segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Sem o trabalho, o quanto sobra de você?

Estou vivendo uma experiência interessante há quatro horas. 

Pouco mais de dois anos atrás, transformei meu Instagram pessoal para um "Instagram de Bailarina", um profissional, um meio de propaganda, de lançar meu nome no mercado...

Hoje, fiz uma segunda conta pra Jaqueline-Pessoa-Física, apaguei as coisas pessoais mais recentes desse "insta profissa" e dei start num mundo online onde não sou nem a jornalista, nem a fotógrafa e nem a bailarina/professora de dança. 

Primeiro desafio foi preencher a tal da Bio. Quem sou eu? Como se apresentar sem cair na tagarelice de falar o que fazemos, ao invés de quem nós somos...?

O que sobra de você quando seu trabalho não existe? A casa, a família, os livros não terminados, o vinho recém aberto, as jantas entre-amigas, o tédio de domingo, as danadices dos gatos, as férias? E pra quem, como eu, vive de um trabalho pro outro: que horas você está apenas sendo você? 

Se quarenta horas por semana sou jornalista e pelo menos noutras seis sou bailarina... e tem umas 50 em que estou dormindo... Eu sou apenas eu mesma... três dias por semana?

Quando você encontra um meio de ganhar dinheiro "fazendo o que gosta" e cada um dos seus hobbies viram trabalho... o que você faz apenas pelo bel prazer?

Como eu costumo dizer pro meu terapeuta: dava pra beber e falar disso a noite inteira! Hahahaha Eu hein!

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

quiche

Hoje eu li que "luxo é ter tempo, é ter liberdade, é ter uma horta no quintal". Eu considero que comer bem, comer "quentinho, fresquinho, feito em casa", seja uma espécie de luxo. Um luxo que podemos e queremos, mas que paramos de nos dar (essa parte é meio confusa de entender)...


Cozinhar dá trabalho. Faz sujeira. Suja louça. Sempre tem um ingrediente que você queria mas esqueceu de comprar. Nem sempre dá pra seguir receitas... Nem sempre dá certo no final..

Mas tem uma magia em se viver a coisa em todo o seu processo... do desejo, do planejamento, da fome... passando pela seleção dos ingredientes, escolha dos temperos, pelo corte em quadrados ou rodelas, pela bagunça, pelo caos... lidando com a paciência... entendendo que cada coisa tem seu tempo... e que a torta será atrasada em alguns minutos, porque você decidiu acrescentar frango desfiado... (e se você não descongela a carne, você não come!) até a parte de desenformar e cortar e servir e ver se deu certo...

Viver a coisa em todo o seu processo faz a vida ter um pouco mais de sentido... de lógica.

E não há nada como aprender uma coisa nova! Não há nada como fazer as coisas com as próprias mãos...!

[quiche de palmito, tomate, cebolas roxas e frango]