quarta-feira, 8 de junho de 2011

Falta

Está cada dia mais frio, mais úmido, mais dor de cabeça e mais rinite. Cada dia que passa está mais rinite: incômodo. Tenho procurado fazer minha parte, cumprir minhas funções e atingir aquilo que os outros tem mania de ter: expectativas. Odeio expectativas, odeio metas, odeio planos. Mas eu mesma tenho muito disso tudo.

Estou infeliz com a minha falta de dedicação à certas coisas, como a leitura, a família, meu blog, a cozinha. Sinto falta de poder ir à biblioteca a qualquer hora, pegar um livro e ler a tarde toda. Sinto falta de ler a tarde toda, do silêncio, da pseudointelectualidade.

Sinto falta de trabalhos adiáveis e da inocência dos que nada devem, dos que não têm obrigações, nem lições de casa, nem eventos pra planejar ou ir, nem emprego, nem nada além das pessoas e das sessões da tarde.

Sinto falta de ser criança e não ter responsabilidade nem poder sobre a esperança de alguém. Sinto falta dos meus olhos meio cegos que não tinham que ver todos os dias as criancinhas passando frio por não terem o que vestir. Sinto falta do tempo em que dois reais eram dinheiro pra caramba e o Kinder Ovo custava metade do preço. Sinto falta de programas inteligentes na televisão, do porquinho cheio, dos biscoitos assando.

Sinto falta do tédio, do ócio. Sinto falta das férias.

Essa saudade, imagino, vai durar até fim de junho, quando terei completado daus semanas de férias. O outro mês, acreditem, vou passar sentindo falta de tudo o que hoje me incomoda. Da  correria, das obrigações, dos horários, das lições, reportagens, telefonemas.

Porque sou humana e nada me tira dessa condição reclamona e infeliz.

Pra quem não entendeu, não suporto mais a ideia de ir pra faculdade, fechar nota de bicho, estudar, ler, escrever reportagens. Não suporto mais meus óculos, nem meu celular que não desperta.

Fora isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

Ganhei um presente lindo lindo de aniversário de namoro e um cartão daqueles que dá vontade de afogar em beijos seu autor. Na escola, ando me esforçando. E mato quem disser o contrário. Pode ser que eu faça tudo errado, mas ninguém pode alegar que eu não esteja tentando. Procuro ser legal com as crianças, dou broncas só quando eles merecem, deixo eles brincarem no recreio, não fico enxendo o saco pra eles comerem mais, nem nada.

Ontem todos os meninos do Pré I (4 anos) me pediram em namoro, exceto Samuel, que me deu um fora, e o Nathanael, que me pediu em casamento e ficou com ciúme por eu ter um namorado grande.

A festa do Vale Verde vai ser linda, mas estou com muita raiva pela irresponsabilidade da diretoria da Associação, que faltou em duas reuniões seguidas, fazendo com que eu perdesse horas de sono e paciência.

Voltei ontem pro ballet e isso por si só já me deixa muito feliz. Odeio não ter equilíbrio, odeio não conseguir fazer pliés em quarta posição, odeio não conseguir deixar os pés abertos, odeio a dor que sinto quando forço, odeio ter parado um ano e meio, mas espero a compreensão da professora quanto ao meu ridículo desempenho, já que são resultado de tempos afastada das aulas e não de preguiça ou má vontade.

Quero um belo programa pro sábado.

Beeijos, Jaqueline.

Um comentário:

Celso! disse...

Normal de mulher neh?! quer, quer quer, tem! quer outras coisa mais q tudo, até ter, e mudar de novo! hahahaha, a Dai aqui he extremamente assim. e muitas outras mulheres, pra não generalizar demais e dizer "todas".
Rss, esão te pedindo em casamento neh, ainda bem q te dei ma aliança logo, mas na verdade acho q isso instigou os homenzinhos, não he o q dizem? rs. Bom, vou pensar em algo especial para sabado, especial e barato haha, vc quem escolheu namorar com pobre, eu ssei que special não quer dizer caro, mas na maioria das vezes caro quer dizer legal tmb, vou tentar fazer algo especial barato! bjinhu amor, te amo.