Estou vivendo uma experiência interessante há quatro horas.
Pouco mais de dois anos atrás, transformei meu Instagram pessoal para um "Instagram de Bailarina", um profissional, um meio de propaganda, de lançar meu nome no mercado...
Hoje, fiz uma segunda conta pra Jaqueline-Pessoa-Física, apaguei as coisas pessoais mais recentes desse "insta profissa" e dei start num mundo online onde não sou nem a jornalista, nem a fotógrafa e nem a bailarina/professora de dança.
Primeiro desafio foi preencher a tal da Bio. Quem sou eu? Como se apresentar sem cair na tagarelice de falar o que fazemos, ao invés de quem nós somos...?
O que sobra de você quando seu trabalho não existe? A casa, a família, os livros não terminados, o vinho recém aberto, as jantas entre-amigas, o tédio de domingo, as danadices dos gatos, as férias? E pra quem, como eu, vive de um trabalho pro outro: que horas você está apenas sendo você?
Se quarenta horas por semana sou jornalista e pelo menos noutras seis sou bailarina... e tem umas 50 em que estou dormindo... Eu sou apenas eu mesma... três dias por semana?
Quando você encontra um meio de ganhar dinheiro "fazendo o que gosta" e cada um dos seus hobbies viram trabalho... o que você faz apenas pelo bel prazer?
Como eu costumo dizer pro meu terapeuta: dava pra beber e falar disso a noite inteira! Hahahaha Eu hein!