Bom dia, último dia... Mas se o mundo é redondo e cada fim pode ser o começo, ou cada começo o fim, se alfa e ômega não existem e início, fim e meio são coisas que se misturam e se completam, então não há com o que me preocupar. Novos caminhos devem mesmo ser trilhados, mesmo que deêm aquele frio na barriga e arrepiem a pele e sequem a garganta. O nó na garganta é o nó que nos prende ao conforto, à rotina, aos amigos. Desatá-lo, muitas vezes, significa dar início à momentos conflitantes, de solidão e novidade. Coisas novas acontecem o tempo todo, mas em alguns casos, a necessidade de transformação é maior. Precisamos sair da nossa zona de conforto... Ultrapassar o limite da segurança, soltar da barra da saia de quem nos protege e nos faz não temer nada. O novo dá medo. Assusta. E, por isso, muitos evitam o caminho desconhecido. Porque nunca se sabe aonde ele vai nos levar. Pode ser ruim. Aí voltamos pro estado de pessimismo. Buscamos mãos quentes e pijamas de plush, pantufas e chocolate quente. Sofás confortabilíssimos que fazem com que o mundo pareça uma coisa muito, muito distante. Talvez não seja nada demais e a jornada não compense. Nem ter ido, nem voltar. Pode ser que nada seja descoberto. Pode ser que nada nos encante e que a gente se conforme que coisas novas não devem ser tentadas, por não compensarem a dor de cabeça. Ou pode ser incrível. Uma experiência que nem você acreditava que pudesse acontecer, que faz a vida parecer um sonho! Coisas que tornam a nossa existência muito mais interessante. Viver é apostar que nossas descobertas valerão a pena. Que nossas tentativas não serão em vão. É apostar na nossa capacidade de transformar nossa própria vida. É escrever a história que queremos contar pros nossos netos.
Beijos, Jaqueline.