terça-feira, 31 de agosto de 2010

Estatisticamente

Estatísticas do Blogger acerca do modesto Amnésia. Dá pra confiar?! Medo. Haha Sou internacional!

Visualizações de página por país
30/08/2010 13:00 – 31/08/2010 12:00

Brasil 32
Estados Unidos 3

Visualizações de página por navegador
30/08/2010 13:00 – 31/08/2010 12:00

Internet Explorer 21 (60%)
Firefox 9 (25%)
Chrome 4 (11%)
OneRiot 1 (2%)

Visualizações de página por sistema operacional
30/08/2010 13:00 – 31/08/2010 12:00

Windows 33 (94%)
Other Unix 2 (5%)

Visualizações de página por país
maio de 2010 – agosto de 2010

Brasil 2.468
Estados Unidos 261
Portugal 136
Luxemburgo 133
Canadá 16
Colômbia 8
Reino Unido 7
Alemanha 6
Paraguai 6
França 5

Beeijos, Jaqueline.

Papel

E tudo que eu pensei
e tudo que eu falei
e tudo que me contaram
era papel.

E tudo que descobri
amei
detestei:
papel.

Papel quanto havia em mim
e nos outros, papel
de jornal
de parede
de embrulho
papel de papel
papelão.

(Carlos Drummond de Andrade)

O poema Papel, acima citado, foi encontrado numa matéria sobre o fim da versão impressa do Jornal do Brasil. Pesarosa, a jornalista, que trabalhou no jornal, conta que quando saiu de lá, pôs-se a ler Drummond e encontrou-o. Eu, pobre coitada, gostei e copiei, apenas. Papel. Talvez o artefato de que mais goste. Pra escrever e desenhar e rabiscar e anotar e dobrar e enrolar e colorir e guardar. Letras escritas, rabiscadas lado a lado, todas numa caixa de papel, embrulhada com papel. Haha.

(Parece que eu tava mais bêbada do que eu imaginava, sábado. Hahaha.)

Ai, não to inspirada hoje. Blá.

Beeijos, Jaqueline.
Feliz último dia de agosto pra tooodo mundo.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Plural como o Universo

Parece que você segura o mundo inteiro nas mãos - pronto, falei. É pesada, densa. E os mil botões de que o professor tanto falava pouco importa quando você olha através de suas lentes e clica. O som, o 'clack', da captura da imagem é uma música maravilhosa - arrepia. 

E clack, clack, clack. A vontade é não parar mais. Juro nunca mais falar mal de fotógrafos! Agora eu entendo vocês. (Mas pensar que uma coisinha dessas pode custar o preço de um carro é deprimente!)

Ontem, na aula de fotojornalismo, fomos apenas apresentados a algumas câmeras, mais uma aula teória e, finalmente, iremos para o estúdio. Caras e bocas - quero ser fotógrafa, não modelo. E aí sim. Aprender a mexer direitinho pra depois emprestar as câmeras da faculdade - yes, we can - e se divertir.

*

Qual alma boa quer me levar no Museu da Língua Portuguesa, ver a exposição temporária 'Fernando Pessoa - Plural como o Universo' ?? HAHA Eu quero! Quem quer ir comigo? Afinal, a Estação da Luz é logo ali mesmo!

"Não basta abrir a janela para ver os campos e o rio. Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É preciso também não ter filosofia nenhuma. Com filosofia não há árvores: há idéias apenas. Há só cada um de nós, como uma cave. Há só uma janela fechada, e todo o mundo lá fora; e um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse, que nunca é o que se vê quando se abre a janela. "
Não Basta, de Alberto Caieiro

"Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos. Quer gozemos, quer nao gozemos, passamos como o rio. Mais vale saber passar silenciosamente e sem desassosegos grandes. Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz, nem invejas que dão movimento demais aos olhos, nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria, e sempre iria ter ao mar."
Fragmento de 'Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio', de Ricardo Reis

"Escrevo, triste, no meu quarto quieto, sozinho como sempre tenho sido, sozinho como sempre serei. E penso se a minha voz, aparentemente tão pouca coisa, não encarna a substância de milhares de vozes, a fome de dizerem-se de milhares de vidas, a paciência de milhões de almas submissas como a minha ao destino quotidiano, ao sonho inútil, à esperança sem vestígios. Nestes momentos meu coração pulsa mais alto por minha consciência dele. Vivo mais porque vivo maior."
Fragmento Seis, de Bernardo Soares

"Tu, que consolas, que não existes e por isso consolas, ou deusa grega, concebida como estátua que fosse viva, ou patrícia romana, impossivelmente nobre e nefasta, ou princesa de trovadores, gentilíssima e colorida, ou marquesa do século dezoito, decotada e longínqua, ou cocote célebre do tempo dos nossos pais, ou não sei quê moderno – não concebo bem o quê -, tudo isso, seja o que for, que sejas, se pode inspirar que inspire! Meu coração é um balde despejado. Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco a mim mesmo e não encontro nada. Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta. Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam, vejo os entes vivos vestidos que se cruzam, vejo os cães que também existem, e tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo, e tudo isto é estrangeiro, como tudo."
Fragmento de Tabacaria, de Álvaro de Campos.



"Tudo vale a pena quando a alma não é pequena."
Fernando Pessoa

Beeijos, Jaqueline.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Seja um Otário

Os chamados Otários, ontem, conversavam sobre o mundo. Não falavam de games, de moda, de música, de voltas do fim de semana, mas sim de política interna e externa, candidatos, auxílios financeiros, penitenciárias e sobre os Espertos - e tudo culminava num só problema: a inversão de valores.

Os Otários, juntos, sentados à porta da faculdade em que estudam - e, bem ou mal, se dedicam dia-a-dia pra aprenderem alguma coisa e serem alguém, como diziam seus pais, gente da outra geração - concordavam: os tempos mudaram. Hoje, são bem vistos, celebrados, a mulher que vende sua imagem, seu corpo, nome e, se é que existe, honra e o homem que, sendo um Esperto, ganha dinheiro às custas dos outros, trapaceando talvez, e tem ou corpo definido ou conta bancária com vários dígitos - o carro mais caro, a mulher mais bonita.

Se feliz ou infelizmente não sei, mas os Espertos estão se tornando maioria nessa nossa sociedade de ponta cabeça. São eles, os Espertos, os que sempre se dão bem, mesmo que para isso tenham que rebaixar-se a ponto de contrariar o que os pais e avós deles chamariam de princípios - que hoje ninguém mais sabe o que é nem pra que serve. Há a exposição física, os escândalos vazios, as polêmicas provocadas, pura e simplesmente, para atrair a imprensa e 'cair na mídia'. Não é necessário ser inteligente, dedicado, talentoso - o que conta é a novidade, mesmo escrota, o diferente, o ridículo, o fisicamente atraente.

O que diferencia um Otário de um Esperto é o esforço.

O Esperto dedica-se cinco minutos ou dez, a curto prazo, pois se interessa pelo sucesso ou dinheiro. Tem as cartas na manga, os contatos certos e, certo ou não, os atalhos perfeitos. Alcança a fama, vira celebridade instantânea e usufrui dos frutos que esse ibope lhe dá.

O Otário, em contraponto, rala. Batalha todo dia, toda hora - mesmo que as vezes tenha vontade de explodir tudo e todos e chorar e desistir - estuda, trabalha, madruga, seja pela estabilidade financeira ou por um objetivo, ou sonho, maior. Um ideal - como os próprios Otários chamam suas metas.

E chegamos, por fim, à inversão de valores.

Uma Otária falou para mim - que também sou uma Otária incurável - que uma de suas alunas disse a ela que, quando crescesse, gostaria de ser cantora. De funk. Quase cortei meus pulsos. Mas a pobre garota não tem culpa - é o mundo. É o que a sociedade lhe ensinou. 'Querida, se você colocar um shortinho mostrando o comecinho da bunca e rebolar cantando mal pra caramba você vai ser rica e famosa - talvez saia até na Playboy!' - e que culpa ela tem de querer ser rica e famosa?

(Como Geisy Arruda, que achou o máximo fazer sucesso por mostrar as pernas na universidade e dar uma chorada depois. É, pois é. Alguns ralam, estudam, pesquisam, trabalham e ganham o Nobel de Física, os outros botam vestidos indecentes, fazem filmes pornôs ou saem com travestis. É a vida.)

Antigamente, crianças tinham que estudar e brincar - e se não respeitasse os professores, só um olhar do pai bastava pra ela morrer de medo de levar um sova e começar a prometer que nunca mais isso ia acontecer. Sonhos? Professores, médicos, advogados - é, e jogadores de futebol.

Hoje, quem mandam são as crianças - não sabem o que é respeito, querem escolher o que vestir, o que comer, o que ganhar de presente de natal: se não deixam, fazem birra e conseguem - e são, mesmo assim absolutamente dependentes, ao contrário do que possa parecer. Fico pensando que mundo crianças como essas, daqui a vinte anos, vão construir. Tenho medo.


Dizem que eu não vou conseguir mudar o mundo.
Mas não é por isso que vou curvar-me à ele!



Campanha Seja um Otário! HAHA Um alguem que vai se esforçar ao máximo e que talvez, só talvez, consiga. Mas que não vai desistir e se render às mazelas do mundo.

Beeijos, Jaqueline. 

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Ação e reação?

Cena: Banco do Brasil. Uma única atendente. Quinze pessoas na fila. Chega uma mulher, com aproximadamente cinquenta anos, com uma criança de mais ou menos dois anos no colo. E vai direto pra fila preferencial. Vendo a mulher, a atendente a chama para o balcão.

Pergunta: qual a primeira coisa que a mulher com a criança no colo faz ao chegar no balcão, ao ser atendida?

Resposta: PÕE A CRIANÇA NO CHÃO! ¬¬

Fato: o atendimento preferencial é para pessoas com crianças DE COLO, não NO COLO. Percebem a diferença?

Sorte do mundo que eu sou muito educada.

*

Vinte e sete graus Celsius (HAHA) aqui em Cabreúva. Uma delícia de pré-verão. Caminhei um pouco no sol e já suei. E apesar do nojinho que isso dá, é incrível a ação do calor sobre mim. Some a preguiça, a má vontade, o cansaço, a vontade de virar um urso e só comer e dormir. Há mais disposição, bom humor, liberdade. Há menos frio, sono, dor nas juntas.

E só para constar, faltam dois meses exatos para o meu aniversário de dezoito. Ui.

Beeijos, Jaqueline.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Desorientação

"Mas tenho medo do que é novo e tenho medo
de viver o que não entendo - quero sempre ter a
garantia de pelo menos estar pensando que entendo,
não sei me entregar à desorientação."
Clarice Lispector
  
Alguns medos batem à nossa porta, anos depois de terem sido, se não superados, esquecidos. Meus pressentimentos quanto à isso se mostraram errados - e dez anos de pressentimentos errados é muito tempo, com certeza - então não vou me preocupar. Só não vou tomar partido nem defender um ou outro. E caso esteja certa, vou morar sozinha. E enquanto não decidem, parem de brigar, por favor.

"Não tenha medo da vida, tenha medo de não vivê-la.
Não há céu sem tempestades, nem caminhos sem acidentes.
Só é digno do pódio quem usa as derrotas para alcançá-lo.
Só é digno da sabedoria quem usa as lágrimas para irrigá-la.
Os frágeis usam a força; os fortes, a inteligência.
Seja um sonhador, mas una seus sonhos com disciplina,
Pois sonhos sem disciplina produzem pessoas frustradas.
Seja um debatedor de idéias. Lute pelo que você ama."
Augusto Cury



Beeijos, Jaqueline.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Que assim seja

"...Parece que vai encontrando sua verdadeira vocação, pelas letras, pela ação, pelo prazer de servir, que em si é um dom natural, espontâneo, sensacional, verdadeira vocação, quando oriunda das condições inatas de um sentir legítimo, profundo e autêntico, nos apelos à verdade e à sensibilidade do que há a fazer e a testemunhar ante as demandas honestas dos que vêm graciosa virtude nos seus gestos, palavras, potencialidade, ações e soberanas decisões. A carreira política, se legitimamente se pode a ela referir assim, sabemo-lo bem é vastamente ingrata, quando não devastadora, mas é um dever cívico irrefreável quando autêntico, honesto, baseado em princípios, altruísmo, na visão da justiça do que é próprio, virtú do que é essencial ao espírito de justiça e à democracia, tão necessários à saúde cívica da nação."
Erasmo Figueira Chaves
 
"Querida Jaqueline, fico muito feliz por essa postura que você está assumindo. Isso demonstra mais que responsabilidade: demonstra "compromisso" para com o outro, compromisso para com sua comunidade, com seu bairro, com o município e com as pessoas que nele moram e vivem. Precisamos nivelar aqueles que tem essa postura e compromisso, por cima. Necessário é elevar o nível dos futuros candidatos, daqueles que pensam em como ajudar o "desenvolvimento" do nosso município e não apenas e simplesmente o "crescimento" do município. Reside, nesse ponto, uma enorme diferença. A entrada de pessoas jovens, com ideais não corrompidos pela política praticada em Cabreúva, só beneficia. Você representa anseios, vontades, projetos que ainda não temos. Por tudo isso e por mais a esperar de você, só posso me sentir alegre e feliz por ao menos você pensar nessa possibilidade. Gostaria, pessoalmente, que mais jovens idealistas, assim como você, tomassem essa postura. A postura de acreditar que podemos mudar, começando por nós mesmos."
Renato Violardi
 
 
Agradeço á esses e aos outros que me fizeram ouvir palavras de apoio e incentivo. Obrigada. Prometo pensar com demasiado carinho e atenção - e não posso descartar a hipótese de maneira alguma nem fingir que nunca mesmo tinha pensado nela - e dar-lhes uma resposta, um dia, quem sabe. Ou posso fazer surpresa. Melhor né?

Há pouco tempo aprendi que nem sempre devemos escrever tudo o que nos vem à mente, que nos dá vontade. Melhor o mistério, pois a palavra lançada ao vento nunca mais é recuperada, por mais que se esforce e tente e deseje.

Seja, simplesmente, então, o que Deus quiser e permitir e desejar e tiver planejado pra mim, talvez antes mesmo deu aprender a falar ou nascer - dizem que Deus faz essas coisas: fica inventando histórias de pessoas que sequer existem, aí ele vai lá e, como um escritor de dramas ou comédias, inventa um personagem e lhe assopra a vida pra dentro do corpo de argila.

Que se cumpra meu destino mesmo que de imediato eu não o compreenda muito bem, duvide dele e de mim e aja meio que inconscientemente ou só seguindo a boa e velha intuição.

Só me permita, Deus, de vez em quando, ficar com medo e me apoiar ou esconder nos meus amigos mais fortes e seguros do que eu, só rpa respirar bem fundo e poder voltar a pensar ou fazer - pois sei que a jornada é longa e difícil e o tempo ruge.

O tempo é curto e eu prolixa.

Beeijos, Jaqueline.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

To be or not to be?

Ontem, após reunião da AMVV com os moradores do Vale Verde, numa prosa descompromissada entre a diretoria, eis que me intimam: "Jaque, você devia sair pra vereadora, em 2012, pelo Vale Verde. A Associação tem que apoiar alguém, a gente tem que eleger um vereador nosso, aqui do bairro. E acho que tem que ser você!" E vendo minha cara de interrogação, quando toda a galera concordou que eu deveria pensar no caso, completou: "A gente faz uma festa aqui, eu pego o microfone e vamo ver ser não faço toda essa galera votar em você!" OMG. Já estão planejando a minha campanha. Medo. Já tenho cabos eleitorais!

Medo, literalmente. Porque sei que é uma responsabilidade enorme, ainda mais quando tantas pessoas demonstram confiar em você: há expectativa, você tem que fazer um bom trabalho, não decepcionar as centenas que te elegeram. "Ah, claro, você é mesmo muito irresponsável, Jaque", disseram pra mim, ironicamente. Tá. Eu sei que não sou irresponsável. Mesmo assim, parece ser uma missão muito maior que a minha. Um fardo muito pesado pra esses ombros tão fracos.

Ao mesmo tempo, muito me revolta ver a quantidade de incompetentes que se elegem, recebem e - ops - não trabalham. Nada. Não fazem nada e alguns nem mesmo sabem o que deveriam fazer. Enganam o povo, mostrando presença ou serviço, três dias por mês (1ª, 2ª e 4ª quarta-feira do mês, às 19h, Câmara Municipal, entrada franca - comédia ou drama?) e só. Alguns deles, aposto, nunca leram um livro sequer e nem gramática sabem - quem dirá leis, artigos, emendas, direitos, deveres ou simples regras de oratória. Alguns não sabem nem mesmo dizer bom dia aos seus eleitores, vejam vocês.

Segurança, educação, saúde, infraestrutura básica, cultura... "Pra que, afinal, me preocupar com todos esses problemas chatos - que sequer afetam a minha família, mui bem estruturada e alojada num belo casarão com câmeras nos portões - se mesmo que não faça nada, meu salário será depositado, normalmente?" - muito verossímel, não acham?

Não foi a primeira vez que me disseram pra ingressar na política, não. Muito pelo contrário, falam isso pra mim o tempo todo e há nos comentários uma certeza no meu sucesso e uma confiança na minha capacidade, que não sei se mereço - são meio exagerados. E sinceramente, sei que devia pensar sério à respeito.

Quem primeiro me falou sobre a hipótese, há uns quatro anos, foi meu excelentíssimo genitor, seu Carlos. Great. Ele vive mesmo me falando coisas sem sentido, que eu sempre acho que não tem nada a ver - a raiva é que normalmente ele acerta. Depois dele: professores, tio, primo, amigos, estranhos... Enfim. Muitas pessoas acham que eu devia.

Algumas pessoas - que não estavam entre as que sugeriram minha candidatura - até disseram que votariam em mim, com certeza, rs.

Tenho um pouco de receio de pensar no assunto e acabar topando. O problema é que quero mesmo mudar o mundo.

Mas não é por isso - que podemos chamar de 'interesse político' - que estou na Associação, no comércio, festas ou trabalhos voluntários. Faço o que faço por consciência, paixão, conceitos, princípios. Não estou planejando arrancar votos de ninguém, não é esse meu objetivo na AMVV, não é nisso que penso quando passo horas em reunião ou fila do protocolo.

Meu pai costuma dizer que 'o destino corre atrás da gente, não adianta tentar fugir'. Hum. Ta, não gosto de correr mesmo.

Caso tudo isso fizesse sentido e fosse eleita - céus, não estamos falando do Grêmio Estudantil, Jaque! - assumiria o cargo em 2013, meu último ano de faculdade. E teria que faltar três quartas feiras por mês o que com certeza absoluta me garantiria duas belas DPs por falta. E eu não posso pegar duas DPs, porque sou bolsista. Fato. Caso tivesse um carro, cairia para uma DP, pois conseguiria tranquilamente entrar nas duas últimas aulas. E uma DP só não me faz perder a bolsa. Good. Mesmo assim, teria que conciliar o tempo entre um emprego e uma faculdade - com direito a TCC e tudo - sem falar nas coisas que já fazem parte do meu dia-a-dia: musculação, capoeira, associação, meus blogs - além de algum trabalho jornalístico, faz favor.

Complexo.

Mas confesso que estou, sim, pensando no assunto. Muito. O tempo todo. Sériamente. Porque há em mim uma vontade incontrolável de me meter em tudo o que der em prol de um objetivo. Faz parte do meu show perder horas organizando papéis, paciência conversando com funcionários municipais, compostura lendo jornais locais e horas de sono me preocupando e indo à reuniões. Mesmo assim, não me incomoda fazer as coisas pelos meus vizinhos - sim, porque minha casa tem água, luz, esgoto e asfalto - muito pelo contrário, eu gosto.

Não sei.

Sei que há muito o que aprender, o que ler e estudar e entender. Não é simplesmente dizer, tal qual um dos nossos candidatos a deputado federal, o Tiririca, que 'pior que tá não fica'.


Beijos, Jaqueline.

sábado, 14 de agosto de 2010

Recheio: ideias

"Excelentíssimo jornal O Periscópio,

sendo eu uma modesta filha de comerciantes, bolsista do ProUni e desempregada, agradeceria se respondessem positivamente meu e-mail, no qual me voluntario ao estágio para estudantes de jornalismo do primeiro ano para realização de pesquisa de intenção de votos em Itu. Assim sendo, poderia tranquilizar-me quanto ao meu presente de aniversário pra mim.

Atenciosamente,
Jaqueline Defendi Rosa."

*

Confira o line-up completo do Festival SWU até o momento:

9 de outubro – Rage Against The Machine, Os Mutantes, Black Drawing Chalks, The Twelves, Killers on the Dancefloor, Glocal e Marky

10 de outubro - Dave Matthews Band, Kings of Leon, Regina Spektor, Sublime with Rome, DJs Sharam, Roger Sanchez, Markus Schulz, Life is a Loop, O teatro Mágico, Capital Inicial, Jota Quest; Mario Fischetti, Sander Kleinenberg e Nick Warren

11 de outubro - Linkin Park, Incubus, Pixies, Cavalera Conspiracy, Yo La Tengo, Avenged Sevenfold, Gloria, Rahzel, DJ Erol Alkan, Gui Boratto e Anderson Noise

P.S.: a ideia é comprar no primeiro lote, entende. Ingressos pro dia 10.

*

"Escrever é fácil: você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca as idéias."
(Pablo Neruda)

Claro, Cláudia! Senta lá, vai.

Beeijos, Jaqueline. 

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Frases curtas

Tecnicamente estou lendo seis livros. Os Contos dos Irmãos Grimm, Direito Nacional Brasileiro, A Paixão Segundo G. H., Perto do Coração Selvagem, As Armadilhas do Poder e Chatô - O Rei do Brasil. Sou a pessoa mais problemática eclética do mundo. No entanto, preciso mesmo é ler Chatô. Os outros, começados, vou acabando aos poucos, sem pressa. Recomendo todos, são livros muito interessantes.

*

Ontem tivemos aula de Redação e Edição Jornalística I. Que good. A aula é interessante, até. Manuais de redação pra todos os lados e regras de padronização. Frases curtas. Use palavras simples. Muitos pontos. Cinfo frases por parágrafo. Aii, passou!

Fico pensando se essas padronizações não detonam com a nossa capacidade e criatividade. Quando aprendemos a fazer lides (primeiro parágrafo de um texto jornalistico, que tem que conter certas informações importantes e - principalmente - convencer o leitor a terminar de ler) e decoramos as perguntinhas o que? quando? onde? porque? quem? como? que deveriam ser respondidas, começamos a escrever lides chatos que pareciam fichas.

Jaqueline D. Rosa, 17 anos, dona do blog Amnésia, divulgou nota criticando a aula de Redação e Edição Jornalística I do professor Pedro Courbassier, ontem, em seu endereço virtual. A jovem pareceu bastante irritada com a técnica utilizada para transmitir informações durante  aula e disse ter publicado a nota por não achar justo o silêncio perante tal problema.

Respectivamente, os negritos: quem, o que, quando, onde, como e porque. Great! Eis um lide, by me escrito em meio minuto.

Passa as tais informações básicas. Provavelmente, se eu lesse isso iria querer terminar o texto pra descobrir os detalhes da nota publicada pela estudante e, quem sabe, qual a resposta do professor e sua versão dos fatos.

Mas depois de escrever uns cinco lides assim, quando você acostuma e começa a pegar jeito, nem pensa tanto pra preencher a ficha e responder as quest~eos primordiais, vem o professor e diz: vamos fazer lides mais criativos, gente!

¬¬

(pausa dramática)

COMO ASSIM LIDES DIFERENTES? NÃO ERA PRA FAZER FICHADO? RESPONDENDO AS PERGUNTINHAS? CAR...AMBA!

Sim, é essa a reação dos pobres futuros jornalistas, mas...

Mesma coisa com Redação e Edição... Fico pensando se essa padronização, que, sim, ajuda muito, muitas vezes e permite que um jornal tenha uma linha, um estilo próprio, (aliás, apostos - essas informações entre vírgulas ou travessões - são 'proibidas' no jornalismo, por confundirem nosso bobo leitor ¬¬) não nos faz, na verdade, ser como todos os outros. Sermos meros robôzinhos que copiam coisas. Leem no manual o que pode e o que não pode e não pensam: só obedecem.

Se for isso, vou começar a matar aula, obrigada.

Preciso parar de ler Clarice, se não vou poder urar mil frases numa só e as vírgulas que me ensinaram no colegial.

(O blogger idiota acabou de apagar o meu parágrafo perfeito de conclusão. Perdi o tesão, mas vou continuar, ver se lembro dele #inútil).

É como aprender a acentuar ideia e depois, do nada, inventarem uma reforma que diz que está errado e que seu erro vale 0,5 numa redação.

No colegial nos ensinam a por vírgulas, a unir duas frases, deixar os parágrafos maiores, acrescentar mais informações, produzir textos densos e completos e, quando chega a faculdade, querem que desaprendamos tudo isso para utilizar pontos finais, palavras simplistas e orações na ordem direta.

Tudo bem, eu entendo: temos que aprender os dois, o rebuscado e o simples, o denso e o 'curto e grosso' - porque cada veículo de comunicação faz uso de um deles. Precisamos aprender de tudo um pouco e aprender a desaprender, a nos desapegar dos nossos vícios - eu sei.

E é a parte mais chata - porque não acaba nunca.

E eu adoro apostos!

Beeijos, Jaqueline.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Incorruptível

"Só que ter descoberto súbita vida na nudez do quarto me assustara como se eu descobrisse que o quarto morto era na verdade potente. Tudo ali havia secado - mas restara uma barata. Uma barata tão velha que era imemorial. O  que sempre me repugnara em baratas é que elas eram obsoletas e no entanto atuais. Saber que elas já estavam na Terra, e iguais a hoje, antes mesmo que tivessem aparecido os primeiros dinossauros, saber que o primeiro homem surgido já as havia encontrado proliferadas e se arrastando vivas, saber que elas haviam testemunhado a formação das grandes jazidas de petróleo e carvão no mundo, e lá estavam durante o grande avanço e depois durante o grande recuo das geleiras - a resistência pacífica. Eu sabia que baratas resistiam a mais de um mês sem alimento ou água. E que até de madeira faziam substância nutritiva aproveitável. E que, mesmo depois de pisadas, descomprimiam-se lentamente e continuavam a andar. Mesmo congeladas, ao degelarem, prosseguiam na marcha... Há trezentos e cinqüenta milhões de anos elas se repetiam sem se transformarem. Quando o mundo era quase nu elas já o cobriam vagarosas."
(Clarice Lispector, A Paixão Segundo G. H.)


Clarice é louca. Sim, divina e invejavelmente louca. Adoraria ser louca - e o que mais fosse preciso - pra escrever tal qual Clarice.

'Ninguém sabe o que somos. Sabemos apenas que seremos o que restar do fim de nossas desilusões.'
(Arnaldo Jabor)

Estou lendo 'Armadilhas do Poder - Bastidores da Imprensa' de Gilberto Dimenstein. É interessante, porque realmente os jornalistas são constantemente vítimas e víboras da má informação.

Triste, porque, como toda profissão, há os bons e os maus profissionais. Mas, infelizmente, a atitude absurda dos maus acaba prejudicando uma parcela inteira da sociedade - os leitores de jornal. Fato. As pessoas confiam no que publicam os jornais. É pra isso que eles existem, afinal.

Por isso ser jornalista requer uma tremenda vontade de mudar o mundo, a extrema consciência da ação e influência social do jornalismo e, talvez principalmente, um caráter incorruptível - não, nem todo homem tem seu preço. O resto - Língua Portuguesa e sua gramática, história, política, economia, arte, regras de futebol, diplomacia e todo o resto - se aprende. É pra isso que fazemos faculdade. Estudamos e lemos tudo o que aparece na nossa frente, não é a toa. Mas caráter e seriedade, imagino, é algo que nasce com a gente.

Filhos da Pauta, sei que seremos os melhores.

Beeijos, Jaqueline.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Two years old

(Pra provar que eu não tenho o mínimo dom pra maternidade, eu confundi o aniversário do meu único filho. Não é oito de agosto, como eu pensei (fato que explica só ter escrito isso hoje ¬¬) mas oito de JULHO. Saco. Não acredito que fiz isso. Me odeio. HAHA. Tadinho do Amnésia. Mas mamãe ama você mesmo assim).

Esse texto foi escrito considerando o aniversário no dia oito de agosto. Ignorem mensões à esse dia e mês; substitua-o por 'julho'. A matemática toda está errada, visto que houve um mes de atualizações pós aniversário esquecido. Sou uma ameba. E uma ameba que, por sinal, é péssima mãe. HAHA.

Trezentos e sessenta e cinco mais trezentos e sessenta e cinco é setecentos e trinta. Setecentos e trinta, dividido por trezentos e cinquenta e um - que é a quantidade de atualizações feitas até agora - resulta numa média de um texto a cada 2.08 dias. Uia. E eu nem gosto de matemática.

Oito de julho é a data em que comemoro o nascimento desde blog. Há dois anos, já sem nada pra fazer, dei vida à uma ideia que vinha sendo rascunhada em vários outros blogs, que não tive capacidade de manter. Talvez já tenha dito isso no último aniversário - que na verdade foi o primeiro - mas muito me orgulha ver algum projeto meu indo pra frente, mesmo que a passos mui lentos. 

E, eu que sempre espalhei aos quatro cantos que enjoava fácil das coisas (desculpa para 'preguiça de manter') e que nada que eu começava ia pra frente, ver meu blog, meu bebê, completar dois anos de vida, é uma vitória sim. Uma vitória que podemos chamar de maturidade. Porque com o passar do tempo, nós aprendemos certas coisas, como responsabilidade e compromisso, e isso é crescer. 'Mas Jaque, é só um blog', vocês podem dizer. Ok, é mesmo só um blog. Mas acho que o primeiro passo é dar valor às nossas próprias pequenas coisas. Precisamos, primeiro, vencer pequenos desafios, manter pequenos projetos e andar um passo de cada vez.

O Amnésia completou dois anos e vira e mexe estou relendo textos antigos, e é incrível a diferença. Ah, fala sério! Não que hoje eu seja uma Lispector da vida, nem de longe, mas meus textos evoluiram muito nesse tempo, e não é preciso utilizar-se de modéstia. É um fato e posso comentá-lo. Não é possível que um alguém tenha a mesma cabeça com quinze e dezessete, no colegial e na faculdade. Muita coisa me aconteceu, aprendi alguma coisa, esqueci outras,.. Normal. E hoje me orgulho mais dos meus rabiscos do que dos que escrevia em 2008.  Espero que vocês, os poucos que tem paciencia com os meus delirantes escritos, tenham notado alguma melhora. Qualquer que seja. Já me faria bem feliz. E se alguém aí nunca leu nada meu antes do primeiro aniversário, não o faça. Prefiro que me conheça só como sou agora. HAHA. Thank you so much. Ainda há muito a evoluir.

Muitas felicidades ao Amnésia, que ele sobreviva por muitos anos. Acreditem: farei sempre o meu melhor. Muitas vezes sem assunto ou vontade, as vezes ausente, uma mãe meio desnaturada e mau humorada, sim, que tem vontade mil vezes por dia de sumir e não dar satisfação ao filho. Mas uma mãe que, como toda mãe, sempre está aqui e sempre volta e sempre faz. HAHA. Pronto, aos chatos de galocha que me irritavam com ideias de maternidade, eis meu filho, meu bebê: macho, dois anos, trezentos e cinquenta histórias pra contar e muito mais.

O Amnésia nunca teve muito obejtivo ou motivo. Sempre me bastou a ideia de diário cor-de-rosa de ter com quem conversar mais a paixão pela escrita. E a mania insana de não calar a boca nunca! HAHA Mesmo assim, obrigado pela retribuição, meus caros e queridos leitores, que devem somar, no muito, meia dúzia de pessoas um tanto quanto desatarefadas, mas que, eu sei, que vem aqui com muito carinho à minha pessoa. Obrigada, muito mesmo. Vocês, por mais mentira-clichê que pareça, que me motivam a voltar aqui.

Ao Amnésia, um brinde! Felicidades!
Love you, son.

Beeijos, Jaqueline.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Pseudocorrespondência

à Luiz Francisco Loureiro, meu amigo futuro historiador, filósofo e meio poeta, que ainda me deve seu escrito acerca do Homem Sintético e um passeio à cavalo.


Cabreúva, 06 de agosto de 2010

'crido amigo,

venho através desta pseudocorrespondência parabenizar-lhe pela absurda paciência que tem tido nos últimos anos com a minha pessoa. E também para agradecer-lhe de ser sempre tão bondoso e presente nos meus dias de profundo descontentamento filosófico, assim como naqueles em que não possuo nada de interessante para oferecer-lhe nem nada de engraçado ou inovador. Obrigada, inclusive, por me acalmar com seus gracejos quando estou eufórica ou preocupada e por me animar quando a vida me deprime.

Posteriormente a tais agradecimentos, sinto-me obrigada a redimir-me das minhas falhas para com você. De novo e de novo. Note que sempre peço-lhe perdão pelos mesmos erros. Vai ver que esses erros fazem parte da minha formação genética, não é possível. Ou então já teria mudado. Desculpe. A ausência, o silêncio, a distância e os mil compromissos desmarcados. E os outros mil que não desmarquei, mas também não apareci. Desculpe ter roubado sua revista sobre mitologia e seu Madame Bovary. Mas eu prometo lê-los, para compensar o furto, ou ao menos justificá-lo.

Sinto falta das aulas na janela, filosofando juntos ou comentando livros, de poetas portugueses à receitas de bacalhau, dos  recados no caderno escrito à lápis por alguém que jurava que nunca estivera lá, sequer. Sinto falta dos dias frios sentados ao sol e das músicas novas, dividindo a mesma esquisistice e paixão por coisas que ninguém por lá gostava, dos bombons surpresa, da cumplicidade, das caras estranhas que só nós entendíamos.

Sinto falta porque já perdi uma vez e não queria perder de novo. Mas sei que não perdi, mesmo que tudo isso esteja tão distante. Mesmo assim, sinto falta. Compreende? Até porque, acho, você é a única pessoa que lembra de mim com uma figada. E a única pessoa que lembra de mim no meio de um bilhão de livros, numa Bienal - e inda me traz um Pessoa de presente. Ah, também é o único que fica feliz de ganhar o livro mais velho do mundo de amigo secreto, mesmo que você tenha comprado o mais novo e lindo pra presentear a ameba que te deu o livro velho.

No words, rs.

Aliás, foi com você que aprendi a ler coisas que ninguém lia. Como Pessoa, Lispector, Saramago,... Obrigada. Me ensinou que mais vale o conteúdo à capa e que não tem absolutamente nada de errado em ser exceção. E, bem ou mal, me ensinou a ver Deus com outros olhos, talvez mais apurados, menos míopes e dogmáticos. Me fez ser um pouco, bem pouco, mais atenciosa: às palavras, cores, pessoas, ao desenho das nuvens, e me mostrou que muitas vezes não é preciso falar. Aprendi que posso, sim, ficar em silêncio comigo mesma - e você sempre respeitou o meu silêncio e ficou do meu lado mesmo assim.

E não queria lhe dar feliz Natal, hoje. Porque desejo felicidade pra você a cada minuto da minha vida, porque é um alguém mui especial pra mim e porque não devemos desejar coisas boas só quando há um motivo específico, sabe. Rezo sempre pra que seu destino se realize de uma maneira sutil, sem grandes solavancos, pra que não corra o risco de cair e se machucar. Torço pela paz e pela sua saúde. Que os deuses o abençoem e protejam e guiem e estejam sempre ao seu lado.

Desejo que você continue calmo, divertido e inteligente como quando o conheci e que mantenha sua disciplina e bom gosto - e até mesmo as suas manias e defeitinhos, que são também responsáveis por quem você é.

E que, por favor, não se esqueça de mim, mesmo que o Alzheimer ou a Amnésia - seriam eles um casal? - insistam em tentar apagar de você minhas lembranças, esforce-se um pouquinho pra lembrar, pelo menos, que tentei ser sempre uma boa amiga e que te amo muito. Mesmo que meu rosto desapareça e minha voz esteja distante.

Fico por aqui, com meus mais sinceros votos de tudo o que há de bom pra desejar, antes que consiga marejar-lhe os olhos - pois sei que és, no fundo, um sentimental, haha.

Com um bocado de saudade, açúcar e afeto,
de quem lher quer mui bem,

Jaqueline.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Fecha aspas

"E me fala de coisas bonitas
Que eu acredito
Que não deixarão de existir
Amizade, palavra, respeito
Caráter, bondade alegria e amor
Pois não posso
Não devo
Não quero
Viver como toda essa gente
Insiste em viver
E não posso aceitar sossegado
Qualquer sacanagem ser coisa normal"
 
*
 
"Cê sabe que as canções são todas feitas pra você
E vivo porque acredito nesse nosso doido amor
Não vê que tá errado, tá errado me querer quando convém
E se eu não tô enganado acho que você me ama também

O dia amanheceu chovendo e a saudade me contêm
O céu já tá estrelado e tá cansado de zelar pelo meu bem
Vem logo que esse trem já tá na hora, tá na hora de partir
E eu já tô molhado, tô molhado de esperar você aqui

Amor eu gosto tanto, eu amo, amo tanto o seu olhar
Andei por esse mundo louco, doido, solto com sede de amar
Igual a um beija-flor, que beija-flor,
De flor em flor eu quis beijar
Por isso não demora que a história passa e pode me levar


E eu não quero ir, não posso ir pra lado algum
Enquanto não voltar
Não quero que isso aqui dentro de mim
Vá embora e tome outro lugar
Talvez a vida mude e nossa estrada pode se cruzar
Amor, meu grande amor, estou sentindo
Que está chegando a hora de dormir."


Abre aspas.

Adoraria, ao invés de citar alguém, dispor nesse contexto meus próprios pensamentos. Espalhá-los recortados sobre a mesa de vidro, pra vê-los todos dos dois lados, e deixá-los, assim, desorganizadamente bonitos, bem à vista de vocês. Mas esqueci a pasta em casa. Ou em qualquer outro lugar. Amnésia, meu bem. Até parece que não se lembra. A única coisa que sei é que esqueci algo, e não sei o que é.

Lembro-me vagamente de ter algo interessante sobre o que escrever - mas está tudo embaçado como espelho depois do banho e não vejo direito não. Aliás, não vejo direito. HAHA.

Esqueci o tal assunto interessante - que penso que era algo sério e complexo, como filosofia ou política e religião, ou algo tão divertido quanto aquelas noites inteiras que ria tanto. Então, caso alguém tenha conhecimento de alguma coisa que se encaixe nas caracteristicas citadas, algo que me deixaria orgulhosa dessa quinta-feira gelada e que faria ainda mais pessoas virem aqui me ler, por favor, me avisem. Guardem no Achados e Perdidos até eu chegar, com carinho, porque é importante.

Se não tudo bem. Acho que meus poucos leitores serão compreensivos o bastante para perdoarem mais um dia de texto meia boca, sem relevância ou algo que cause emoções ou cócegas. Sim, eles vão. Então tudo bem, vou procurar e amanhã talvez escreva algo digno de ser lido. E aí sim, merecerei um pouquinho da atenção de vocês.

Fecha aspas.

*

Estar sem assunto é definitivamente o pior mal de um jornalista, por mais blogueiro, amador, iniciante, despreparado e desprevinido que ele seja. Fato.

Beeijos, Jaqueline.
P.S.: as músicas acina são de autoria de Milton Nascimento e eu as amo de paixão.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Hum?

Eu me odeio, então gosto de me torturar. Sim, deve ser por isso. Ontem, me torturei psicológicamente por duas horas - a tortura física era simplesmente uma distração, pra ver se me preocupava com outras dores. Voltei ao Espaço Shiva, assistir uma e fazer outra aula de ballet clássico e - puts! - meus olhos se enxeram de lágrimas - mais do que literalmente - só de ouvi-las todas planejando a apresentação de fim de ano. Não sei por que faço isso comigo. Ok, adoro as aulas de ballet e meu maior desgosto foi ter que pará-las por causa da faculdade. Mesmo assim, se sei que vou ficar triste, não devia aparecer por lá por mais que quisesse fazer uma aulinha. Droga.

Van, o que você faz da meia noite às cinco? Hen? Hen?

*

A Faculdade de Comunicação e Artes, além de ser a mais barulhenta, agora é a mais colorida do Campus. Depois de uma reforminha básica, agora temos portas adesivadas, várias fotos, pinturas, pcs novos no corredor (!!!) e chão customizado. Lindo. Obviamente, se tratando da galera de comunicação e artes, não poderia esperar outra coisa: primeiro 'dia de aula' e já colocaram um DJ no corredor, seguido por música ao vivo. Fumaça e luzes coloridas piscando, mas o bar estava fechado. Saco. Morram de inveja, estudantes da INSEAD e afins, que tiveram realmente aula ontem e já estão preocupados com provas e seminários! HAHA. Nós somos felizes! (Aqui é mais legal!)

*

4 de agosto. Dia especial. Mesmo sem comemoração, é.

*

Ontem foi dia do capoeirista e aniversário da SMAM de 6 anos. Parabéns pra mim!

*

Estou lendo *---* A Paixão Segundo G. H., de Clarice Lispector. Agora sim, estou muito feliz!

Beeijos, Jaqueline.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

À gosto

Oh my God! Já é agosto. Que seja um mês repleto de conquistas e momentos especiais como foi julho, que caminhemos de cabeça erguida, enfrentando os problemas e lutando cada dia mais para sermos melhores - no que quer que seja.  Que consigamos sobreviver às dúvidas, ultrapassar obstáculos, vencer a preguiça e jogar fora tudo de ruim que tentar nos envolver. Livremo-nos do stress e das pessoas chatas. Sejamos mais maleáveis e sorridentes.

Que, apesar da má vontade, possamos fazer coisas boas pra quem nos pede e - principalmente - pra quem não pede.

Que o treino nosso de cada dia seja sempre viável e que encontremos forças para levantar da cama, mesmo nas terças-feiras chuvosas, e ir dar o nosso melhor, para nosso próprio bem.

Que as aulas de História da Arte passem muito rápido. Sempre. Que o Verdinho seja muito longe da FCA e que eu tenha tanta dor na perna que não me dê coragem de subir até lá.

Que sejamos mais determinados, dedicados, pacientes, amigos, presentes, divertidos e tudo o mais e que os amigos estejam sempre por perto, cada vez mais felizes e realizados.

Amém.

Beeijos, Jaqueline.