de um cavalo preto e lustroso que apesar de inteiramente selvagem - pois nunca morou antes em ninguém nem jamais lhe puseram rédeas nem sela - apesar de inteiramente selvagem tem por isso mesmo uma doçura primeira de quem não tem medo."
(Clarice Lispector)

Beeijos, Jaqueline.

sábado, 21 de novembro de 2009

Felicidade clandestina

Clarice Lispector
O Primeiro Beijo
São Paulo, Ed. Ática, 1996


Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme; enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não bastasse, enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria.

Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato, ela nos entregava em mãos um cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima era de paisagem do Recife mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais do que vistas. Atrás escrevia com letra bordadíssima palavras como "data natalícia" e "saudade".

Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia.

Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía As reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato.

Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria.

Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança da alegria: eu não vivia, eu nadava devagar num mar suave, as ondas me levavam e me traziam.

No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez.

Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono de livraria era tranquilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do "dia seguinte" com ela ia se repetir com meu coração batendo.
E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido, enquanto o fel não escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra.

Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. Às vezes ela dizia: pois o livro esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina. E eu, que não era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob os meus olhos espantados.
Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa, entrecortada de palavras pouco elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo. Até que essa mãe boa entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler!
E o pior para essa mulher não era a descoberta do que acontecia. Devia ser a descoberta horrorizada da filha que tinha. Ela nos espiava em silêncio: a potência de perversidade de sua filha desconhecida e a menina loura em pé à porta, exausta, ao vento das ruas de Recife. Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro agora mesmo. E para mim: "E você fica com o livro por quanto tempo quiser." Entendem? Valia mais do que me dar o livro: "pelo tempo que eu quisesse" é tudo o que uma pessoa, grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer.
Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não disse nada. Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. Sei que segurava o livro grosso com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito. Quanto tempo levei até chegar em casa, também pouco importa. Meu peito estava quente, meu coração pensativo.

Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar… Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada.

Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo.

Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante.
 
 
 
 
Só um conto do qual gosto bastante.
Beeijoos, Jaqueline.

Roda da Consciência Negra



Ontem, dia da Consciência Negra, houve uma roda tudo de bom na Coiote  com a turma de Cabreúva do grupo Água de Beber. Foi divertido e, ao mesmo tempo, serviu de treino pré batizado. Acho até que deu pra amenizar os nervos da galera, e do professor, que andam mais nervosos do que realmente precisam. Eu, acreditem ou não, estava com vergonha da minha pequena e adorada plateia (N/A: plateia não tem mais acento, certo?!) - Luiz, Gabriel e Raul, loucos, vieram até aqui de bicicleta - e, quando entrei na roda, fui tentando dar o meu melhor (fiz até martelo voador hahaaha) e parece que deu certo, porque foi meu melhor jogo de ontem.

Eu vou, na quarta, no curso do CM Paulo Renato, como acho que já falei mil vezes, e no sábado pego minha corda tãão desejada branca e amarela.

Fotos haverão com certeza.

Beeijoos, Jaqueline.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Consciência negra...













... significa respeito; partilha; igualdade; Significa sermos irmãos, lutarmos lado a lado. Significa tornar-nos cegos, não surdos, nem mudos, nem aleijados; Significa que as diferenças não estão no que podemos ver, mas naquelas coisas que só conhecem nossos mais verdadeiros amigos. Consciência quer dizer atitude; quer dizer verdade; quer dizer que, humildes, nos olhamos e, como cães, não enxergamos cores; nem neles, nem em nós. Negra é a cor da nossa história, da nossa cultura; é o que faz de nós aquilo que somos; é cor da nossa força, da nossa coragem, da nossa garra e vontade de vancer, de superar. Negra é a cor dos que desejam liberdade e é a cor dos que lutam por ela. Negra é a cor da nossa alma, brasileira, escrava, capoeira;

Eu sou negra!
Vocês não verão isso, ao olharem pra mim, mas nas minhas veias correm o sangue negro dos meus antepassados, e me orgulho disso até a última gota!
Eu sou negra
de corpo e alma, de batuque e berimbau. Eu sou negra na música, na capoeira, sou negra quando luto; quando insisto um pouco mais; Sou negra quando apanho da vida, quando sou presa por meus limites; e sou ainda mais negra quando não desanimo, vou lá e tento outra vez;

Feliz dia da Consciência Negra!
Que paremos, pelo menos hoje, pra pensar no quão ridículos
são os nossos preconceitos, raciais ou não.

Beeijos, Jaqueline.


P.S.: pra discontrair ;D

"Eu tenho um passado negro".
(Michael Jackson)

terça-feira, 17 de novembro de 2009

'me, myself



Hoje, encontro-me numa dos meus humores mais raros. Abandonei o falatório compulsivo, os comentários infelizes, impróprios, maldosos. Calei-me. Não por completo, nem de propósito, simplesmente a vontade de falar não me dava; mas quando deu, não me segurei; falei mesmo, pra depois me calar de novo. Nos olhos, um certo distanciamento daquilo que se pode chamar pessoas; visava outras coisas, outros mundos; fosse o céu, o horizonte branco ou aquele dente de leão que me dava vontade de tirar fotos. Meus ouvidos trancavam-se as vezes e, aturdida, não ouvia quando me chamavam; n'outras vezes ele se ligava tanto, e ficava tão perfeitamente atento, que era obrigada a ignorar por alguns segundos o livro fascinante com o qual me deleitei por uns momentos. Apesar disso continuava a sentir o vento, raro, e o frescor da sombra, e o calor do sol. Não estava, porém, triste. Nem lamuriosa, nem choramingando. Não era saudade, nem depressão, estava quieta. Pensando, as vezes, em coisas profundas, em coisas alegres, em coisas bobas de fazer rir quem me ouvisse os pensamentos. Foi um dia, uma manhã, muito estranha... mas me fez um bem que há tempo não acontecia: pude ver o quão boa companhia sou para mim; e o quanto sou importante, e o quanto, as vezes, é bom ficar sozinha.

Beeijos, Jaqueline ;)

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

/photos/jaquerosaroxa




Decidi ter um Flickr. Não me rendi ainda, nem tenho pretenção de me render, ao Twitter, nem ao Facebook, nem a nada do tipo. Mas o Flickr tem algo, um toque de paixão, que falta aos outros, inclusive ao Orkut. Não consegui resistir mais.

Sempre tive, admito, uma grande queda por fotografias, embora na infância julgassem que fosse apenas egocentrismo e curiosidade, quando decidia posar ou tirar fotos. Tenho cerca de duzentas fotos da minha infância, a maioria muitíssimo mal tirada, algumas numa caixa de favoritas, comigo, outras largadas com o restante, no guarda-roupas da minha mãe (nota: procura-se album de fotografia com capacidade para 300 a 500 fotos, loja nenhuma! possui disponível). Tenho fotos dos meus pais, pequenos, namorados, casados, da minha mãe grávida, do meu irmão bebê e da minha irmã com roupa de boneca, além daquela montagem que fizeram, colocando seu rosto no miolo duma flor. Tenho fotos de filmes, de seriados, de autores, cantores. Recortes de revistas e jornais e aquelas 'fotos do dia' que saem no caderno Cidade do Estadão.

Fotos. Fotografias. Seria babaquice da minha parte dizer que são momentos (odeio momento, odeio física, odeio a professora Lúcia. E vou me ferrar na prova) eternizados; é simplista demais. Mas definitivamente não vou ficar aqui escrevendo mil e uma formas de se definir fotografia. Para mim, é importante a imagem. Sou uma pessoa visual; aprendo mais vendo que ouvindo, por exemplo. E, para uma amnesiada, com problemas sérios e irreversíveis de armazenamento de informações, nada melhor que fotos, que são capazes de nos aflorar emoções há muito esquecidas, sejam elas quais forem. É incrível perceber mudanças através de fotografias; nos rostos, nas casas, as mudanças são as vezes tão sutis que não a notamos, pelo costume de olhar sempre; mas quando observamos sua primeira e ultima aparência, sim, vemos que algo aconteceu.

Não acho que seja a minha praia o tal 'jornalismo fotográfico' apesar de admirar com todo meu ser a capacidade e sangue frio que deve ter um fotógrafo para não perder aquele segundo, aquele clique. Faculdade de fotografia, só como segunda ou terceira. Me contentaria agora com um cursinho e uma câmera digital 10.0, ou 12.0 (a minha é 3.2, mas ook, me deixem ser ambiciosa?).

O que eu gosto na fotografia? É o fato de que, com ela, posso mostrar pras pessoas como eu vejo o mundo, como são as coisas que me importam realmente, minha alma, aura, humor. Posso fazer exatamente tudo o que eu faço com palavras e tudo o que com elas posso e pretendo fazer; e isso sem sequer uma letra. Uma imagem vale mais que mil palavras e uma boa imagem, uma boa foto, pode causar coisas, sensações, sentimentos e reflexões, que mil livros não fariam.

Apesar disso, no meu Flickr, as imagens virão sempre acompanhadas de textos; pequenas coisas que possam mostrar melhor o que eu vejo e sinto ao olhar aquela imagem. É como ler uma página inteira num olhar só. E ao mesmo tempo, olhar uma foto e junto ler aquilo que eu vi. Dá pra entender?

Enfim, eu tenho um Flickr. Mas ainda não tenho uma câmera digital. Vou me virando com o celular, em breve empresto o cabo da Gaby, pra discarregar as imagens. Depois, quem sabe alguma alma caridosa não me empresta uma câmera por uns dias? Ou duas. Elas podiam revesar, nem ligo! hahaha



Beeijos, da surtante fotógrafa, Jaqueline.

sábado, 14 de novembro de 2009

Sexta - feira 13

Sim, sexta feira treze dá azar! Mas só fui notar isso lá no finzinho do dia, quando era tarde demais pra voltar a dormir até o sábado. Uma aula de dança pra lá de improdutiva, quente e stressante; sem par, o que foi a pior parte, porque simplesmente não dá pra fazer dança de salão sem um par! De qualquer forma, ok, uma hora, uma aula ruim não quer dizer nada. Certo? Errado, meu amoor! Chegando em casa, descubro que esqueci meu sutiã (bizarro contar isso, mas contribuiu com meu stess, causado pelo azar da sexta treze, ;* então, nem sofro, o blog é meu (y) ) tomara que caia, pra usar com a maldita blusa que eu levei, já que a outra blusa eu acabei deixando em casa, uma vez que não pretendia usá-la. Passado tal drama, que foi facilmente curado com um agradabilísimo banho frio e algumas músicas animadinhas (leia-se 'animadinhas prum fim de semana não tão promissor assim, como Beyoncé, PCD, Shakira e afins), Ok, tava até querendo sair, tinha combinado com a minha excelentíssima irmã, ir pra praça, tomar um suco, ver gente², confraternizar, ser vista. Eis que uma amiga liga pra gente, chamando pr'uma excursãozinha no Tunel, barzinho tudo de bom, em Itu, e "uhu, vam'bora"; eis que, resumindo a história para evitar frustrações maiores, não pude entrar (tenho 17) mesmo acompanhada de uma responsável e tudo mais ¬¬. Ok. Toca a Jaque voltar com a mãe da Be pra Cabreúva e deixar e Be e a Thata serem felizes (elas ficaram com peso na consciencia e vão me levar no Pepis, em Indaiatuba, porque lá eu entro sussa, na sexta que vem = parte boa do fim de semana); chegando aqui, não tinha ninguém na praça com quem eu pudesse ficar, então fui pra casa. Enfiim, isso fora a raiva e pseudo depre, o celular que não funcionava e a péssima noite de sono.

Pra evitar qualquer dano, ande prevenido, não quero você azarado também ;)




Beeijos, Jaqueline. hahahha ;D

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

'quando vejo o sol beijando mar

Ser capitã desse mundo
Poder rodar sem fronteiras
Viver um ano em segundos
Não achar sonhos besteira
Me encantar com um livro, que fale sobre vaidade
Quando mentir for preciso, poder falar a verdade
(Shimbalaiê - Maria Gadu)
 
 


Adoro essa música. Aliás, venho gostando de Maria Gadu...
Beeijoos, Jaqueline.

Saudade...

Sucesso é a capacidade de enfrentar o fracasso sem perder o entusiasmo!


Certas coisas nos pegam de surpresa, nos surpreendem. Algumas, fazem você rir, seja de nervosismo ou de felicidade, outras, te deixam roxa de raiva, de revolta; outras ainda nem te atingem, nem te afetam. Mas, ultimamente, certas coisas tem me acontecido de surpresa. Coisas pequenas, coisas que pra vocês, talvez não tenham importancia, mas que na hora, de espanto até, me fizeram abrir aquele sorriso de engolir as orelhas. Estranho. Notem que, para cada coisa que consideramos ruim (chata, filha da puta, uma merda...) que acontece nas nossas vidas, vivemos cerca de dez, ou mais, coisas que, na sua espontaneidade e pequenez, nos fazem um tanto mais felizes. Acontece que, na maioria das vezes, não nos damos conta dessas coisinhas alegres que a vida nos dá. Normalmente valorizamos coisas grandes, visíveis. Mas pense: junte várias coisinhas felizes e tudo virará uma grande coisa colorida, divertida e alegre. É só questão de aproveitarmos. Cada boa piada, cada risada espontânea, gostosa; cada abraço, cada segredo, cada segundo... Cada segundo deve ser aproveitado; não sabemos qual vai ser o último. Seja o que for que você queira fazer, vá e faça. E não perca nenhuma oportunidade de viver. Aproveitem seus amigoas, as pessoas que passam ao seu lado; por mais piegas que tudo isso pareça, nunca me dei conta, apesar de ser algo imaginável e provável, do quando vou sentir falta das pessoas ano que vem, com a distancia qua as faculdades vão nos impor. E nunca estive tão certa de querer aproveitar cada aula de filosofia, cada intervalo e cada meia hora antes da aula. Nunca tive tanta vontade de dançar ballet e fazer dança de salão, coisas que a vida vai me tirar, em breve. Claro, e não minto, que estou cheia de regências verbais, polinômios, logaritmos, matrizes e cada maldito elemento quimico e cada desgraçada fórmula de física. E, sinceramente, não vejo a hora de mudar, passar pra próxima fase: faculdade, trabalho. O primeiro grande passo na minha própria vida. Mas quero fazer isso sem deixar marcas, sujeiras embaixo do tapete. Quero minha consciência limpa, livre. E quero um livro por mês, pra poder voltar ai sempre. Quero um amigo na minha sala, na FPM. E quero poder ter isso pra sempre. Fiz amigos no Martinho que, como só os bons amigos fazem, brigaram comigo e mostraram que fazem falta. Não vou parar pra pensar nos outros, que chegaram agora de pouco, no primeiro ano, que ainda vão viver dois anos naquela escola, sem mim. Não que eles vão sentir tanta falta minha assim, mas são minhas crianças, poxa. Meus babys, de 15 e 16 anos, de quem eu nunca gostaria de me afastar. E não vou mesmo falar das minhas bailarinas; das tchucas de 3 a 8 anos que eu amo tanto, tanto. Ahh, e a Vanessa, que eu amo muito também e que vou ver quase nunca... Ahhhh!! Se for listar cada criatura que tem um lugar aqui e que entra pra minha lista de saudades absurdas, fico aqui até amanhã. 

Mas acreditem, como um sábio amigo me disse uma vez, há uns anos: saudade é a melhor prova de que o passado valeu a pena.

E valeu mesmo. Amo vocês.

Beeijoos, Jaqueline.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Leve ;)

Uma citação, para esclarecimentos:

"Leve com você só o que foi bom; ódio e rancor não dão em nada; NA-DA! Ouço aquele som, lembro de você, como acabou... Mas não tem nada não; só guardo o que foi bom no meu coração. O amor é como o Sol, sabe como renascer."




Vou curtir a liberdade de uma vida sem frescura. Bora?

Beeijoos, Jaqueline.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Na dúvida, pule no mar!



'quando eu pulei, ali do último degrau, e inspirei bem fundo e me joguei no mar, senti a água fria tomar os dedos dos meus pés, tornozelos, panturrilhas, joelhos e coxas - e shorts; como num exercício de relaxamento de yoga, calmamente, bem devagar, a água foi tomando cada pedaço do meu corpo e depois, o tronco, pescoço - o arrepio - a cabeça, os braços e mãos; e em contraste com o sol que torrava meus problemas e miolos, aos 31 graus que me derretiam em pensamentos absurdos, aquela frieza marinha, salgada como lágrimas, me afundou pelo que pareceu três minutos mas não foram nem segundos; e quando emergi, tossindo e com os olhos ardendo do sal das lágrimas do mar, e não das que não chorei, notei que meus pensamentos haviam se soltado; meus brincos da sorte continuavam ali, os dois, mas nem mais uma besteira permanecia na minha cabeça; que houve? onde estavam os malditos devaneios? perdi, é? olhei em volta e não achei; ficaram lá, sujando o mar; minh'alma, porém, ficou limpa e leve. lavei no mar e sequei ao sol; a bermuda continuou molhada, o jeans não quis colaborar... mas deu pra pegar um bronze.'

Santos parece ser uma cidade legal. Chegamos, claro, super atrasados, e almoçamos; meio na bad, como diria o Cauê, eu nem tava tão afim de sol e mar, só comi tranqueiras e até Coca Cola me permiti, meia lata, talvez. Não era dia, afinal, de dieta. O biquini tava na gaveta, em casa, mesmo... Nem ligo! No shopping, vitrines, vestidos e sapatos; bolsas, um vendedor bonitinho da loja de esportes que, segundo cretinos, ficou olhando meus peitos; salgados e o bom e velho suco de laranja. Na escuna, sol! Aquele, de dar câncer de pele... o protetor já meio saindo, deixou que ele queimasse meus ombros um pouco, as panturrilhas demais e as coxas de menos. Fotos, algumas músicas que tentavam - e as vezes conseguiam - me animar, pessoas que eu passei a amar e fotos. Muitas fotos. Bateria acabou, câmera na bolsa da Gaby, fotos na câmera do Eli e do Luiz. De repente, o aviso: 15 minutos pra mergulho, galera; e a escuna parou. Implorando, deixaram. Felizes, foram. Sem biquini - bosta de biquini que ficou na gaveta, em casa - e sem coragem, fiquei olhando... Quinze minutos passam logo, sabe? Salva pela Pri qeu também ia entra no mar de roupa, lá fui eu. Um, dois, três e já! Fui (ler descrição acima) . Nunca, juro!, nunca vou me arrepender de ter caído n'água. Nunca, em toda minha vida, fui tão certa em largar a prudência com o Luiz e ouvir meu coração. Saí d'água mais feliz, animada (se pá, até mais magra), e aproveitei muito o resto do passeio. Na volta, nada como boas conversas, com bons e velhos amigos; os dois, provavelmente, de quem sentirei mais falta, daqui um mês ou dois; até o resto da vida. Em casa, só dez e meia, na cama, lá pelas onze e poucos, pós banho, leite, e alguma arrumação em quarto, mochila e roupas pra dormir na tia. Cansou, viu; mas pode apostar que valeu a pena. Cada grama de sal, cada minuto de sol. Se pudesse fazer de novo... bom, acho que excluiria a Coca Cola. Mas...

Beeijos - tensa, mas feliz - Jaqueline.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009