terça-feira, 30 de junho de 2009

Jornalista Diplomada

Até o dia 17 de junho de 2009, quem quisesse seguir carreira em jornalismo não tinha muita dúvida do que fazer: era preciso graduar-se em comunicação, nem que fosse para obter o diploma e a carteirinha que a lei exigia. Mas, então, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) atenderam a um recurso, protocolado pelo Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão no Estado de São Paulo (Sertesp) e pelo Ministério Público Federal (MPF), que pedia a extinção da obrigatoriedade do diploma na profissão de jornalista. A decisão gerou um debate: seria o fim do curso superior de jornalismo? Afinal, em teoria, uma pessoa graduada em qualquer área – ou até mesmo sem formação superior – poderá agora começar carreira nas redações. Ainda é difícil saber o que a decisão do STF muda no dia-a-dia do profissional, mas o Guia do Estudante procurou profissionais de grandes empresas, acadêmicos e estudantes para responder esta pergunta. O resultado é que o curso pode ainda valer a pena, desde que se obedeça algumas condições. Leia abaixo o porquê. O que as faculdades oferecem? As faculdades de jornalismo buscam dar ao aluno uma formação que o permita contar histórias sobre qualquer assunto e em qualquer meio de comunicação. O aluno precisa passar, em no mínimo quatro anos, por diversas matérias teóricas, como sociologia, teoria da comunicação, semiótica e princípios éticos do jornalismo, além de aprender os aspectos práticos da profissão em laboratórios de redação, edição, fotojornalismo, rádio, TV e internet. Qualquer formação em uma área específica do jornalismo – como economia, ciência, esportes ou política – deve ser obtida em matérias optativas ou por conta própria. Não é raro que estudantes de comunicação se aventurem a fazer uma segunda faculdade para obter esses conhecimentos. Com o fim do diploma, argumenta-se que grande parte dessa formação poderia ser encontrada de outras formas. Uma graduação em áreas que não o jornalismo daria ao aluno uma boa quantidade de conhecimento sobre a área em que ele quisesse se especializar, e as disciplinas práticas poderiam ser substituídas pela experiência em redações. Qual seria, nesse novo cenário, o diferencial de uma graduação em jornalismo? “A universidade possui um campo de conhecimento teórico, ético e técnico que não se encontra na redação. O aprendizado é mais intenso e aprofundado”, afirma o professor de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Francisco José Karam, que defende que a faculdade ainda é necessária, nem que seja para dar ao aluno a capacidade de produzir conteúdo sobre qualquer assunto. “A vantagem do jornalista por formação é que seu ponto de partida é aprender a lidar com quaisquer outras áreas de atuação”, diz. Há, no jornalismo, algo que não é ensinado por outras faculdades? Sim, e vai desde a ética da profissão até um estilo de texto bastante diferente daquele praticado, por exemplo, por quem faz direito ou filosofia. “Tenho tantos colegas com um texto bom, inteligentes, que falam outras línguas e que não conseguem um emprego na área. Imagina quem não sabe a diferença de um texto escrito para televisão, rádio, revista, jornal ou internet?”, diz a estudante do último ano de Jornalismo da Casper Líbero, Beatriz Côrrea. “Pular o passo da teoria é como abrir o tabuleiro de War, com aquele monte de peças e dados, e tentar jogar sem ter lido as instruções”. É preciso levar em conta, entretanto, que nem mesmo a faculdade dá conta de ensinar todas as sutilezas do jornalismo. “A universidade desenvolve e lapida o texto, mas não ensina de fato a escrever. Quem tem um texto fraco talvez nunca venha a criar um estilo, mas pode aumentar sua habilidade”, diz o editor-chefe do portal Abril.com, Daniel Tozzi. “O aspecto técnico só será mesmo desenvolvido quando a pessoa for para o mercado. É, aliás, o que acontece na maioria das profissões”. O mercado vai aceitar pessoas sem diploma? Sim. A editora de Treinamento da Folha de São Paulo, Ana Estela de Sousa Pinto, afirma que a queda do diploma, na prática, não muda absolutamente nada. “A Folha sempre foi contra o diploma obrigatório, o que não quer dizer que seja contra os cursos nessa área. Cerca de 70% dos nossos profissionais estudaram jornalismo”, diz. O crescimento do jornalismo pela internet pode até facilitar a entrada de profissionais sem diploma. “Mesmo os mais jovens podem ter conhecimento e experiência na área para levar vantagem, numa seleção, sobre quem tem diploma. Hoje as redações precisam de pessoas que entendam como se relacionar com novas mídias, redes sociais, integrar os veículos em comunidades, etc. Há muitas situações em que não há uma ligação com a vida acadêmica de jornalista”, diz Daniel Tozzi, do Abril.com. Devo ou não fazer faculdade de jornalismo? Depende. Todos os entrevistados concordam que ainda existe espaço para os cursos de jornalismo, mas sob certas condições. A primeira delas é que o curso tem que ser bom, o que nem sempre é fácil encontrar. “Um lado bom do fim da obrigatoriedade do diploma é que as faculdades vão ter que reforçar a qualidade do ensino”, diz Francisco Karam, da UFSC. A segunda condição é que, mesmo com o diploma, o jornalista ainda precisará seguir um longo trabalho para continuar melhorar suas habilidades. “Uma faculdade de jornalismo ainda vale, mas só vale se for boa e se o aluno complementar sua formação com muita leitura e interesse pelas áreas em que quer trabalhar”. Quem, por outro lado, optar por uma formação não-específica em jornalismo, entrará no mercado com uma boa formação no seu campo de interesse, mas precisará se esforçar para adaptar o seu texto ao estilo jornalístico e aprender as técnicas, a teoria e a ética do jornalismo. Isso pode ser obtido de várias maneiras: desde cursos de especialização, a leituras ou estágios em jornalismo. E, qualquer que seja o caminho escolhido, a graduação é só o começo: um jornalista trabalha com informação e, portanto, precisa estudar e se atualizar até o fim da vida. E essa ai de cima é uma vestibulanda que vai ficar louca se continuarem a me questionar o por que de eu querer tanto fazer faculdade de jornalismo já que posso trabalhar sem diploma. ¬¬ Juro, vou ficar louca. Não que não saiba fazer outra coisa, mas acontece que eu não QUERO fazer outra coisa. Beeijos, Jaqueline.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

"A poesia bizarra que eu tento formar"

"...Uma rosa, uma frase, um som e canção. O vermelho, o sorriso, os espinhos no chão. O toque, o olhar, a verdade. O riso, o pranto, a saudade. (...) Minhas rimas chulas, a falta de palavras. Depois a distância: de um pensamento, de uma luz, de um piscar..." Aqueles minutos que o tempo não vai apagar. =) Coisas: sim pro estágio, não pra PUC; sim pro ballet; não pros 10 minutos pra dançar livremente. sim pra capoeira, não pra perna doendo; sim prum beijo roubado, não praquele coração qeu eu parti de novo! Sim pras férias, sim (infelizmente) pra recuperação de matemática. Não pra MB de física, mas to feliz. Sim pro tédio, sim pra um pouco de dor no coração; sim pra música nacional, não pra mentir pra mim mesma. Não pra mentir pras pessoas que eu amo. Sim pro vestido vermelho; sim pro meu scarpin novo, sim pra festa do casamento com 300 presenças confirmadas. sim pra possibilidade de ver, finalmente, gente bonita e bem intencionada; sim pras bebidinhas gostosas que vou beber sem minha mãe ver. SIIM pra dançar até doer o pé! Sim pra rir da vida até doer a mandíbula; não pra mais uma semana ruim. sim pra esperança de ser melhor; sim pra saudade nas três semanas de férias; não pras lágrimas; não pra culpa; não pros amores ão correspondidos; não pra frescura/ pro cu doce; SIM pra ser feliz antes de mais nada que eu cansei de só apostar, agora quero mais é ganhar! Beeijoos, Jaqueline.

sábado, 13 de junho de 2009

Hora da Virada

PARTIR PRO TUDO OU NADA ~~> mil coisas pra fazer. mil coisas pra DECIDIR.> Mas eu dou conta ;) Beeijoos, Jaque.

sábado, 6 de junho de 2009

“Capoeira: luta disfarçada em dança”

Por Jaqueline Defendi Rosa

"Capoeira é luta de bailarinos. É dança de gladiadores. É duelo de camaradas. É jogo, é bailado, é disputa - simbiose perfeita de força e ritmo, poesia e agilidade. Única em que os movimentos são comandados pela música e pelo canto. A submissão da força ao ritmo. Da violência à melodia. A sublimação dos antagonismos. Na Capoeira, os contendores não são adversários, são 'camaradas'. Não lutam, fingem lutar. Procuram genialmente dar a visão artística de um combate. Acima do espírito de competição, há neles um sentido de beleza. O capoeira é um artista e um atleta, um jogador e um poeta". (Dias Gomes)

A história da Capoeira começa na época em que o Brasil era colônia de Portugal e que se utilizava a mão-de-obra escrava africana, principalmente nos engenhos do nordeste. Muitos dos escravos trazidos pra o Brasil vinham de Angola, também colônia lusitana, que dançavam ao som de seus instrumentos.
Os escravos eram tratados nos engenhos como propriedade dos seus senhores e sofriam grande violência, açoitados e castigados, principalmente quando fugiam das fazendas e eram capturados pelos capitães-do-mato.
Surgiu como forma dos escravos resistirem aos opressores, além de praticar a sua arte, transmitir a sua cultura e melhorar o seu moral, mas, por serem proibidos de praticar qualquer tipo de luta, eles a disfarçaram com a música, adaptando os golpes com o ritmo e movimentos de suas danças.
A Capoeira era proibida no Brasil, por ser considerada uma prática violenta e subversiva e a polícia recebia orientações para prender os capoeiristas. Mestre Bimba transformou esse conceito quando - ao fundir a capoeira Angola que havia aprendido à sua criatividade, acrescentando golpes, movimentos e elementos do batuque - criou a Capoeira Regional. Ele apresentou esse novo estilo ao então presidente Getúlio Vargas, que gostou tanto desta arte que a oficializou como esporte, afirmando: “a Capoeira é o único esporte verdadeiramente nacional”.

Para entendermos melhor sobre esse esporte brasileiríssimo, eu conversei com o Graduado Fabrício da Costa Silva, mais conhecido como Palmito, pertencente ao Grupo Água de Beber (CECAB), que ensina Capoeira em Cabréuva nas academias Coiote e Podium.

J - Quais são os estilos da Capoeira?
F - Na Capoeira existem dois estilos: a Capoeira Angola, que teve como principal representante Mestre Pastinha, e a Capoeira Regional, criada por Mestre Bimba.
J - Quais as características da Capoeira Angola?
F - É uma Capoeira mais tradicionalista, os movimentos são na maioria das vezes lentos e rentes ao chão. É um jogo onde a malicia conta muito, por isso se torna tão ou mais perigoso que o jogo da Regional.
J - E da Regional?
F - A Capoeira Regional caracteriza-se por um jogo mais ágil, em que os capoeiristas ficam mais em pé. Esse estilo de Capoeira sofreu evoluções com o tempo, é o que chamamos de Capoeira Regional Contemporânea, pois a tradicional é praticada apenas na academia do Mestre Nenél (filho de Mestre Bimba), em Salvador. A Regional Contemporânea recebeu outros instrumentos, como o atabaque, e movimentos de ginástica, como os saltos e acrobacias. É o estilo mais praticado no mundo nos dias atuais.
J - Qual a importância da música na Capoeira
F - A Capoeira é a única arte marcial a ser praticada com musica, o ritmo diz aos capoeiristas como deve ser o jogo. Existem vários toques de berimbau, e cada toque pede aos capoeiristas um jogo diferente. Uma roda de capoeira com um bom ritmo faz com que os jogadores muitas vezes ultrapassem seus limites, já que a musica de Capoeira contagia mesmo quem esta apenas de passagem, assistindo a roda. Na Capoeira utilizam-se três berimbaus, cada um com uma afinação e tonalidade de som, atabaque e pandeiro, e em algumas escolas ainda há a utilização de agogô e reco-reco.
J - O que se aprende nas aulas?
F - Em uma aula de capoeira aprende-se todo o fundamento dessa pratica: golpes, acrobacias, defesas e movimentos desequilibrantes, além de aprenderem os instrumentos e músicas. Mas o mais importante é criar ao praticante uma identidade cultural com seu país.
J - Como funciona a graduação (troca de cordas)?
F - Cada escola tem seu método de graduar o aluno. Normalmente é feito através de cordas coloridas que são amarradas a cintura, sendo que cada cor representa a fase pela qual o aluno esta passando. O aluno recebe sua corda no evento em que chamamos de “Batizado” (lembrando que não tem nenhum aspecto religioso), que acontecem, geralmente, uma vez por ano. O aluno é avaliado no dia-a-dia de treino para receber a corda de acordo com seu desenvolvimento.
J - Quais são os benefícios que a Capoeira pode proporcionar para o corpo?
F - A Capoeira, como atividade física, é completa, pois trabalha o corpo todo, desenvolvendo todas as aptidões físicas: força, agilidade, equilíbrio estático e dinâmico, flexibilidade, resistência muscular... Além de trabalhar todo o sistema cardiorespiratório. Podemos dizer, também, que a Capoeira trabalha diretamente com a nossa auto-estima proporcionando, desse modo, uma nova forma de encararmos nosso cotidiano, com maior disposição e visão otimista.
J - Crianças, em especial, adquirem benefícios psicológicos com a prática da Capoeira?
F - Para a criança, a Capoeira tem um papel muito importante que é a de passar valores como disciplina, dedicação, respeito ao colega e aos mais velhos, já que a hierarquia é levada muito a sério. Além disso, tentamos através das aulas e dos bate-papos trabalhar diretamente na formação do caráter da criança, mostrando a importância de ser um bom aluno na escola e evitar caminhos errados, como as drogas. Nessa fase criança/adolescente é mais importante para nós formamos bons cidadãos do que bons capoeiristas.
J - Qualquer pessoa pode praticar?
F - A Capoeira é uma atividade que proporciona ao individuo desenvolver seu jogo de acordo com suas limitações. Ninguém joga igual a ninguém, portanto qualquer um pode praticá-la: homens, mulheres, crianças, idosos, gordos, magros,... não existe preconceito com nenhum tipo de pessoa e todos podem ter o prazer de praticar essa arte genuinamente brasileira.

Beeijos, Jaqueline.