O fato de atores interpretarem papéis femininos não é nenhuma novidade, isso vem desde a Grécia antiga, porém a escolha de ter quatro excelentes atores interpretando os papéis femininos da peça (idéia de Marcelo Médici bem recebida pelo diretor e autora, que mudou o final para a melhor adaptação) foi um tiro mais que certeiro. Impossível ficar inquieto às magistrais interpretações de Romis Ferreira como Olívia uma dona de casa com mania de perseguição, que faz de sua vidinha monótona seu mundo e nada mais; Leopoldo Pacheco como Débora aquela que é amiga de todas e tem que contornar as situações embaraçosas das amigas, além de lidar com seus próprios problemas; Cláudio Fontana como a fria e calculista Sara, dona de si e amarga como ela só e finalmente o brilhante Elias Andreato na pele de Fram a cinquentona ninfomaníaca, descontrolada e chegada numa bebida. A estréia de Célia Regina Forte como autora é genial e esperamos ser a primeira de muitas que virão, pois ela tem jeito pra coisa. Se como produtora e assessora de imprensa ela sempre arrasou, agora não deixa por menos e marca seu nome na cena teatral autoral com primor.
O que parece muito simples como uma sinopse acaba se tornando algo de proporções inimagináveis nesse espetáculo que ninguém deve perder. Você verá tudo o que acontece num encontro de quatro amigas num sábado à tarde onde muita lavagem de roupa suja vai ser feita, onde tudo que sempre esteve engasgado será colocado para fora e ver que amor e ódio andam realmente paralelos, numa linha fina que pode entrelaçá-los a qualquer momento. O texto de Célia é dirigido com maestria por José Possi Neto que nos leva a refletir, rir (ou morrer de rir), pensar e analisar o quanto superficial ou profunda pode ser uma amizade.
Serviço: Amigas, Pero no Mucho - Teatro Renaissance - Alameda Santos, 2233- temporada de 02/03 a 28/05 - Sextas e Sábados a meia noite
Sabe o melhor?
EU VOU! DIA DEZOITO DE ABRIL@ EU VOOU S2
Beeeijoos, Jaqueline.
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